Direção de William Cameron Menzies.
CÉREBRO ATÔMICO (Timeslip, 1955)
(Merton Park Studios).
Direção de Ken Hughes.
Produção inglesa também conhecida pelo título The Atomic Man. Tem roteiro confuso do escritor de fc Charles Eric Maine (que teve alguns de seus livros publicados em Portugal, na coleção Argonauta), roteiro que posteriormente foi transformado no livro The Isotope Man (1957). Na verdade, o filme é uma readaptação da produção de 30 minutos para a televisão, Timeslip (1953), apresentada na BBC.
A história apresenta um homem que é retirado do rio Tâmisa, quase morto. Ele é tido como sendo um cientista nuclear e, quando interrogado, chegam à conclusão de que sua percepção se encontra 7 segundos e meio no futuro.
Direção de Don Chaffey.
O HOMEM QUE NASCEU DE NOVO (The Mind of Mr Soames, 1969)
Terence Stamp e Robert Vaughn (Amicus/ Columbia).
Direção de Alan Cooke.
Produção conjunta dos EUA e Inglaterra (Columbia Pictures e Amicus), em mais uma história baseada em livro com o mesmo título (1961) de Charles Eric Maine.
Ainda que não tenha tido boa recepção por parte da crítica, tem como mérito e atuação de Terence Stamp como o homem que passa 30 anos em coma e é retirado desse estado por uma operação de um médico (Robert Vaughn). Eventualmente, o sujeito se torna violento. Apresenta algumas semelhanças com o superior Os Dois Mundos de Charly.
No Brasil, lançado em DVD (Coleção Amicus/ Obras-Primas do Cinema).
QUANDO OS DINOSSAUROS DOMINAVAM A TERRA (When Dinosaurs Ruled the Earth, 1969)
(Hammer).
Direção de Val Guest.
Mais uma produção inglesa da Hammer com história situada no passado. Originalmente, a história foi desenvolvida por J.G. Ballard, um dos mais importantes e criativos escritores de fc, mas foi totalmente modificada pelo diretor Val Guest.
Apresenta as tradicionais incongruências dos filmes do gênero, mostrando humanos e dinossauros vivendo na mesma época, o que jamais aconteceu. E, claro, traz uma série de mulheres bonitas em roupas mínimas, inclusive com cenas de nudez que, eventualmente, foram cortadas do filme e só aparecem em uma edição rara em DVD (que foi rapidamente retirada do mercado) e em edições em Blu-ray e em DVD em 2017.
Homens e mulheres de tribos pré-históricas inimigas, a maioria parecendo modelos, enfrentam uma série de dificuldades. Uma das mulheres inclusive faz amizade com um dinossauro.
Segundo Phil Hardy, a história original de Ballard procurava explicar a criação da Lua como parte de um violento distúrbio cósmico, “(...) mas nas mãos de Guest os eventos cataclísmicos são apenas desculpas para colocar suas mulheres pré-históricas vestidas com biquínis em uma série de situações ameaçadoras”.
No Brasil, lançado em DVD (CultClassic).
CONSPIRAÇÃO INFERNAL (The Groundstar Conspiracy, 1972)
Michael Sarrazin (Universal Pictures/ Hal Roach Studios, Toronto).
Direção de Lamont Johnson.
O filme foi baseado no livro The Alien (1968), do escritor inglês L.P. Davies e, segundo as informações, a história foi bastante modificada pelo roteiro de Douglas Heyes (assinando com o pseudônimo Matthew Howard).
Michael Sarrazin interpreta um homem que supostamente perdeu sua memória após uma explosão no laboratório espacial Groundstar, tendo seu corpo praticamente reconstruído. George Peppard interpreta um agente do governo dos EUA que tenta descobrir o que aconteceu, uma vez que parece ter havido uma tentativa de roubar segredos do laboratório. Ele quer descobrir quem está por trás dos eventos, e Sarrazin quer reaver suas memórias e saber quem ele realmente é.
