Publicado também pela Companhia das Letras (2007). Coletânea de contos divididos em duas partes. A primeira, O Jardim de Caminhos Que se Bifurcam (1941), com 8 contos: Tlön, Uqbar, Orbis Tertius; A Aproximação a Almotásim; Pierre Menard, Autor do Quixote; As Ruínas Circulares; A Loteria em Babilônia; Exame da Obra de Herbert Quain; A Biblioteca de Babel; O Jardim de Caminhos Que Se Bifurcam. A segunda parte, Artifícios (1944), com 9 contos: Funes, O Memorioso; A Forma da Espada; Tema do Traidor e do Herói; A Morte e a Bússola; O Milagre Secreto; Três Versões de Judas; O Fim; A Seita da Fênix; O Sul. Geralmente considerado entre os escritores de fantasia ou do fantástico, JLB é frequentemente citado pelos críticos de FC e nas obras de referência do gênero por sua obra que beira a FC, especialmente neste livro. Não cita e sequer apresenta máquinas futuristas, que não fazem parte de seu repertório, mas trabalha com temas próprios do gênero de forma exuberante, como no conto que abre o livro, em que um grupo de pesquisadores e cientistas imagina e escreve uma enciclopédia gigantesca de um mundo fictício que, aos poucos, começa a ganhar realidade e manifestar-se no mundo. Histórias como A Biblioteca de Babel, A Loteria em Babilônia ou O Jardim de Caminhos que se Bifurcam podem ser considerados entre o que há de melhor no gênero fantástico. A maioria dos críticos considera esse como o melhor livro de JLB, e sem dúvida é um dos grandes livros da literatura fantástica, numa sucessão de momentos impressionantes, com alguns dos melhores contos do gênero em todos os tempos, numa sucessão de labirintos, espelhos, universos estranhos ou paralelos, sonhos, delírios, cidades fantásticas, civilizações inventadas, às vezes aproximando-se perigosamente da realidade. Uma leitura e referência obrigatória para qualquer um que queira conhecer o que há de melhor, mais criativo e bem escrito na literatura fantástica.