Também publicado pela Panorama, com o título Os Amantes, e pela Argonauta (número 318) com o título Amor no Cosmos. Um livro bastante famoso na época de seu lançamento, mas hoje em dia um tanto esquecido. Foi publicado originalmente em 1952, na revista Startling Stories, e rendeu a PJF o prêmio Hugo de 1953, como “o mais promissor escritor estreante”. O que causou maior polêmica na época foi o tema do relacionamento sexual entre um humano e uma extraterrestre, até então raro ou inexistente na FC. O enredo gira em torno de uma viagem de terrestres ao planeta Ozagen, onde encontram uma raça que se originou de insetos extremamente desenvolvidos, que os terrestres pretendem eliminar do planeta para a ocupação humana. PJF apresenta uma sociedade e governo terrestres voltados para a religião e divididos em castas rígidas, um tipo de organização que os personagens principais terão de enfrentar. Em outros livros, PJF ainda iria abordar mais questões relativas às relações sexuais e à xenobiologia. Apesar do tema estar um tanto envelhecido, o livro permanece como um marco na história da FC, segundo alguns críticos, literalmente “libertando” o gênero de alguns tabus e apresentando o relacionamento humano em todos os seus aspectos, inclusive o sexo, a reprodução e o amor, por mais estranhos que sejam suas formas. Vale a pena conhecer. O livro O Dia Em Que o Tempo Parou foi apresentado como uma sequência a este, mas na verdade a semelhança que apresenta concentra-se na elaboração da sociedade terrestre do futuro.
(Capa: A. Pedro).