O enredo tem algumas reviravoltas, e as coisas não são o que aparentam à primeira vista, em um filme que recebeu críticas variadas, e que tem seus bons momentos. O crítico Phil Hardy disse que o filme é uma variação do tema de Frankenstein, com Sarrazin como o monstro e Peppard como o cientista, com um enredo bem tratado por Lamont Johnson, “(...) e até a obrigatória trama romântica paralela é menos irritante do que se poderia esperar”.
A MORTE NUMA NOITE FRIA (A Cold Night's Death, 1973)
Eli Wallach (20th Century Fox Television/ ABC Circle Films/ Spelling-Goldberg Productions).
Direção de Jerrold Freedman.
Produzido para a TV e, ainda que tenha recebido boas críticas no exterior, chegou a ser execrado pela crítica no Brasil, injustamente. Sem ser uma obra-prima, trata-se de um filme interessante, com a construção de um clima de terror psicológico e suspense bem efetivo.
A ação centra-se em um laboratório experimental no Ártico, para o qual são enviados dois cientistas para dar sequência a experiências que estavam sendo realizadas com chimpanzés, e que tinham sido interrompidas após a morte misteriosa de outro cientista. No local, muitas coisas estranhas acontecem e os cientistas entram em ritmo de paranoia.
O final, ainda que alguns tenham dito que era previsível, na época foi uma surpresa. E até lá é possível se divertir bastante.
POSSUÍDA PELO DIABO (Demon, Demon, 1975)
Direção de Richard Dunlap.
Produzido para a TV e, segundo informações, a última vez que foi exibido foi na TV australiana em 1986 e, desde então, está perdido.
E, sim, é um filme de terror, como o título indica. No entanto, o terror presente mascara um tema nitidamente de FC, presente por exemplo na obra de H.P. Lovecraft.
Um arqueólogo enfrenta problemas com sua esposa, que está se submetendo a tratamento psiquiátrico. Ele tenta recuperar o trabalho do pai dela, também arqueólogo e já falecido, especializado em religiões antigas. A esposa parece estar possuída por uma entidade maligna e o grupo de terapia em vez de ajudar faz com que a entidade se manifeste nela, uma vez que são adoradores do demônio. O fato é que os demônios da história são alienígenas, chegados à Terra por volta do ano 20 mil a.C., quando fugiram de seu planeta que estava se destruindo Conviveram com os humanos por algum tempo, mas depois passaram a ser perseguidos, refugiando-se em uma dimensão paralela, onde continuaram a tentar consertar sua nave para prosseguir viagem. Sua aparência foi associada ao Mal e ao Diabo, mas, dizem, vieram em paz.
Produção modesta, com alguns momentos interessantes e bom elenco, ainda que o melhor mesmo seja o tema.
O ÚLTIMO BRILHO DO CREPÚSCULO (Twilight's Last Gleaming, 1977)
Burt Lancaster e Paul Winfield (Bavaria Film/ Geria Productions/ Lorimar Productions).
Direção de Robert Aldrich.
Produção conjunta dos EUA e Alemanha Ocidental. Baseado no livro Viper Three (1971), de Walter Wager, mas bastante modificado, o filme recebeu excelentes críticas, bastante ajudado pela direção do sensacional Robert Aldrich e pelo elenco de qualidade superior, com Burt Lancaster, Richard Widmark, Charles Durning, Roscoe Lee Browne, Melvyn Douglas, Joseph Cotten, Paul Winfield e muitos mais. E, apesar de ser um filme longo, sustenta o suspense o tempo inteiro.
Um general americano renegado escapa da prisão e consegue invadir uma base de mísseis nucleares dos EUA e ameaça iniciar uma guerra mundial. Ele exige receber 10 milhões de dólares e quer que seja publicamente revelado o conteúdo de documentos secretos do Pentágono sobre a guerra do Vietnã, esclarecendo a política utilizada e porque o país continuou na guerra quando sabia que não poderia vencer.
Segundo informações, na versão original o documento era revelado, afirmando que os EUA haviam entrado propositadamente na guerra para mostrar aos inimigos que estava disposto a encarar uma guerra convencional, e essa parte foi cortada na versão final.
No Brasil, lançado em VHS e em DVD com o título O Último Brilho no Crepúsculo (Abril-Fox/ Ocean). Também com o título O Último Clarão do Crepúsculo.
