Em Encyclopedia of Fantasy, o pesquisador e escritor John Clute disse que Bram Stoker não tem nada a ver com as incontáveis ressuscitações de Drácula, e que a versão dos vampiros conforme ficou estabelecida com Drácula foi tão dominante no século 19, que histórias mais recentes descrevendo vampiros chegaram a ser vistas como revisionistas. São os casos, por exemplo, dos livros de Anne Rice com o vampiro Lestat, a série com Saint Germain, de Chelsea Quinn Yarbro, The Vampire Tapestry, de Suzi McKee Charnas e muitas histórias voltadas para o público chamado “jovens adultos”, nas quais vampiros adolescentes tentam limitar os danos causados por sua condição ou mesmo eliminar seus hábitos vampíricos.
(Hodder & Stoughton/ 1964).
Na mesma enciclopédia, Brian Stableford diz que a condição de imortalidade do vampiro tornou-se cada vez menos convincente enquanto visto como uma forma de maldição ou condenação. Essa situação resultou em algumas obras que procuravam novos caminhos, como na tentativa experimental de Jane Gaskell em The Shiny Narrow Grin (1964) que, segundo Stableford, foi seguida uma década depois por uma mudança súbita e espetacular da atitude dos vampiros em Les Vampires de L’Alfama (1975), de Pierre Kast, The Dracula Tape (1975), de Fred Saberhagen, e Entrevista com o Vampiro (Interview With the Vampire, 1976), de Anne Rice, “(...) que, juntos, mostraram ser os precursores da possivelmente mais prolífica explosão de atividade na história da literatura imaginativa”.
O livro de Jane Gaskell, que Stableford apresentou como um dos primeiros, senão o primeiro, a seguir a linha que outros críticos chamaram de “revisionista”, também chegou a ser apresentado por alguns críticos como sendo o primeiro livro de vampiros para o público “jovens adultos”, mas essa não é exatamente uma afirmação amplamente aceita. Um comentário de Adam Groves no site The Bedlam Files, diz que qualquer comparação entre o livro de Gaskell e, por exemplo, Crepúsculo, é injusta, já que o livro de Gaskell é infinitamente mais inteligente – o que, diga-se de passagem, não é tão difícil.
Seja como for, hoje o livro é considerado raro, como outros da autora, apesar dela ser muito bem considerada por críticos e escritores. A história é situada na Londres da época, dos anos 1960, a chamada Swinging London, o que faz com que o personagem vampiro sinta-se em casa usando suas roupas do século 19. A comparação com os livros para jovens mais recentes está, talvez, na personagem adolescente Terry, que encontra o vampiro identificado apenas como The Boy (O Garoto), com aparência jovem, mas com centenas de anos de idade, que se apaixona por ela.
Capa de Gyula Konkoly (J'ai Lu/ 1979).
Les Vampires de L’Alfama, que Stabeford citou, talvez seja ainda menos conhecido, com história situada em Portugal no século 18, mas um país de fantasia, ainda que se diga que as referências históricas são muito acuradas. A região de Alfama torna-se infestada por vampiros, mas eles não são representantes do mal, e sim se opõem ao governo corrupto que usa de todo tipo de intimidação para manter-se no poder.
O líder dos vampiros é o Conde Kotor, que por centenas de anos vem tentando criar um elixir da imortalidade, ainda que, como vampiro, já a possua. E eles têm como antagonistas exatamente a classe governante local, disposta a tudo, inclusive assassinato em massa, para manter o poder e eliminar os vampiros.
E, como iria tornar-se bastante comum na literatura do gênero, em especial com os já citados romances para o público “jovens adultos”, também existem romances entre vampiros e humanos.
Capa de Tom H. Hall (Ballantine Books/ 1979).
Mas a série que se tornou mais popular foi mesmo a desenvolvida por Anne Rice, iniciando com Entrevista com o Vampiro, em 1976, e que teve sequência com: O Vampiro Lestat (The Vampire Lestat, 1985); A Rainha dos Condenados (The Queen of the Damned, 1988); A História do Ladrão de Corpos (The Tale of the Body Thief, 1992); Memnoch (Memnoch the Devil, 1995); O Vampiro Armand (The Vampire Armand, 1998); Merrick (Merrick, 2000); Sangue e Ouro (Blood and Gold, 2001); A Fazenda Blackwood (Blackwood Farm, 2002); Cântico de Sangue (Blood Canticle, 2003); Príncipe Lestat (Prince Lestat, 2014); Príncipe Lestat e os Reinos da Atlântida (Prince Lestat and the Realms of Atlantis, 2016); Comunhão de Sangue (Blood Communion: A Tale of Prince Lestat, 2018).
