Um dos mais conhecidos clássicos da FC e uma das mais sombrias visões de um futuro para a humanidade, apresentando uma sociedade em que os nascimentos são programados cuidadosamente por meio de técnicas de engenharia genética, a fim de produzir crianças que irão ocupar uma posição previamente definida na sociedade, como parte de castas estratificadas de alfa a epsilon. Qualquer sentimento ou ação que fuja ao padrão estabelecido é imediatamente reprimido, e as pessoas vivem num estado de torpor quase constante pelo uso indiscriminado de uma droga, o “soma”, fornecido com prazer pelos dirigentes, que assim controlam melhor a sociedade; tambem disponibilizam um tipo de filme que provoca uma multiplicidade de sensações e é utilizado como forma de controle. A alguns poucos não adaptados é permitido viverem numa espécie de reserva, onde podem desenvolver uma cultura primitiva. Um homem visita a reserva e leva uma mulher e seu filho para sua sociedade, na qual o jovem Selvagem torna-se o centro das atenções e dos problemas. Unindo a sátira à crítica, AH elaborou uma das maiores distopias da literatura, ao lado de 1984, de George Orwell, e serviu como referência quase obrigatória para tudo o que foi feito depois disso. Um livro espetacular, ainda atualíssimo – ou talvez ainda mais, no momento em que a sociedade se aproxima cada vez mais da manipulação genética em larga escala. Foi apresentado como minissérie para TV em 1978, com direção de Burt Brickernhof.