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autorGilberto Schoereder
publicado porGilberto Schoereder
data09/10/2023
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O TERROR DO HIMALAIA (The Snow Creature, 1954)

(Planet Filmplays).

Direção de W. Lee Wilder.
Esse é o primeiro filme apresentando o abominável homem das neves e, segundo quase todos os críticos, o pior. E realmente é um filme pavoroso, com o ser em questão sendo capturado durante uma expedição ao Himalaia e levado a Los Angeles. Como de praxe nesse tipo de produção, ele consegue fugir, é perseguido e morto.
Uma das piores coisas do filme é a roupa que conseguiram para o abominável, tão deplorável que tiveram que filmar a maioria das cenas em quase escuridão. Parece um pijama de urso tamanho XG.
O diretor é irmão de Billy Wilder, um dos maiores cineastas do cinema mundial, e tem uma carreira deprimente no cinema, com pérolas como Fantasma do Espaço (Phantom from Space, 1953) e Mundos Que se Chocam (Killers From Space, 1954).

 


O MONSTRO DO HIMALAIA (The Abominable Snowman, 1957)

                                                                                                           (Hammer Films).

Direção de Val Guest.
Também com o título The Abominable Snowman of the Himalayas. Produção inglesa da Hammer e um dos filmes com o abominável homem das neves dos anos 1950, com roteiro de Nigel Kneale, o criador da série com o professor Quatermass. Peter Cushing lidera a tradicional expedição ao Himalaia na tentativa de localizar o abominável, também conhecido como yeti. Encontram-no e ele é morto por Forrest Tucker, que por sua vez morre em uma avalanche, enquanto outro homem das neves aparece e deixa que Cushing retorne à Inglaterra para mais filmes de terror. Mas vai sem seu troféu.
O filme foi feito após uma história semelhante ter sido exibida na BBC, também com roteiro de Nigel Kneale, com o título The Creature, e também com Peter Cushing no elenco.
Ainda que não esteja entre as melhores produções da Hammer, certamente é muito melhor do que o abominável anterior.


CALTIKI, O MONSTRO IMORTAL (Caltiki, Il Monstro Immortale, 1959)

Direção de Riccardo Freda.


A VOLTA AO MUNDO SOB O MAR (Around the World Under the Sea, 1966)

(Ivan Tors Productions).

Direção de Andrew Marton.
Um grupo de cientistas sob a liderança de Lloyd Bridges embarca em um submarino atômico com o objetivo de descobrir a causa e deter uma série de terremotos e maremotos que perturbam o planeta. Enfrentam os problemas submarinos costumeiros e também uma enguia gigante, além de problemas internos, como um sujeito que quer usar o submarino para resgatar um suposto tesouro de um navio naufragado.
O filme foi produzido por Ivan Tors, conhecido no gênero por seu trabalho com a famosa série de TV, Science Fiction Theatre (1955-1957), além dos filmes Gog, o Monstro de Cinco Mãos (Gog, 1954) e O Monstro Magnético (The Magnetic Monster, 1953). Ele também tem um histórico de aventuras embaixo da água, com as séries The Aquanauts (1960-1961), Aventura Submarina (Sea Hunt, 1958-1961) – que foi famosa no Brasil, também estrelando Lloyd Bridges – e Flipper (Flipper, 1964-1967). Assim, não é de estranhar que as filmagens submarinas sejam o que o filme tem de melhor, a cargo de Ricou Browning, que foi o monstro de O Monstro da Lagoa Negra (1954).


BATALHA EMBAIXO DA TERRA (Battle Beneath the Earth, 1967)

(Reynolds-Vetter Productions Ltd.).

Direção de Montgomery Tully.
Um filme tenebroso, em produção inglesa. A paranoia anticomunista dos anos 1950 transportada para o final dos 1960, e totalmente sem sentido. Os chineses pretendem tomar conta do mundo e, simplesmente, constroem um túnel por baixo do Oceano Pacífico, em direção à Califórnia. Algo bem simples. Mas os americanos não dormem no ponto e, utilizando um vulcão extinto, também vão para baixo da Terra brigar com os invasores.

 

 

A GRANDE AMEAÇA (The Most Dangerous Man In The World, 1969)

                                                                  Gregory Peck (APJAC Productions/ Twentieth Century-Fox Productions).