Outros livros também foram relacionados com a série, como os dois na chamada Novos Contos Vampirescos: Pandora (Pandora, 1998) e Vittorio, o Vampiro (Vittorio, The Vampire, 1999).
Entrevista com o Vampiro foi o livro de estreia de Anne Rice e, inicialmente, não foi muito bem nas vendas, mas quando foi lançado em brochura, as vendas estouraram. O crítico S.T. Joshi (em Unutterable Horror) disse que Rice só foi publicar o segundo volume da série nove anos depois, “(...) mas por volta dos anos 1990 este e outros livros tinham estabelecido Anne Rice como a mais popular autora de romances de vampiro de sua época, e talvez de todos os tempos. Talvez porque Rice não surgiu da comunidade do terror, sua visão inicial do vampirismo (literário) é refrescantemente iconoclástico. Aliás, não é muito claro quanta literatura de vampiros ela tinha lido, além do Drácula de Stoker, quando ela escreveu suas primeiras histórias. Mas em Entrevista com o Vampiro ela parece bem preparada para estabelecer a natureza e a função precisas de seus vampiros”.
(Ballantine Books).
O aspecto sexual das histórias de vampiros também está presente na série de Rice, como destaca Joshi, dizendo que Entrevista com o Vampiro traz para a superfície o simbolismo sexual do vampiro que estava latente desde Carmilla, e que estava apenas abaixo da superfície em Drácula. “Nesse caso, a vampirização de Louis por Lestat é uma metáfora transparente para sexo homossexual. E ainda, um dos quadros mais impressionantes do romance é a cena em que uma garota, Claudia, é transformada em uma vampira – uma cena cuja fusão de emoção e erotismo é quase incomparável na literatura de terror moderna”.
Joshi também ressalta o aspecto religioso da história, não apenas no fato de as cruzes não terem qualquer efeito nos vampiros e o fato de Lestat ser praticamente um ateu, mas no fato do livro ser “(...) uma espécie de modelo para a relevância do vampirismo na época contemporânea de ceticismo”.
Capa de Michael J. Deas (Ballantine Books/ 1997).
Don D’Ammassa disse que não deve surpreender qualquer de seus leitores saber que Anne Rice já tinha escrito, com sucesso, ficção erótica, antes de atingir o sucesso com sua série com os vampiros. “Ainda que ela não tenha sido a primeira a transformar os impuros, mortos-vivos sem alma sugadores de sangue de Bram Stoker e J. Sheridan Le Fanu em figuras misteriosas e românticas, ela certamente é a escritora mais responsável por popularizar essa caracterização revisionista e promovê-los à lista dos bestsellers. O vampiro romântico ou mal compreendido está agora tão firmemente estabelecido que é virtualmente um subgênero”.
Para D’Ammassa, o sucesso da série está na profundidade que Rice atingiu na caracterização dos personagens, além das complexidades da subcultura dos vampiros, que ela descreve em detalhes, mostrando-a como uma sociedade distinta, porém vivendo dentro da sociedade humana.
Abaixo: The Vampire Lestat, capa de Sara Eisenman (Alfred A. Knopf/ 1985); The Queen of the Damned, capa de Carol Devine Carson (Alfred A. Knopf/ 1988); The Tale of the Body Thief (Arrow Books/ 2010); Memnoch the Devil, capa de Giovanni Busi Cariani (Alfred A. Knopf/ 1995); The Vampire Armand (Ballantine Books/ 2000); Merrick (Knopf/ 2000); Blood and Gold, capa de Sandro Botticelli (Knopf Publishing Group/ 2001); Blackwood Farm, capa de Andy Kingsbury (Arrow Books/ 2003); Blood Canticle, capa de Domenichino (Knopf/ 2003); Prince Lestat (Arrow Books/ 2015); Prince Lestat and the Realms of Atlantis, (Arrow Books/ 2017); Blood Communion: A Tale of Prince Lestat, (Anchor Books/ 2018); Pandora, capa de Holly Warburton (Arrow Books/ 1999); Vittorio, The Vampire, capa de Erich Lessing (Ballantine Books/ 2001).
Vamos apresentar a seguir alguns dos principais livros com vampiros publicados após o sucesso de Drácula.
FOR THE BLOOD IS THE LIFE (1905)
Francis Marion Crawford.
(CreateSpace Independent Publishing Platform/ 2012).
O conto às vezes é tido como tendo sido publicado em 1911, mas tudo indica que a primeira versão foi publicada mesmo em 1905, na revista Collier’s. A história foi elogiada por H.P. Lovecraft, mas S.T. Joshi disse que se trata de uma história confusa de vampirismo. Segundo ele, é uma de várias histórias do autor em que ele utiliza a estrutura de apresentar duas pessoas conversando enquanto bebem, e um deles eventualmente conta uma história de terror. “(...) esse artifício pode ser efetivo em permitir que uma atmosfera de horror seja construída gradualmente, mas aqui é a lógica do conto que é falha”.
