Também publicado pela Europa-América FC nº 98 (Portugal), pela Argonauta nº 35, pela Editora O Cruzeiro (Coleção Galáxia) e pela Abril Cultural. Um clássico da FC, vencedor do prêmio Hugo de 1953. Segue a trajetória do magnata Ben Reich, que assassina seu rival nos negócios, numa sociedade futura em que o crime já não existe há 70 anos. Nesse futuro, os psicodiafanistas – pessoas com poderes paranormais desenvolvidos, capazes de ler a mente dos outros – formam uma elite da sociedade, sendo utilizados para todo tipo de serviço e com um código de ética bem elaborado. Um deles, um inspetor de polícia, é quem vai no encalço de Ben Reich, para prendê-lo e submetê-lo à Demolição, um processo psiquiátrico que elimina a personalidade destrutiva dos criminosos, e faz com que uma nova se desenvolva. Além de utilizar-se de técnicas da poesia concretista para exemplificar as trocas de informações entre os psicodiafanistas, AB conseguiu compor um magnífico quadro de uma sociedade futura, apesar de praticamente não se deter em descrições de aparelhos futurísticos, ambientações e explicações sobre a sociedade. Tudo surge naturalmente por meio da ação típica das histórias policiais, com incursões interessantes pela psiquiatria. Um dos grandes momentos da FC.