Direção de J. Lee Thompson.
Também conhecido pelo título The Chairman. Gregory Peck interpreta um cientista ganhador do Prêmio Nobel, mas que funciona como espião ao visitar a China. Ele tenta obter o segredo de uma nova enzima desenvolvida pelos chineses e capaz de ampliar incrivelmente as colheitas. Ele leva um transmissor implantado em seu cérebro e, sem saber, também tem uma bomba em sua cabeça. Só por precaução.
No Brasil, lançado em DVD (Classiline).


TROG (Trog, 1970)

Joan Crawford e Joe Cornelius (Herman Cohen Productions).

Direção de Freddie Francis.
Também com o título Trog, O Monstro da Caverna. Produção inglesa que, apesar da direção de Freddie Francis, é um filme muito fraco, mais conhecido por ser a última aparição de Joan Crawford no cinema.
Ela é uma antropóloga que descobre em uma caverna um ser troglodita, que é logo chamado de Trog, e que acaba causando problemas devido à incompreensão das pessoas; e, bem... porque ele é um ser primitivo. Muito, muito ruim.


O DIA DO GOLFINHO (The Day of the Dolphin, 1973)

                                                             George C. Scott (AVCO Embassy Pictures).

Direção de Mike Nichols.
Nem sempre considerado como FC, o filme traz George C. Scott como um cientista que, junto com sua esposa (Trish Van Devere), treina golfinhos e os ensinando a se comunicar e relacionar com seres humanos. No entanto, um grupo extremista de direita rapta os golfinhos para utilizarem-nos em um atentado contra o presidente.
O roteiro de Buck Henry foi adaptado do livro Un Animal Doué de Raison (1967), do escritor Robert Merle, mais conhecido entre os leitores de ficção científica por seu Malevil (Malevil, 1972).
Phil Hardy disse que o ponto positivo do filme é o comprometimento de Nichols e do roteirista Henry com o relacionamento entre os golfinhos e seu treinador, e a ironia central do filme é que, após ensinar os golfinhos a se comunicar e relacionar com os humanos, Scott não foi capaz de ensinar-lhes como diferenciar os humanos.
John Brosnan teceu um comentário semelhante, entendendo que a primeira metade do filme lida de forma séria e convincente com o contato histórico entre duas espécies inteligentes, “(...) e transmite a genuína ‘sensação de maravilhamento’ encontrada na melhor ficção científica”, enquanto o restante da história é menos interessante.
No Brasil, lançado em VHS (Globo Vídeo).


O FATOR NETUNO (The Neptune Factor, 1973)

(Sandy Howard Productions/ Conquest of the Deeps Limited and Company/ Quadrant Films/ Bellevue-Pathé Ltd.).

Direção de Daniel Petrie.
Também com os títulos The Neptune Factor – An Undersea Odyssey e A Odisseia do Netuno.
Apesar de bons atores como Bem Gazzara, Yvette Mimieux, Walter Pidgeon e Ernest Borgnine, é um filme mal elaborado sobre cientistas que realizam pesquisas no fundo do mar em um laboratório. Eles enfrentam problemas após um terremoto e o laboratório é arrastado para regiões profundas e desconhecidas, de modo que um submarino é enviado para resgatá-los. Encontram enguias e outros peixes gigantescos e muitos problemas para retornar à superfície.
A história não vai a lugar algum, com tomadas tediosas e com efeitos paupérrimos. Como é comum em filmes ruins, o cartaz é bem mais interessante que o filme. No Brasil, lançado em VHS (Abril).


INVASÃO DAS MULHERES ABELHA (Invasion of the Bee Girls, 1973)

                                                                                                                                   (Sequoia Pictures).

Direção de Denis Sanders.
Também com o título Graveyard Tramps. Pequena produção que foi bem recebida em parte da crítica e se tornou um cult, com roteiro de Nicholas Meyer, que seria o diretor de Um Século em 43 Minutos, O Dia Seguinte e Jornada nas Estrelas II. William Smith é o sujeito do governo que descobre os estranhos acontecimentos em uma pequena cidade da Califórnia. Um grupo de mulheres conseguiu se transformar em seres monstruosos, como abelhas, que matam os homens através do sexo. Eles morrem, porém felizes. No Brasil, lançado em VHS (Manchete).


YETI, O MONSTRO DO SÉCULO 20 (Yeti – Il Gigante del 20º Secolo, 1977)

(Stefano Film).