A falha à qual ele se refere diz respeito à forma como uma mulher se transforma em vampira. Ela testemunha dois bandidos roubando um tesouro e eles a matam, jogando seu corpo em uma cova, e, de forma inexplicável, ela se torna uma vampira e repetidamente suga o sangue de seu amante.
MRS. AMWORTH (1922)
E.F. Benson.
Capa de Douglas Walters (Christopher Roden/Ash-Tree Press/ 2012).
O conto apresenta a senhora Amworth, viúva que recentemente retornou a uma pequena vila inglesa, vinda da Índia, e logo estranhos eventos ocorrem no local, investigados por Francis Urcombe, um acadêmico aposentado que se interessa por assuntos ligados ao paranormal.
Segundo Don D’Ammassa, a história tem em sua estrutura vários paralelos com o Drácula de Bram Stoker, mas muito pouco suspense. Já S.T. Joshi disse que a história é um conto clássico de vampiro, e muito efetiva.
THE HILLS OF THE DEAD (1930)
Robert E. Howard.
Capa de Bob Larkin (Bantam Books/ 1979).
Conto publicado em Weird Tales, faz parte da série de histórias com o personagem Solomon Kane, desenvolvido por Howard. É menos conhecido do que Conan, mas também fez sucesso. Aqui, Kane junta-se ao personagem N’Longa, que também surge em outras aventuras do herói, e eles encontram uma cidade inteiramente povoada por vampiros, que eles conseguem derrotar.
THE GIRL WITH THE HUNGRY EYES (1949)
Fritz Leiber.
Capa de Ann Cantor (Avon Publishing Co./ 1949).
Leiber é um conhecido autor de ficção científica, terror e fantasia, e aqui faz uma atualização do tema do vampirismo, elaborando seu conto como uma metáfora para a vida contemporânea, seguindo a estranha carreira de modelo de uma mulher sobre a qual nada se sabe. Ela aparece em anúncios, hipnotizando as pessoas com seu olhar, mas ninguém sabe coisa alguma sobre seu passado.
O fotógrafo que primeiro obteve sua imagem, e que é o narrador da história, diz ter ficado perturbado quando a encontrou, sentindo que algo tinha sido tirado dele de alguma forma invisível. Ele fica perturbado com o mistério que a envolve e resolve segui-la, vendo ela sair com um homem que, na manhã seguinte, aparece morto, com seu coração simplesmente tendo parado de bater. Ele insiste em sair com ela após uma sessão de fotos e ela concorda, e, como explica Don D’Ammassa, “(...) é então que ele descobre o que ela realmente é, um tipo de personificação de tudo o que nós queremos, mas nunca podemos ter. Ela subsiste drenando os pontos altos das vidas das pessoas, alimentando-se deles até que não exista mais nada para manter a pessoa viva. Ela é uma vampira, mas não uma tradicional. Na verdade, ela é muito pior porque ela toma mais do que as vidas de suas vítimas: ela toma aquilo que as faz ser quem elas são. (...) Leiber transformou um antigo terror, um remanescente da Idade das Trevas, recriando-o como parte do mundo moderno. A garota é tudo o que nos desumaniza, embalado em um pacote atrativo, tentador, mas, no final, impossível de se obter”.
Ao comentar sobre o conto, S.T. Joshi destaca uma das falas do narrador, quando ele diz que percebeu que a garota, de onde quer que tenha vindo e seja lá o que a tenha formado, é a quintessência do horror por trás do outdoor; ela é o sorriso que o engana e faz com que jogue fora seu dinheiro e sua vida; é o ser que toma tudo o que você tem e não dá nada em troca.
PROGENY OF THE ADDER (1965)
Leslie H. Whitten.
(Ace Books/ 1968).
Em seu livro de ensaios sobre o terror, Dança Macabra (Danse Macabre, 1981), Stephen King listou essa obra entre as mais importantes do terror. A história segue as investigações de um detetive de homicídios de Washington, Harry Picard, acerca do que parece ser um serial killer. Mulheres loiras são as vítimas, e as mortes são violentas, deixando as mulheres magras, como se tivessem sido sugadas.
Inicialmente, as investigações de Picard o levam a crer que o assassino acredita ser um vampiro, mas é claro que, mais tarde, ficamos sabendo que se trata de um vampiro de fato.
O livro teve uma recepção mais calorosa por parte de outros escritores, como Stephen King, do que por parte da crítica, e muitos entendem que o tema, ainda que fosse novidade na época, ficou ultrapassado.
A HORA DO VAMPIRO (‘Salem’s Lot, 1975)
Stephen King.
