Também publicado pela Argonauta nº 117, com o título
As Cidades Mortas. Um clássico absoluto da FC, um dos maiores livros do gênero já escritos, dividido em oito histórias conectadas e que vão mostrando a evolução dos acontecimentos na Terra. Ao mesmo tempo em que os seres humanos abandonam o planeta e partem para as estrelas, alguns robôs e poucos humanos permanecem, e experiências realizadas com os cães possibilitam que eles falem e desenvolvam sua própria cultura. CDS apresenta as histórias como sendo contadas pelos próprios Cães, como parte de suas “lendas dos homens”, enquanto os editores fazem comentários sobre as histórias, tentando determinar até que ponto podem ser verossímeis, tentando decifrar conceitos que surgem nas histórias, como “cidade”, “guerra” ou “homem”. É neste livro que se desenvolve uma das mais fantásticas personalidades da FC, a do robô Jenkins, acompanhando não apenas os últimos momentos dos homens, a quem ama, como participando ativamente no desenvolvimento da sociedade dos cães. É também o livro em que CDS revela-se como um dos maiores “contadores de história” da FC, compondo momentos de beleza e fantasia poucas vezes repetidas no gênero, de intensa criatividade e imaginação. Ao propor uma sociedade de cães, CDS também discursa sobre a arrogância da sociedade humana, e apresenta propostas alternativas para o que se entende como “desenvolvimento”, um tema que surgiria ainda em muitas de suas obras. A noção de universos paralelos também é apresentada, e seria um ponto central de grande parte de seus livros. Apesar de ter sido reunido como um único livro em 1952, os dois primeiros contos foram escritos em 1944, e uma outra história, "Epilog", foi publicada numa antologia editada por Harry Harrison em 1973. Os oito contos que compõem Cidade são: Cidade; Aglomeração; Censo; Deserção; Paraíso; Passatempos; Esopo; O Meio Mais Simples. O livro recebeu o International Fantasy Award, em 1953.