Direção de Gianfranco Parolini (com o pseudônimo Frank Kramer).
Seção seres estranhos e elos perdidos, um tanto fora de época. Um cientista descobre o abominável monstro das neves, já encontrado anteriormente por outros cientistas. Produção italiana sem graça e nada convincente, com o abominável destruindo maquetes, filmada no Canadá e não apresentada nos cinemas da América. No Brasil, lançado em VHS (Transvídeo/ Century).


MENINOS DO BRASIL (The Boys From Brazil, 1978)

                                                                  Gregory Peck, como Mengele (Producers Circle/ ITC Films).

Direção de Franklin J. Schaffner.
Baseado no livro com o mesmo título, de Ira Levin, o filme tem um elenco de primeira com Gregory Peck, Laurence Olivier e James Mason. Os remanescentes do nazismo mundial planejam estabelecer o Quarto Reich utilizando-se da técnica de clonagem, reproduzindo Hitler geneticamente pelas experiências de Josef Mengele (Peck), que é caçado por Ezra Lieberman (Olivier).
Peter Nicholls disse que o filme, como o livro em que foi baseado, é uma “(...) mistura absurda, mas divertida, das convenções do thriller pulp com conjecturas científicas um tanto interessantes sobre meio ambiente e hereditariedade”.
Schaffner foi o diretor de O Planeta dos Macacos, Patton – Rebelde ou Heroi e Papillon, todos superiores a esse filme. No Brasil, foi lançado em VHS e em DVD (Top Tape/ Rimo S/A).


A MORTE VEM DO CÉU (Endangered Species, 1982)

(Alive Enterprises/ Metro-Goldwyn-Mayer).

Direção de Alan Rudolph.
Esse é um daqueles filmes que suscita opiniões diferentes, uns odiando, outros adorando. E, com certeza, também é um dos que estão no limite da ficção científica.
Robert Urich é um policial de Nova York que vai para o campo com a filha, fugindo da violência e da bebida. Encontra a xerife Jobeth Williams envolvida em um caso misterioso de mutilações de gado. Descobrem que um grupo paramilitar está fazendo testes de guerra bacteriológica com o gado, para soltar uma praga sobre a URSS.
Todo o aparato militar e tecnológico que têm à sua disposição, além de contatos com Washington, indicam uma situação de um governo paralelo agindo por conta própria e liquidando quem se intromete. Há um certo clima de paranoia, mas não chega a haver uma situação clara como a de Sete Dias em Maio, por exemplo.
Diz-se que a história foi baseada em fatos reais, pelo menos no que diz respeito à mutilação do gado, mas os elementos de FC parecem estar presentes. No entanto, o filme não é tão bom quanto alguns críticos insistem. No Brasil, lançado em VHS (Vídeo Arte).


ROTA DO PERIGO (Starflight One, 1983)

                                                                                                     (Orgolini-Nelson Productions/ Orion Television).

Direção de Jerry Jameson.
Também com os títulos Starflight: The Plane That Couldn’t Land e S.O.S. Starflight. Filme feito para a televisão e apresentado nos cinemas em alguns lugares do mundo. A escolha de Jerry Jameson para a direção indica que os produtores pensavam especificamente em um filme na linha dos desastres e catástrofes; Jameson vinha dos filmes Aeroporto 77 e O Resgate do Titanic.
A história gira em torno de uma nave que deverá realizar o primeiro voo através do Pacífico em apenas duas horas, mas que acaba entrando em órbita ao ser atingida por destroços de um satélite. O resgate é feito pela espaçonave Columbia, da NASA, no que o crítico Phil Hardy chamou de tributo à tecnologia da agência especial.
No geral, um filme chato e sem criatividade, mesmo com a presença do especialista em efeitos especiais John Dykstra. No Brasil, lançado em VHS (Globo).


TROVÃO AZUL (Blue Thunder, 1983)

(Columbia Pictures/ Rastar Pictures).

Direção de John Badham.
Segundo filme de John Badham no ano e bem inferior ao outro, Jogos de Guerra. O trovão do título é um helicóptero da polícia que utiliza tecnologia de ponta e é capaz de façanhas incríveis. Roy Scheider é um ex-piloto do Vietnã escolhido para dirigi-lo, e ele acaba descobrindo uma trama entre políticos e militares para instigar revoltas nos bairros pobres e utilizar o helicóptero para acabar com elas. Scheider decide acabar com seus planos.
Ainda que tenha sido um sucesso de bilheteria, tem muita ação e pouco mais do que isso, apesar da presença de Dan O’Bannon e Don Jakoby no roteiro. Também deu origem a um seriado de TV fraquíssimo. No Brasil, lançado em VHS e em DVD (LK-Tel/ Columbia).