Publicado no Brasil inicialmente com o título acima (Ed. Record) e, posteriormente, como ‘Salem (Ed. Suma). É o segundo livro publicado de Stephen King, e apresenta o personagem Ben Mears, um escritor que retorna à cidade de sua infância, Jerusalem’s Lot, procurando inspiração para seu próximo livro, lembrando-se de um episódio de sua infância na chamada Casa Marsten, onde ele acredita ter visto um fantasma.
No momento em que chega à cidade, fica sabendo que a casa em questão foi comprada por Kurt Barlow. O problema é que Barlow é, na verdade, um vampiro. E logo eventos terríveis começam a acontecer na cidade, com Barlow transformando as pessoas em vampiros; na verdade, os 1.300 moradores locais são transformados.
Para David Pringle (em Modern Fantasy: The 100 Best Novels), “O que torna esse cenário clichê em uma história de terror altamente efetiva é o desenvolvimento cuidadoso dos personagens”.
Don D’Ammassa diz que, por um longo tempo, a história progride mais por meio de sugestões do que pela ação, e a maior parte dos conflitos ocorre entre os moradores da cidade, “(...) um grupo variado e nem sempre admirável de pessoas”, o que é uma das marcas dos livros de King, “(...) o desenvolvimento cuidadoso de um grupo forte de personagens secundários”.
Stephen King retornaria à cidade no conto A Saideira (One for the Road, 1977), publicado na coletânea Sombras da Noite, com eventos ocorridos três anos após os de ‘Salem’s Lot, e ainda em Jerusalem’s Lot (1978), conto publicado na mesma coletânea, com eventos anteriores.
King ainda escreveria sobre vampiros nos contos Popsy (Popsy, 1993) e O Piloto da Noite (The Night Flier, 1988), ambos publicados na coletânea Pesadelos e Paisagens Noturnas.
Outra aventura pelo mundo dos vampiros surgiu no conto As Irmãzinhas de Eluria (The Little Sisters of Eluria, 1998), publicado em Tudo é Eventual, e que faz parte do universo da Torre Negra, inclusive com a presença de Roland de Gilead.
Ainda no universo da Torre Negra, o volume V, Lobos de Calla (Wolves of the Calla, 2003), refere-se ao encontro entre o Pistoleiro, Roland, e o Padre Callahan, que lhe conta de sua batalha contra o vampiro Kurt Barlow, remetendo a história a Jerusalem’s Lot. No sétimo e último volume da série, A Torre Negra, o Padre Callahan também enfrenta vampiros em Nova York.
DON SEBASTIAN: VAMPIRE CHRONICLES (1978-1991)
Les Daniels.
Capa de Paul Bacon (Charles Scribner's Sons/ 1978).
Série de histórias com o vampiro Don Sebastian de Villanueva, um nobre espanhol que atravessa várias épocas alimentando-se dos humanos e testemunhando as atrocidades que os humanos cometem, como a Inquisição Espanhola, a conquista espanhola dos astecas e o reino de terror da Revolução Francesa.
Os livros são: The Black Castle (1978); The Silver Skull (1979); Citizen Vampire (1981); Yellow Fog (1986); No Blood Spilled (1991).
Don D’Ammassa disse que Les Daniels fez parte dos autores que tornaram os vampiros populares nos anos 1970, como Anne Rice e Chelsea Quinn Yarbro, e que apesar de ser o menos conhecido, certamente não é o menos talentoso. “Ainda que seja um morto vivo e sobreviva bebendo sangue”, diz D’Ammassa sobre o personagem, “os horrores que se desenrolam à sua volta – executados por meros homens mortais – são tão pavorosos que até mesmo ele sente nojo. Ele é o vampiro aterrorizado pelo homem”, e esse tema repete-se em todos os livros da série.
S.T. Joshi é outro crítico que acha que o autor não recebeu o devido crédito por seus livros, entendendo que a principal virtude das histórias está exatamente na área da principal falha estética de Anne Rice, ou seja, a evocação vívida de diversos períodos históricos. “Onde Daniels diverge do vampirismo tradicional”, diz Joshi, “é em sua atitude com a religião. Em uma época de ceticismo, ele percebe que a eficácia dos símbolos cristãos tradicionais para combater o vampiro são cada vez mais implausíveis”. E Joshi também ressalta o aspecto das ações humanas nas histórias, dizendo que “De certa forma, Daniels também procura atenuar os elementos sobrenaturais em seus romances, não para minimizar os poderes vampíricos de Sebastian, mas para enfatizar os horrores (humanos) maiores dos períodos históricos nos quais ele se encontra”.
Joshi ainda disse que Don Sebastian surgiu como um personagem mais interessante e substancial do que Lestat ou outros vampiros da época.