COMA (Coma, 1978)
(Metro-Goldwyn-Mayer).
Direção de Michael Crichton.
Michael Crichton ficou mais conhecido como escritor de uma série de best-sellers, entre eles Parque dos Dinossauros (Jurassic Park, 1990), mas também teve uma carreira no cinema e televisão, com destaque para a direção de Westworld: Onde Ninguém Tem Alma (Westworld, 1973. Mais sobre o filme também aqui) e a criação da série Plantão Médico.
Aqui, ele dirige e foi o responsável pelo roteiro a partir do livro com o mesmo título (1977), de Robin Cook. E é bastante ajudado pelo elenco com Geneviève Bujold, Michael Douglas, Rip Torn e Richard Widmark.
O filme foi bastante comentado, mas no geral é inferior a Westworld. Bujold é uma cirurgiã que desconfia e começa a investigar estranhos acontecimentos no hospital em que trabalha. Pacientes entram repentinamente em estado de coma e desaparecem. Acaba descobrindo que o diretor Widmark utiliza-se dos corpos para transplantes de órgãos, mantendo uma espécie de depósito de corpos para serem usados no futuro.
Segundo Peter Nicholls, o filme é um thriller com um elemento de fc, justamente a utilização ilícita de órgãos humanos para transplante, um tema que surge em diversas histórias do gênero.
No Brasil, lançado em VHS e em DVD (Video Arte/ Classicline).
DIA DAS BRUXAS 3 (Halloween III: Season of the Witch, 1983)
Mensagens transmitidas pela TV para transformar cabecinhas humanas (Dino De Laurentiis Company/ Universal Pictures).
Direção de Tommy Lee Wallace.
Também com o título Halloween III: A Noite das Bruxas.
Dessa vez John Carpenter foi apenas o produtor do filme, uma das franquias mais bem sucedidas do cinema de terror, aqui com um pé na ficção científica, ainda que com um roteiro confuso e com alguns furos, e o primeiro sem o personagem Michael Myers, que marcou a série de filmes.
Esse Halloween não tem nada a ver com as histórias dos antecedentes, tendo sido massacrado pela crítica pelo absurdo do enredo, mas parece que é justamente isso que o torna interessante, misturando misticismo, rituais pagãos, FC e a utilização dos meios de comunicação como forma de dominação.
Apresenta um misto de empresário, cientista e sacerdote celta que prepara uma grande surpresa para as criancinhas da América, no dia das bruxas. Vende máscaras especialmente tratadas que, no dia fatal, emitirão raios que tornarão suas cabecinhas americanas em um ninho de cobras e lagartos, por meio de um sinal emitido pelas emissoras de televisão. Tudo isso preparado com uma campanha publicitária massacrante. Ele está irritado pelo fato de o Halloween ter se tornado uma comemoração comercial, e planeja fazer com que retorne ao seu significado místico original. As máscaras em si contêm microchips fabricados com a pedra de um dos monólitos de Stonehenge, que ele roubou.
Tom Atkins e Stacey Nelkin.
Um pai descobre parte da trama e vai até a fábrica do loucão tentar impedir que o mal seja feito. Consegue matar o sujeito, destruir a fábrica, mas não consegue impedir a transmissão dos sinais pela TV.
Com todas suas falhas, o filme é muito mais divertido e interessante do que a crítica costuma achar.
O roteiro foi assinado por Tommy Lee Wallace, mas diz-se que Nigel Kneale, o roteirista original, exigiu que seu nome fosse retirado dos créditos ao ver o filme cair cada vez mais para o terreno dos splatter movies, ou seja, mais e mais sanguinolento. Peter Nicholls disse que, apesar disso, “(...) permaneceu uma verdadeira estranheza para contrabalançar os terrores físicos (nem todos eles inteiramente arbitrários), especialmente nos androides assassinos educados e vestidos de preto, e nas ameaçadoras ruas silenciosas da cidade em que fica a empresa. Dirigido por um pupilo de Carpenter, esse filme tem o agradável sabor apavorante do próprio Carpenter”.