O HOMEM DE GELO (Iceman, 1984)

                                                                   Timothy Hutton e John Lone (Universal Pictures).

Direção de Fred Schepisi.
Uma estação experimental instalada no Ártico encontra um homem de Neanderthal congelado e o revive graças a um elemento que seu corpo produziu. Os cientistas se dividem quanto a atitude a tomar: o antropólogo acha que ele deve permanecer vivo enquanto os demais pretendem descobrir o que o manteve vivo, através de testes que o matarão. O homem é mantido em uma redoma artificial. O tema já era um tanto antiquado no cinema, mas recebeu um bom tratamento. Peter Nicholls disse que ele evitou os clichês de outros filmes do gênero, mas tem uma história fraca, cedendo aos “clichês ecológicos da época”. Ainda assim, é um bom filme.


A NOITE DO COMETA (Night of the Comet, 1984)

(Atlantic Entertainment Group/ Film Development Fund).

Direção de Thom Eberhardt.
Um cometa se aproxima da Terra e alguns cientistas se refugiam em um abrigo subterrâneo, enquanto as pessoas que vão às ruas observar sua passagem são completamente destruídas, viram pó. Os que foram expostos à passagem do cometa por pouco tempo se transformam em seres horríveis e canibais.
Enormes cidades abandonadas sempre abrem perspectivas fascinantes para a ficção científica, mas aqui o tema é mal explorado, com piadas idiotas atrapalhando o andamento da história fraca. Algumas resenhas dizem que o filme é uma sátira ou comédia, mas se for, não funciona bem.


ACADEMIA DE GÊNIOS (Real Genius, 1985)

                                                                                                                                       (Delphi III Productions).

Direção de Martha Coolidge.
FC e humor com história situada em uma escola para gênios da física que, além de criarem objetos estranhos, arranjam muita confusão. Val Kilmer se envolve com um professor inescrupuloso que pretende obter sua ajuda na construção de um laser especial, que deverá ser vendido para o governo utilizar em um projeto tipo “guerra nas estrelas”. Os jovens se unem para tentar deter os malévolos planos dos políticos e militares. No Brasil, lançado em VHS (LK-Tel).


TROLL, O MUNDO DO ESPANTO (Troll, 1985)

Direção de John Carl Buechler.


COMBOIO DO TERROR (Maximum Overdrive, 1986)

(De Laurentiis Entertainment Group).

Direção de Stephen King.
O escritor Stephen King resolveu dirigir o filme a partir do seu conto Caminhões (do livro Sombras da Noite) e, segundo ele mesmo disse várias vezes, foi um desastre. Um estranho cometa passa próximo à Terra e sua cauda faz com que coisas estranhas ocorram com os caminhões e aparelhos elétricos. Um grupo de pessoas fica preso em um posto de gasolina à beira da estrada. No Brasil, lançado em VHS e DVD (Tec H.V./ Imagem Filmes/ DarkFlix).


A MÁQUINA DE COMBATE (Cyclone, 1987)

                                                                                                                                                                  (Cinetel Films).

Direção de Fred Olen Ray.
O diretor Fred Olen Ray dirigiu muitas atrocidades na época, e esse filme é mais uma delas. Uma aventura com toques de FC. A máquina de combate, o cyclone do título, é uma motocicleta cheia de truques, inclusive os indefectíveis raios laser. Heather Thomas é a jovem que herda a moto, propriedade e invenção do namorado que foi morto, e que agora é perseguida pelos sujeitos maus que desejam a máquina de combate. Perda de tempo.


DR. MABUSE E SEU DESTINO (Dr. M, 1990)

Alan Bates (NEF Filmproduktion & Vertrieb/ Ellepi Films/ Cléa Productions/ Zweites Deutsches Fernsehen/ La Sept/ Telefilm Saar GmbH).