Abaixo: The Silver Skull, capa de David Schleinkofer (Charles Scribner's Sons/ 1979); Citizen Vampire, capa de Ian Craig (Ace Books/ 1983); Yellow Fog, capa de Les Edwards (Raven Books/ Robinson Publishing/ 1995); No Blood Spilled, capa de Les Edwards (Raven Books/ Robinson Publishing/ 1996).
SAINT-GERMAIN SERIES (1978)
Chelsea Quinn Yarbro.
Capa de Elias Dominguez (St. Martin's Press/ BCE/ 1978).
A autora é uma das mais prolíficas e respeitadas no gênero fantástico, e a série de livros com o vampiro Saint-Germain é uma das mais consideradas pela crítica, chegando a dezenas de livros e vários contos. Assim como fez Les Daniels, ela apresentou seu vampiro em diversos períodos históricos, apresentando-o como sendo menos repulsivo do que os humanos. “Ainda que seu protagonista vampiro não seja isento de defeitos”, diz Don D’Ammassa, “ele geralmente consegue obter o sangue de que necessita sem matar suas vítimas, frequentemente seduzindo mulheres e essencialmente adquirindo seu sangue com segurança e recompensando com satisfação sexual, sempre descrito em termos românticos. Os vilões humanos são bem mais repulsivos e Saint Germain eventualmente intervém, envolve-se em problemas, e foge”.
D’Ammassa disse que “Após os dois primeiros livros aparecerem, era óbvio que a série iria ser popular, ainda que eles não são realmente livros de terror, apesar do vampirismo. Mais exatamente, são histórias de aventuras históricas com um toque de fantástico, às vezes tão secundário com relação ao enredo que poderia facilmente ter sido totalmente deixado de lado”. Segundo o crítico, Yarbro conseguiu manter a série saudável e interessante ao apresentar variações radicais de épocas e locais de um livro para outro, apenas ocasionalmente repetindo alguns dos enredos principais.
Capa de Ned Glattauer (St. Martin's Press/ 1979).
S.T. Joshi não parece ser tão apreciador da série, dizendo que Yarbro focou na figura real (ou não) do Conde Saint-Germain, supostamente um aristocrata e alquimista do século 18 que, na época, acreditava-se ser imortal. No livro no qual o personagem é introduzido, Hotel Transylvania (1978), a autora apresenta-o como tendo nascido na Transilvânia, afirmando que ele era velho quando César governou Roma. “Mas esse romance”, diz Joshi, “é meramente um drama pomposo de época que apresenta quase nada de sobrenatural; no final das contas, ele cai para um cenário convencional de perseguição no qual Saint-Germain, de forma previsível, resgata uma mulher das garras de um aristocrata malévolo que pretende utilizá-la em um sacrifício de virgem”.
Joshi diz que Yarbro tornou-se obcecada pela figura de Saint-Germain, e assim o utilizou em dezenas de histórias, fazendo com que surgisse em variadas épocas e lugares do planeta, como o antigo Egito, a Renascença italiana ou a China de Gêngis Khan. “A pesquisa histórica de Yarbro é impecável, mas frequentemente é exagerada, às vezes parecendo apenas ter sido expelida de uma enciclopédia”.
Também faz parte da série a personagem Olivia Clemens, transformada por Saint-Germain, e que teve sua própria série, com três livros publicados: A Flame in Byzantium (1987); Crusader’s Torch (1988); A Candle for D’Artagnan (1989). Os livros da série Saint-Germain são: Hotel Transylvania (1978); The Palace (1979); Blood Games (1979); Path of the Eclipse (1981); Tempting Fate (1982); The Saint-Germain Chronicles (1983); Darker Jewels (1993); Better in the Dark (1993); Mansions of Darkness (1996); Writ in Blood (1997); Blood Roses (1998); Communion Blood (1999); Come Twilight (2000); A Feast in Exile (2001); Night Blooming (2002); Midnight Harvest (2003); Dark of the Sun (2004); States of Grace (2005); Roman Dusk (2006); Borne in Blood (2007); Saint-Germain: Memoirs (2007); A Dangerous Climate (2008); Burning Shadows (2009); An Embarrassment of Riches (2011); Commedia della Morte (2012); Night Pilgrims (2013); Sustenance (2014).
Outra série chamada Madelaine de Montalia traz os livros Out of the House of Life (1990) e In the Face of Death (2004).
FOME DE VIVER (The Hunger, 1981)
Whitley Strieber.
A história segue a vida de Miriam, uma vampira que existe desde os tempos do antigo Egito, e que ao longo dos séculos escolhe companheiros e companheiras para afastar sua solidão. No momento em que a história começa, ela vive com John Blaylock, de quem tomou o sobrenome, mantendo uma existência secreta e com aparência de normalidade.