Phil Hardy entendeu que a mistura de misticismo e de microchips que compõe o centro do filme é prejudicada pela ênfase em manter uma cota de efeitos sangrentos chocantes, ainda que o filme traga uma interessante sensação de absurdo.
No Brasil, lançado em VHS e DVD (VTI/ Paragon)
Direção de Tobe Hooper.
Direção de Larry Cohen.
NECRONOMICON: O LIVRO PROIBIDO DOS MORTOS (Necronomicon, 1993)
(Davis-Films/ Pioneer LDC/ Ozla Productions).
Direção de Brian Yuzna, Christophe Gans e Shusuke Kaneko.
Mais um no limite, baseado, ainda que vagamente, em histórias de H.P. Lovecraft, dividido em três episódios distintos – The Drowned, The Cold e Whispers – e mais uma história de ligação, The Library, que apresenta o próprio Lovecraft pesquisando os terrores contidos no livro chamado Necronomicon, uma das mais conhecidas criações literárias do autor, e que, aliás, não é “o livro proibido dos mortos”, como diz o título em português, mas o livro dos segredos terríveis dos seres mais antigos do mundo, escrito pelo árabe louco Abdul Alhazred e, segundo Lovecraft, capaz de enlouquecer uma pessoa pela simples leitura do que contém.
No primeiro episódio, The Drowned, um sujeito herda uma mansão a beira mar, sobre um penhasco; e, adivinhem quem mora nos subterrâneos? Ele mesmo, o alienígena malvado, Cthulhu. O último episódio, Whispers, também apresenta uma raça de seres ancestrais, possivelmente alienígenas, vivendo no subterrâneo de uma grande cidade e se alimentando do tutano de seres humanos.
Não é um filme ruim, não é um filme excepcional, mas diverte.
No Brasil, lançado em VHS e em DVD (HVC Home Video/ Versátil).
A REDE (The Net, 1995)
(Columbia Pictures).
Direção de Irwin Winkler.
Esse não surge praticamente em nenhuma listagem de fc, mas ele é construído a partir de uma ideia constante no gênero: a dominação do mundo, a obtenção de poder total pelo controle de um meio tecnológico. No caso, a Internet é o centro das atenções, com a crescente introdução de dados pessoais em sistemas de controle possibilitando que determinadas pessoas ou, no caso, um grupo específico, tenha acesso a essas informações.
Sandra Bullock é uma especialista em computação que se vê envolvida em uma trama que atinge os mais altos escalões do poder nos EUA, e tem sua existência simplesmente apagada.
Ainda que não seja um primor, é um filme movimentado e interessante pelo tema, que já despertava debates interessantes na época em torno da questão de até onde ou até quando poderemos manter nossa individualidade e privacidade em uma sociedade totalmente computadorizada. Quase 30 anos se passaram e as discussões são ainda mais intensas, e a situação da perda da privacidade só piorou.
No Brasil, lançado em DVD (Columbia).
OS METEOROS AMEAÇADORES
Entre 1997 e 1999, por alguma razão, surgiu uma série de produções com meteoros e asteroides que ameaçavam o planeta. Alguns filmes tiveram produções milionárias, outros nem tanto; alguns foram bem nas bilheterias e críticas, outros nem tanto. Falamos deles a seguir.
ASTEROIDE (Asteroid, 1997)
(Davis Entertainment/ NBC Studios).
Direção de Bradford May.
Filme produzido para a TV, antecipando os grandes sucessos de bilheteria do ano seguinte, e bem fraquinho, apesar da presença de Annabella Sciorra no elenco. Ela é a astrônoma que percebe que a passagem de um cometa pelo sistema solar fez com que inúmeros asteroides viessem em curso de colisão com a Terra. Ela avisa as autoridades, mas a cidade de Dallas sofre com o impacto, enquanto pedaços ainda maiores continuam se dirigindo ao planeta. Apenas razoável e, mesmo assim, se deixarmos de lado os clichês. No Brasil, lançado em VHS (Cannes).
A PEDRA DO JUÍZO FINAL (Cosmic Shock, 1997)
(MTM Enterprises/ Regent Entertainment/ Shavick Entertainment/ The Family Channel).
Direção de Brian Trenchard-Smith.
