Também publicado pela Argonauta, nº 26, com o título A Idade do Ouro; e pela Editora Aleph (2010) com o mesmo título. Um clássico da FC e um de seus maiores momentos. Juntamente com A Cidade e as Estrelas, é o melhor livro de ACC, desenvolvido a partir de conto publicado em 1950, na revista New Worlds. No momento em que a humanidade está para lançar-se em direção ao espaço, chegam à Terra seres alienígenas que interferem na sociedade do planeta de forma benéfica, acabando com as guerras e propiciando o desenvolvimento da sociedade. Chamados de Senhores Supremos, têm como missão cuidar da raça humana, a mando de uma inteligência ainda superior à deles, e à qual os novos humanos, dotados de poderes mentais excepcionais, irão se unir, como uma espécie de consciência que se espalha pelo cosmos. Como ocorre em várias de suas histórias, ACC trafega por uma linha muito estreita entre ciência e religião, e o faz de forma espantosamente competente, jamais exagerando, caindo no misticismo puro ou utilizando-se de clichês. Ao mesmo tempo trata muito bem com a ideia da perda da individualidade ligada a um desenvolvimento mental fora do normal. Os Senhores Supremos estão entre os alienígenas mais famosos da FC devido à aparente oposição entre sua forma física e suas ações. É uma das imagens mais fortes da FC, num livro que ninguém que queira conhecer o gênero pode deixar de ler.
(Capa: Cândido Costa Pinto).