O problema é que todas as pessoas que ela transforma em vampiros para viver com ela tem um prazo de vida. Em determinado momento, elas começam a envelhecer, e é o que está acontecendo com John. E quando isso acontece, os vampiros se tornam violentos.
Para tentar reverter o processo de envelhecimento, Miriam resolve consultar uma cientista que está realizando pesquisas nessa área, estudando uma possível conexão entre o processo de envelhecimento e a composição do sangue.
Segundo S.T. Joshi, esse é um dos romances desse período que focam sua atenção no aspecto sexual dos vampiros, abordando os casos heterossexuais e lésbicos de Miriam, “(...) onde pouco é deixado para a imaginação”.
Strieber ainda escreveu mais dois livros na linha dos vampiros. A Última Vampira (The Last Vampire, 2001. Ediouro), mais uma vez com a personagem Miriam; e Lilith’s Dream (2002).
O livro foi adaptado para o cinema em 1983, com o mesmo título.
THEY THIST (1981)
Robert McCammon.
(Sphere/ 1981).
Segundo explica Don D’Ammassa, o livro explora as consequências lógicas do vampirismo, ignoradas por muitos outros escritores de terror. Aqui, a velocidade da conversão das pessoas em vampiros é tão elevada que as tentativas de conter a onda falham e, eventualmente, os vampiros virtualmente dominam a cidade de Los Angeles. D’Ammassa diz que se trata de um livro ambicioso, com um grande número de personagens e eventos isolados que compõem o cenário.
Por outro lado, ele trata de uma questão já levantada por alguns críticos com relação a histórias que seguem nessa linha, ou seja: depois que os vampiros dominarem tudo, de quem eles irão se alimentar?
SONHO FEBRIL (Fevre Dream, 1982)
George R.R. Martin.
Capa de Marc Simonetti (Leya Brasil/ 2015); capa de Barron Storey (Poseidon Press/ 1982).
Mais uma visão diferenciada dos vampiros, apresentando um vampiro “bom” e um “ruim” que entram em conflito. O vampiro bom, Joshua Yorke, descobriu uma fórmula que consegue fazer com que os vampiros não tenham mais o desejo de matar humanos; o vampiro ruim, Damon Julian, quer que as coisas continuem como sempre foram, tratando os humanos como gado para alimentá-lo.
A história se passa no período que os americanos chamam de antebellum, ou seja, antes da Guerra de Secessão, e Joshua faz um acordo com o capitão Abner Marsh, para ser sócio do navio que percorre o Mississipi, para que ele e seus colegas vampiros tentem deter Julian e sua tropa de sugadores.
S.T. Joshi diz que “O problema com Sonho Febril, além de sua extensão insuportável (no Brasil, com 352 páginas, ou seja, nem tanto assim) e de sua atmosfera tola de ‘Huck-Finn-com-vampiros’, é uma confusão séria de Martin a respeito da origem dos vampiros. Joshua declara que ‘Nós somos... outra raça’. Quer Martin tenha derivado ou não esse elemento de Fome de Viver, de Whitley Strieber, o assunto é tão confuso aqui quanto lá. Como é possível que duas espécies tão similares tenham evoluído de forma independente? Martin vai ainda mais fundo na tolice apresentando Joshua revisando o Gênese ao declarar que a esposa de Caim (de qualquer forma não citada na Bíblia) era uma vampira, com isso iniciando a raça. Mas como mais tarde ele observa que vampiros e humanos não podem produzir filhos, a questão da origem dos vampiros se torna um pouco confusa”.
THE DELICATE DEPENDENCY (1982)
Michael Talbot.
(Avon Books/ 1982).
Mais uma versão diferente dos vampiros, em um livro que, apesar de ter ficado muito tempo na obscuridade e sem reedições, ganhou status de cult, com uma legião de seguidores e com críticas que chegaram a apresentá-lo como um dos melhores livros de vampiros já escrito.
A história se passa na época Vitoriana, apresentando o dr. John Gladstone, viúvo com duas filhas, que recebe em sua casa o jovem Niccolo Cavalanti, a quem atropelou com sua carruagem. Eventualmente, ele percebe que o jovem é um vampiro que, mais tarde, desaparece levando sua filha mais jovem. O dr. Gladstone então parte em busca de sua filha, acompanhado por Lady Hespeth Dunaway, cujo filho também foi levado por Nicolo.
O que se descobre ao longo da história é que os vampiros são uma raça antiga, riquíssima, e que se encontra por trás de muitos eventos significativos da história. Em determinado momento, o autor relaciona os vampiros aos Illuminati, seres que buscam sempre o conhecimento, o que eles têm de sobra, acumulando ao longo dos séculos.
THE LIGHT AT THE END (1986)
John Skipp e Craig Spector.
