Publicado originalmente em 1953, com o título The Escape, na revista Space Science Fiction. Uma das primeiras histórias longas de PA, e ainda bastante agradável, ainda que parte da crítica entenda que o tempo tornou a narrativa ultrapassada. A Terra começa a sofrer alterações significativas no comportamento de seres humanos e animais. Os cientistas descobrem que o planeta encontrava-se numa zona do espaço que, de alguma forma, impedia o desenvolvimento pleno das capacidades cerebrais. Tendo saído dessa região, os seres começam a atingir suas verdadeiras potencialidades. Ao mesmo tempo em que revoluções ocorrem em todo o mundo, com as pessoas não mais aguentando qualquer tipo de pressão sobre elas, os cientistas desenvolvem formas de viajar mais rápidas que a luz, e logo os humanos estão abandonando seu planeta, deixando aos cuidados daqueles que, anteriormente, eram retardados mentais. PA apresenta algumas noções não muito bem fundamentadas, com os terrestres encontrando alienígenas e descobrindo que são imensamente superiores a eles em inteligência. Da mesma forma, abandonam as manifestações artísticas, uma vez que o crescimento mental eliminaria a tendência dos indivíduos à arte. Noções não muito bem desenvolvidas e que podem atrapalhar a leitura. Seja como for, uma ideia interessante, num livro abaixo do que PA fez de melhor.
(Capa: Civiletti).