Também publicado pela Europa-América FC nº 17, pela Argonauta nº 217/218/219, pela Editora Record (1991), e pela Editora Aleph, com o mesmo título. Um dos clássicos da FC, um dos livros mais badalados de todos os tempos, vencedor do prêmio Hugo em 1962. Durante algum tempo, tornou-se uma espécie de livro de cabeceira do underground americano e, segundo disse Charles Manson, teria sido sua fonte de inspiração, o que é uma bobagem. A história segue as aventuras de Mike – humano criado em Marte, onde adquiriu poderes paranormais fantásticos, inclusive a capacidade de fazer desaparecer pessoas e objetos, mandando-os para outra dimensão –, e Jubal Harshaw, espécie de alter ego de RAH, um advogado que conduz a carreira meteórica de Mike, até construir um culto religioso que encontra inúmeros adeptos, enquanto tenta impedir a destruição da Terra pelos Anciões de Marte. Passados tantos anos de sua publicação, é possível perceber que o livro perdeu muito de sua força, ainda que conserve muitas qualidades. Os personagens falam pelos cotovelos, muitas vezes para si mesmos, como se tornaria comum em livros posteriores de RAH, e às vezes torna-se difícil perceber qual deles está falando, tamanha a semelhança. Em outras palavras, não manteve o mesmo vigor apresentado pelos contos do início de carreira de RAH, alguns dos quais ainda figuram entre os principais da FC.
(Capa: Lima de Freitas).