Alguns críticos costumam dizer que o trabalho de CDS começou a dar mostras de cansaço e irregularidade a partir deste livro, quando ele começa a trabalhar mais frequentemente com temas ligados aos gnomos, duendes e os chamados “gente pequena” ou “pequeninos”. Trata-se de uma virada em sua obra, mas não necessariamente para pior. Na verdade, excelentes enredos foram elaborados a partir desse tema, com sugestões bastante interessantes para a existência dos seres lendários na Terra. Aqui, ele parte da suposição de que eles sempre existiram na Terra. E, no futuro, quando os humanos já se deslocam pelo espaço e até pelo tempo, contactando raças extraterrestres, foi criada na Terra a Reserva dos Duendes, enquanto na Universidade de Wisconsin funciona o Colégio de Fenômenos Sobrenaturais, que tenta ordenar os conhecimentos do passado, fornecidos pelos pequeninos, ou o povo antigo, que no passado tiveram de se esconder quando os humanos começaram a se espalhar pelo planeta. CDS escreveu em ritmo alucinante, apresentando inúmeros enigmas em torno da busca de um dragão, efetuada por um professor. As aventuras ainda envolvem um planeta de cristal que existia antes do universo explodir, seres alienígenas conhecidos como Rodadores e um “Artefato” que já se encontrava na Terra há 200 milhões de anos. CDS demonstra neste livro seu conceito de equilíbrio, de entendimento profundo entre os seres, entre todas as coisas vivas. Muito melhor e muito mais interessante do que é dado a entender pela maior parte da crítica.
(Capa: Lima de Freitas)