Livros

Anima (Mind Catcher) – 2002, John Darnton. Editora Planeta do Brasil (2003), 437 páginas.

JD escreve naquele estilo mais ou menos programado para ser um best-seller; às vezes, isso resulta em livros interessantes, e outras, não. Suas ideias até são atraentes, mas ou ele se perde em detalhes insignificantes –, como em Neandertal, por exemplo – ou deixa esses detalhes de lado, como neste Anima. Ele trabalha em torno do conceito do que é, de fato, a mente humana, se é possível libertá-la do corpo físico e, assim, atingir a tão procurada imortalidade da alma; e também em torno do conceito que cada vez vem sendo mais discutido e apresentado em livros e filmes de FC, que é o da união entre a mente e a máquina. No caso, trata-se da mente sendo levada para dentro da máquina. Segue a história de um pai e seu filho, vivendo sua vida após a morte da esposa, até que o jovem sofre um acidente e precisa passar por uma cirurgia cerebral inédita, o que desperta a atenção de médicos inescrupulosos que pretendem utilizá-lo para suas experiências com a mente. O problema é que JD jamais deixa muito claro como se dá o processo de transportar a mente para a máquina, no caso um computador; às vezes, isso ocorre no momento da morte, outras, pode ser com os vivos, mas ninguém sabe como, e apesar disso conseguem realizar a proeza. É confuso.