Também com o título Doomsday Rock. Mais um filme feito para TV, e bem fraco, e igualmente antecipando os sucessos do ano seguinte. William Devane interpreta um cientista tido como alucinado, que já havia previsto a queda de um meteoro, que não ocorreu. Achando que isso irá acontecer dessa vez, ele consegue reunir alguns militares e invade um silo de mísseis nucleares para disparar contra o meteoro.
IMPACTO PROFUNDO (Deep Impact, 1998)
(Paramount Pictures/ Dreamworks Pictures/ Zanuck/Brown Productions/ Manhattan Project/ Amblin Entertainment).
Direção de Mimi Leder.
O primeiro filme do ano abordando o mesmo tema, com um orçamento gigantesco de 75 milhões de dólares, e um elenco sensacional. Um cometa gigantesco se encontra em curso de colisão com a Terra, movimentando os governos do planeta no sentido de afastar o problema. Resolvem enviar uma missão espacial para tentar destruí-lo com explosões nucleares. O resultado da missão é que o cometa se divide em dois pedaços. O menor irá cair no mar e causar uma inundação sem precedentes. O segundo irá provocar a extinção da espécie humana. Os governos têm um programa alternativo que vinham preparando em segredo, e que consiste em escolher algumas pessoas, selecionando-as aleatoriamente e escondendo-as em cavernas especialmente construídas para suportar a vida por dois anos ou mais, tempo em que o planeta ficará inabitável. Um bom filme, com efeitos especiais sensacionais e totalmente dentro das necessidades do enredo.
ARMAGEDDON (Armageddon, 1998)
Bruce Willis e Will Patton (Touchstone Pictures/ Jerry Bruckheimer Films/ Valhalla Motion Pictures/ Digital Image Associates).
Direção de Michael Bay.
Foi o segundo filme do ano a apresentar a Terra sendo ameaçada, dessa vez por um asteroide. E foi uma produção ainda mais cara – cerca de 140 milhões de dólares – e com um elenco de estrelas, mas ainda assim é um filme inferior a Impacto Profundo. Como no anterior, a única forma possível de se destruir o imenso meteoro que pode exterminar o planeta é enviando uma missão até ele e tentar explodi-lo. Os escolhidos são especialistas em perfuração de petróleo.
INFERNO (Inferno, 1998)
(Pacific Bay Entertainment/ Sterling Pacific Films/ Viacom Productions).
Direção de Ian Barry.
Mais uma produção para TV, e bem fraca, com a Terra mais uma vez ameaçada por um impacto devastador vindo do espaço, uma “bola de fogo” que, além de poder provocar o fim da civilização, causa um aumento brutal da temperatura. Alguns cientistas lutam para impedir que sejamos destruídos. De novo. No Brasil, lançado em VHS (Paramount).
TYCUS, IMPACTO MORTAL (Tycus, 1999)
(Phoenician Entertainment/ Tycus Productions).
Direção de John Putch.
Filme produzido diretamente para o mercado de vídeo, e muito ruim. Mais um dos inúmeros filmes surgidos na época tendo como base a chegada de um cometa, prestes a se chocar contra a Terra. Dennis Hopper é um jornalista que faz matéria investigativa sobre uma companhia de mineração e acaba descobrindo a existência de uma verdadeira cidade subterrânea no interior de uma montanha, e que o lugar foi construído para abrigar algumas pessoas selecionadas para sobreviver aos efeitos do cometa Tycus, que está para acabar com o planeta. No Brasil, lançado em DVD (FlashStar).
PERIGO IMINENTE (Judgment Day, 1999)
(Cinetel Films/ Judgement Cinema Inc.).
Direção de John Terlesky.
Outro filme muito ruim produzido para o Mercado de vídeo. Aparentemente, o último desse período a abordar o tema, com um meteoro imenso aproximando-se da Terra. Um cientista que parece ter um projeto para deter o perigo é sequestrado por um líder de uma seita mística e agente do governo têm de resgatá-lo. Inacreditável. No Brasil, lançado em VHS (Imagem).
Direção de Joe Chappelle.
UM ENCONTRO COM O FUTURO (Peut-Être, 1999)
(Vertigo/ PECF/ M6 Films/ TPS Cinéma).