Direção de Claude Chabrol.
Também com o título Club Extinction. Produção conjunta da Alemanha, Itália e França. Chabrol foi um dos principais cineastas da chamada nouvelle vague e, aqui, ele situa sua história em Berlim, em um futuro próximo, com a população cansada pelas pressões da vida moderna e atravessando uma epidemia de suicídios. Um detetive desconfia que o responsável é o dr. Marsfeldt (Alan Bates), um sujeito bem louco que está utilizando hipnose em massa para manipular as pessoas, atuando no clube Theratos, supostamente um local de férias e descanso.
Como Peter Nicholls explicou, o filme foi realizado como uma clara homenagem ao personagem Dr. Mabuse, criado por Fritz Lang. O dr. M defende a ideia de que a morte é fundamentalmente tudo o que todos nós desejamos. E o doidão pretende fazer uma lavagem cerebral em todos os habitantes de Berlim, utilizando uma transmissão de televisão. Nicholls disse que “Esse filme sofisticado concentra-se na qualidade semelhante a um sonho de um mundo dominado por imagens da mídia e na dificuldade de localizar qualquer realidade sólida nele”.
No Brasil, lançado em VHS (VTI).


DARKMAN – VINGANÇA SEM ROSTO (Darkman, 1990)

                                              Liam Neeson (Renaissance Pictures/ Universal Pictures).

Direção de Sam Raimi.
Talvez Darkman esteja mais para o fantástico e terror, mas lembra muito os antigos filmes de cientistas e as vinganças terríveis que eles realizavam. Sam Raimi vinha dos sucessos com Uma Noite Alucinante (1 e 2) e conseguiu criar um grande sucesso de público e crítica – ainda que tenha seus desafetos, é claro.
Segundo suas próprias palavras, ele introduziu na história elementos de O Fantasma da Ópera, O Corcunda de Notre Dame, Batman e de muitos outros heróis das histórias em quadrinhos. Conta a história do cientista Peyton Westlake (Liam Neeson), que pesquisa um novo tipo de pele sintética para ser aplicada sobre ferimentos graves. Mas ele tem um encontro mais que desagradável com os vilões da história, que acabaram de matar o dono da empresa onde ele trabalha; eles resolvem torturá-lo horrivelmente antes de matá-lo.
Só que ele não morre e retorna desfigurado, monta seu próprio laboratório secreto e passa a utilizar as peles sintéticas para se disfarçar e realizar sua vingança.
No Brasil, lançado em VHS e DVD (CIC/ Universal).


ANATOMIA DE UM ASSASSINO (Body Parts, 1991)

Lindsay Duncan, Jeff Fahey e Kim Delaney (Paramount Pictures).

Direção de Eric Red.
Jeff Fahey é um psicólogo que perde um braço em um acidente e tem transplantado o braço de um assassino psicótico. Começa a sofrer estranhos efeitos colaterais e fica sabendo que outras partes do corpo do criminoso foram transplantadas em outras pessoas.
O diretor Red é mais conhecido como o roteirista de A Morte Pede Carona (The Hitcher, 1986) e Quando Chega a Escuridão (Near Dark, 1987). O filme é trabalhado como terror, mas a base de tudo são os experimentos de uma cientista um tanto alucinada (Lindsay Duncan) que, além de inovar nos transplantes, resolve guardar a cabeça viva do assassino e transplantá-la em outro corpo, causando uma série de problemas. Bem melhor do que se poderia esperar de um tema já um tanto antigo.
No Brasil, lançado em VHS (CIC).


ETERNAMENTE JOVEM (Forever Young, 1992)

                   A câmara criogênica (Warner Bros./ Icon Entertainment International/ Icon Productions/ Polyphony Digital).

Direção de Steve Miner.
Um romance com toques de ficção científica. O personagem central é interpretado por Mel Gibson, vivendo em 1939, quando sua namorada Helen (Isabel Glasser) sofre um acidente e entra em coma. Desesperado pela dor, ele resolve participar de uma experiência secreta realizada por um amigo com uma câmara criogênica, e acaba sendo congelado em um sono do qual só desperta em 1992, quando tem de refazer sua vida. Mas ele começa a sofrer os efeitos colaterais da experiência, envelhecendo rapidamente. 
Alguns bons momentos, mas no geral uma xaropada que tenta arrancar suspiros e lágrimas da audiência. Pelos números de bilheteria, deve ter conseguido, mas é bem fraquinho. No Brasil, lançado em VHS e DVD (Warner).


FREAKLÂNDIA, O PARQUE DOS HORRORES (Freaked, 1993)

(Chiodo Brothers Productions/ Ufland Productions/ Will Vinton Studios).