(Bantam Books/ 1986).
Uma história de vampiros que se passa no ambiente da cultura punk de Nova York, apresentando o jovem Rudy Pasko, que é atacado e transformado por um vampiro mais antigo. A partir daí, Rudy embarca em uma jornada de assassinatos violentos, o que desperta a atenção de um grupo de cidadãos, que se unem para caça-lo.
Alguns críticos dizem que o livro foi o que deu início ao movimento splatterpunk dentro das histórias de terror, um subgênero com imagens extremamente violentas. Joss Whedon, o criador da série Buffy, a Caça Vampiros, diz que se inspirou no personagem do livro para criar o vampiro punk da série.
Don D’Ammassa disse que “As cenas de morte gráficas foram uma fonte instantânea de controvérsia, mascarando o fato de que a história é, de muitas formas, muito sutil e complexa”.
THOSE WHO HUNT THE NIGHT (1988)
Barbara Hambly.
Capa de Edwin Herder (Del Rey/ Ballantine/ 1988); capa de Wiktor Sadowski (Del Rey/Ballantine/ 1995).
Publicado também com o título Immortal Blood. O livro apresenta uma estranha e inesperada união entre vampiros e humanos, ainda que os humanos sejam forçados a ajudar os vampiros. No início do século 20, o mais antigo vampiro de Londres, Simon Ysidro, procura a ajuda de James Asher, antigo espião do governo britânico, para solucionar as mortes de vampiros que vêm acontecendo na cidade. Para fazer com que o humano o ajude, ele ameaça a vida de sua esposa Lydia, uma médica que também ajuda nas pesquisas.
As investigações do humano e do vampiro os levam a Paris, onde encontram aquele que se diz ser o mais antigos dos vampiros, Brother Anthony. A ideia de Asher é que o assassino é um vampiro com capacidade de movimentar-se durante o dia.
No fim das contas, o responsável pela confusão é um cientista que, querendo ampliar a capacidade dos agentes britânicos, fez algumas experiências e transformou seu filho em um híbrido. O sujeito pode andar durante o dia, mas precisa do sangue de outros vampiros para impedir que seu corpo se degenere.
Hambly escreveu uma sequência, Traveling With the Dead (1995), mais uma vez trazendo os personagens James Asher e sua esposa Lydia envolvidos com vampiros e conspirações que os levam por toda a Europa. E ainda contam com a ajuda do vampiro Simon Ysidro.
SHATTERED GLASS (1989)
Elaine Bergstrom.
Capa de Kinuko Y. Craft (Jove Books/ 1989).
O primeiro de uma série de livros que às vezes são chamados de Austra Series, devido ao personagem central, o vampiro Syephen Austra. Como explica J. Gordon Melton, Stephen Austra e sua família de vampiros eram antigos e poderosos, vivendo pacificamente do trabalho em vidros, especificamente vitrais para as velhas catedrais da Europa e suas imitações modernas. Nesse primeiro livro, Stephen Austra vai para os EUA e conhece a artista Helen Wells, que ele transforma em vampira, e que participa das aventuras seguintes.
Os livros seguintes são: Blood Alone (1990); Blood Rites (1991); Daughter of the Night (1992); Nocturne (2003); Beyond Sundown (2011); The Violin (2011).
SÉRIE SONJA BLUE (1989-)
Nancy A. Collins.
Capa de Mel Odom (Onyx/ New American Library/ 1989).
A série com a vampira chamada Sonja Blue começou com o livro Sunglasses After Dark (1989), o livro de estreia de Collins, que recebeu o Prêmio Bram Stoker para Primeiro Romance. Ela é uma adolescente que é atacada e transformada em vampira por um aristocrata, Sir Morgan, e, como explica S.T. Joshi, “(...) ela se vira contra sua própria espécie e se torna uma matadora de vampiros”, e segue em busca de Sir Morgan, a quem pretende matar por tê-la transformado.
Ela tem uma capacidade incrível de recuperação, de modo que não se preocupa muito com o que os humanos possam fazer para feri-la. Joshi diz que, no primeiro livro não falta sangue, mas que a prosa intensa de Collins dá vida às cenas e aos muitos personagens do livro. Por outro lado, segundo Joshi, a autora também tentou acrescentar um significado social à obra, levantando o tema de que as pessoas que vivem à margem da sociedade, como prostitutas, traficantes de droga e vagabundos em geral, na verdade não são humanos, mas que se passam por humanos; são ogros, súcubos, serafins e outros. “Mas pouco é feito para tornar esse conceito plausível ou filosoficamente profundo, e no fim das contas o romance se torna pouco mais do que sequências de perseguição prolongadas nas quais Sonja procura matar tantos vampiros quanto possível, em sua perseguição a Sir Morgan”.