Direção de Cédric Klapisch.
Produção francesa, também com os títulos Além do Meu Futuro e Pelo Sim, Pelo Não. Na festa de entrada do ano 2000, uma jovem resolve que aquele é o momento exato para ter um filho de seu companheiro, mas ele resiste. Posteriormente, ele encontra uma passagem no teto do banheiro do apartamento onde ocorre a festa. Investigando, percebe que se trata de uma passagem para o futuro.
Ele chega à cidade alguns anos depois e a encontra praticamente coberta por areia. Seus possíveis descendentes o esperam. Eles querem convencê-lo a engravidar sua companheira para que eles tenham o direito de viver. Sem dúvida uma fc simbólica, mas com momentos bem agradáveis e engraçados.
ALTA FREQUÊNCIA (Frequency, 2000)
Dennis Quaid (New Line Cinema).
Direção de Gregory Hoblit.
Uma emissão de partículas solares cria uma estranha condição no tempo, permitindo que pai e filho estabeleçam comunicação por rádio amador entre duas épocas distintas. As informações fornecidas pelo filho ao seu pai no passado fazem com que a história seja alterada. O enredo às vezes pode confudir o espectador não acostumado com histórias sobre alterações temporais, mas o filme é bem interessante e tem ótimas interpretações de Dennis Quaid e Jim Caviezel. No Brasil, lançado em VHS e em DVD (PlayArte).
APAIXONADO THOMAS (Thomas Est Amoureux, 2000)
(Entre Chien et Loup/ JBA Production/ Radio Télévision Belge Francophone).
Direção de Pierre-Paul Renders.
Produção conjunta da França e Bélgica. Um filme interessante sobre o jovem agorafóbico Thomas (Benoît Verhaert), que não deixa seu apartamento para qualquer atividade. No que se imagina ser um futuro próximo, ele só se relaciona com as pessoas por vídeo, e obtém tudo o que precisa por computador. Até mesmo suas sessões de psicanálise são feitas pela internet, e Thomas diz que sente falta do contato humano. Ele é aconselhado a procurar uma mulher utilizando um serviço de contatos da internet. No Brasil, lançado em DVD (LK-Tel).
Direção de Stuart Gordon.
(link nos sonhos e nos pesadelos de lovecraft)
KATE E LEOPOLD (Kate & Leopold, 2001)
Hugh Jackman e Meg Ryan (Konrad Pictures/ Miramax).
Direção de James Mangold.
Comédia romântica com elementos de fantasia e, talvez, de fc, dependendo do ponto de vista, com Hugh Jackman e Meg Ryan no casal que se apaixona. Jackman interpreta Leopold, um nobre do século 19 que, acidentalmente, vai parar no século 21 ao atravessar um portal temporal, seguindo um viajante do século 21. Na Nova York do seu futuro, ele conhece Kate (Meg Ryan) e se apaixona. Eventualmente, os dois atravessam o portal para o século 19. No Brasil, lançado em DVD (Buena Vista).
Direção de James Seale.
ALTITUDE (Altitude, 2010)
(Escape Factory/ Foundation Features/ Téléfilm Canada).
Direção de Kaare Andrews.
Uma história confusa em filme mediano, ainda que com alguns bons momentos. A jovem Sara (Jessica Lowndes) dirige um pequeno avião com um grupo de amigos e seu namorado Bruce (Landon Liboiron), quando o avião começa a ter problemas e eles entram em uma estranha nuvem escura da qual não conseguem sair. Pior do que isso, alguma coisa terrível parece estar do lado de fora.
Sara perdeu sua mãe em um acidente aéreo, quando o avião que ela pilotava foi atingido por outro avião. E ficamos sabendo que Bruce estava naquele avião, e perdeu seus pais no acidente, e ele percebe que é o responsável por aquele acidente e pelos problemas que estão enfrentando no momento. De alguma forma, ele tem a capacidade de tornar reais os “monstros” quando está com medo. E, mais do que isso, o avião em que eles estão foi o avião que atingiu suas famílias no passado, de alguma forma se transportando no tempo.
No Brasil, lançado em DVD (Flashstar).