Direção de Tom Stern e Alex Winter.
Comédia e fantasia com toques de fc. Um famoso astro da televisão é enviado para a cidade de Santa Flan como representante de uma empresa que fabrica um fertilizante altamente prejudicial para o meio ambiente. No local, encontra a Freek Land, dirigida por um sujeito completamente maluco que possui uma máquina que transforma as pessoas em seres grotescos, os freaks, utilizando-se do fertilizante.
O astro é transformado, assim como seu amigo e uma jovem rebelde, e se unem aos demais seres transformados que fazem parte do show do malucão. Os donos da empresa veem a possibilidade de utilizar o invento como forma de dominar o mundo, mas os monstrengos se revoltam.
O filme teve vários problemas de produção com o corte de verbas e fraca distribuição nos cinemas, e foi um fracasso de bilheteria. Mas ainda tem boas maquiagens de Screaming Mad George e Steven Johnson, e clima de comédia alucinada que garantem a diversão, desde que não se espere demais. No Brasil, lançado em VHS (Look).


REAÇÃO EM CADEIA (Chain Reaction, 1996)

                Keanu Reeves (Twentieth Century Fox/ The Zanuck Company/ Chicago Pacific Entertainment).

Direção de Andrew Davis.
Keanu Reeves é um ex-estudante de física trabalhando como mecânico em um projeto científico que procura uma forma de utilizar a água como combustível, e ele acaba fornecendo a informação vital para o sucesso do empreendimento. A partir de então ele se vê envolvido em uma trama gigantesca, com alguns cientistas desejando tornar a descoberta pública e acessível ao mundo todo, e outros entendendo que deve permanecer de conhecimento apenas dos EUA.
A trama envolve a explosão do laboratório e Reeves sendo acusado e tendo de fugir. Para quem gosta de ação, um bom filme, ajudado pelo elenco que tem Morgan Freeman e Rachel Weisz. No Brasil, lançado em VHS e DVD (Fox/ Rimo S/A).


O DOM – DUELO PARANORMAL (Mindstorm, 2001)

(Avrio Stoneridge Entertainment/ Mindstorm Productions).

Direção de Richard Pepin.
Ficção na linha dos poderes paranormais. Uma investigadora particular com poderes paranormais não consegue se lembrar de nada do que lhe aconteceu antes dos nove anos de idade, mas isso começa a mudar quando ela é contratada pelo senador Armitage, candidato à presidência, para encontrar sua filha desaparecida.
A investigadora se depara com um culto liderado por um guru da Nova Era, com poderes telepáticos, e ele a ajuda a resgatar suas memórias. Ela descobre que, como ele, ela foi vítima de experiências do governo, e o responsável foi o próprio senador que a contratou. O guru pretende se vingar do senador e tem planos ainda mais amplos.
Filme bem ruinzinho. No Brasil, lançado em VHS e DVD (Universal).


REINO DE FOGO (Reign of Fire, 2002)

Matthew McConaughey, Izabella Scorupco e Christian Bale (Touchstone Pictures/ Spyglass Entertainment/ The Zanuck Company/ Tripod Entertainment/ World 2000 Entertainment).

Direção de Rob Bowman.
Uma mistura de fantasia com ficção científica, mais do que razoável, ainda que não tenha ido bem nos cinemas. Parte da ideia de que, durante a construção do metrô em Londres, uma caverna foi encontrada e nela se encontravam dragões hibernando. Os dragões despertam e logo se tornam uma tremenda ameaça para a humanidade, que é quase exterminada.
A história é centrada em um futuro em que a humanidade luta pela sobrevivência, assim como os dragões, que estão à procura de alimentos. Um grupo de humanos se mantém como pode nas ruínas de um antigo castelo, combatendo os ataques constantes dos dragões, até que americanos chegam ao local, fortemente armados e prontos para acabar com os dragões. Os ingleses se juntam a eles como podem, e partem para tentar destruir o único dragão macho que fertiliza todos os ovos das fêmeas.
Não chega a ser um grande momento do cinema do gênero, mas não merecia a má sorte que teve nas bilheterias. Tem um bom elenco, liderado por Christian Bale e Matthew McConaughey. Segundo Peter Nicholls e Jack Nicholls, o filme tem momentos inteligentes o suficiente para mantê-lo interessante. O diretor Rob Bowman teve grandes momentos na série Arquivo X.
No Brasil, lançado em DVD (Touchstone/ Buena Vista).