Ainda que não seja o mais popular dos livros de RS é, provavelmente, o mais badalado pela crítica. A narrativa na primeira pessoa segue o momento na vida de David Selig, aos 41 anos e vivendo na NY dos anos 1970, quando ele começa a perder a única coisa que sempre prezou e desprezou em sua vida e que o tornava único: sua capacidade telepática. Narrando os acontecimentos recentes que evidenciam a diminuição gradativa de seus poderes e intercalando com reminiscências do passado em que os utilizava diariamente, ele tem de aprender a viver como qualquer pessoa. Mais que isso, sua história mostra que não basta ter um poder excepcional para conseguir uma boa vida, mas também é preciso equilíbrio emocional e psicológico. Segundo alguns críticos, uma das grandes vantagens do livro é conseguir levar um dos temas centrais da ficção científica para o ambiente da literatura mainstream, e tudo isso com uma capacidade narrativa das melhores.