Publicado originalmente em cinco partes, em 1961, na revista The Magazine of Fantasy & Science Fiction. Publicado em Portugal também com o título Os Últimos Dias da Terra (Argonauta, números 463/464). Recebeu o prêmio Hugo, em 1962 (como short fiction). É um dos melhores livros de BA, merecedor de uma série de estudos literários, ainda que tenha sido criticado por falta de credibilidade científica, o que realmente não tem a menor importância dada a natureza da obra e seu objetivo. Com uma narrativa ao estilo das grandes aventuras heróicas, apresenta a Terra milhões de anos no futuro, quando o Sol aumentou sua radiação, fazendo com que o mundo vegetal dominasse completamente o planeta, praticamente liquidando a vida animal. Alguns poucos seres humanos sobrevivem, com seu tamanho reduzido a um quinto do original, com a pele esverdeada e inteligência restrita às necessidades básicas, lutando pela sobrevivência num meio ambiente em que tudo se resume numa intrincada luta por espaço. Um jovem inicia uma jornada por esse mundo, totalmente desconhecido para ele, encontrando as maravilhas e terrores do planeta em transformação, enquanto outro grupo parte para a Lua, com a qual alguns vegetais gigantescos já estabeleceram uma ligação, viajando por meio de teias semelhantes às das aranhas. A radiação da jornada à Lua transforma os humanos, criando-lhes asas. Por outro lado, o jovem entra em contato com uma forma de vida semelhante a um musgo, que lhe cobre a cabeça a começa a dominar sua mente, insinuando pensamentos que, até então, ele não tinha, e estabelecendo uma relação com o antigo modo de pensar, violento, dos seres humanos. Sem dúvida, se encontra entre as mais originais, criativas e bem escritas visões de um futuro para o planeta. Um clássico, indispensável para quem quer conhecer o que há de melhor e mais elaborado na FC.
Capa de A. Pedro.