Don D’Ammassa disse que “A personalidade de Sonja é dividida entre sua natureza vampírica selvagem e sua humanidade, e essa luta persiste ao longo da série, que continua a ser interessante, mas nunca atingiu o sucesso do título inicial”.
Os outros livros: In the Blood (1991); Paint It Black (1995); Darkest Heart (2002); A Dozen Black Roses (2012). Além deles, Collins escreveu alguns contos, publicados em coletâneas.
SÉRIE THE VAMPIRE FILES (1990-2011)
P.N. Elrod.
Capa de Vito DeVito (Ace Books/ 1990).
Patricia Nead Elrod escreveu uma longa série sobre vampiros, iniciando com Bloodlist (1990). Don D’Ammassa diz que a carreira de Elrod como escritora foi dominada pelos vampiros, “(...) ainda que, em muitos casos, eles não têm sido as criaturas malévolas e impuras das lendas. Na maioria das vezes seus vampiros são mal-entendidos, relutantes, perturbados ou têm bom coração, de acordo com as necessidades da história”.
O primeiro livro apresenta o detetive Jack Fleming, em 1936, que acorda em Chicago com amnésia parcial e percebendo que foi transformado em vampiro, sem saber quando isso aconteceu ou quem o transformou. Mais tarde, ele se lembra de ter se apaixonado por uma vampira em Nova York, e começa a tentar se adaptar à sua nova vida, tendo de se alimentar de sangue, mas evitando matar humanos. Segundo D’Ammassa, “Fleming é um personagem moderadamente bem desenvolvido e suficientemente agradável que se torna um detetive particular e que, em Lifeblood (1990, o segundo livro da série) tem vários desentendimentos com caçadores de vampiros que não sabem, e não ligam, que ele seja do tipo benevolente”.
Os livros são: Bloodlist (1990); Lifeblood (1990); Bloodcircle (1990); Art in the Blood (1991); Fire in the Blood (1991); Blood on the Water (1992); A Chill in the Blood (1998); The Dark Sleep (1999); Lady Crymsyn (2000); Cold Streets (2003); Song in the Dark (2005); Dark Road Rising (2009); The Devil You Know (2011). Além desses, ela publicou vários contos na mesma série.
SÉRIE JONATHAN BARRETT, GENTLEMAN VAMPIRE (1993-1996)
P. N. Elrod.
Capa de Michael Herring (Ace Books/ 1993).
A segunda série de vampiros da escritora consta de quatro livros, com histórias em torno do personagem Jonathan Barrett, filho de um proprietário de terras do final do século 18, que se torna um vampiro e participa da Revolução Americana e outros eventos históricos.
Segundo S.T. Joshi, os livros caem mais para a ficção histórica do que histórias de crimes, e mostram Barrett como um personagem mais sombrio do que Jack Fleming e que, como ele, também foi convertido em vampiro contra a sua vontade, por uma mulher. Don D’Ammassa diz que “Seus esforços para sobreviver e ajustar-se sem tomar as vidas humanas são semelhantes aos de Fleming e, às vezes, mais interessantes, mas o personagem em si nunca ganhou vida completamente, e o pano de fundo histórico é superficial”.
Os livros são: Red Death (1993); Death and the Maiden (1994); Death Masque (1995); Dance of Death (1996).
SÉRIE RICHARD DUN (1997-2004)
P.N. Elrod e Nigel Bennett.
Capa de David B. Mattingly (Baen/ 1998).
A terceira série de vampiros de Elrod, dessa vez em colaboração com o ator, diretor e escritor Nigel Bennett, que também interpretou o vampiro Lucien LaCroix na série de TV Maldição Eterna (Forever Knight, 1992-1996). Apresenta o personagem Sir Richard d’Orleans, que depois ficou conhecido como Lancelot, cavaleiro do rei Artur, e atualmente usa o nome Richard Dun, um vampiro imortal, vivendo no mundo moderno e enfrentando questões envolvendo o IRA, tráfico de drogas e outros problemas. Além disso, continua em sua busca pelo Cálice Sagrado.
Os livros são: Keeper of the King (1997); His Father’s Son (2001); Siege Perilous (2004).
DEIXA ELA ENTRAR (Låt Den Rätte Komma In, 2004)
John Ajvide Lindqvist.
O livro foi um sucesso de vendas na Suécia, país de origem do autor, e posteriormente tornou-se também um sucesso ao ser traduzido em vários idiomas e ganhar duas adaptações para o cinema e uma para a televisão.
O livro foi lançado no Brasil bem depois do primeiro filme ter estreado na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com o mesmo título, que era um título que o autor Lindqvist não queria, porque já adianta uma das revelações posteriores da história. A segunda adaptação recebeu o título Deixe-me Entrar (Let Me In, 2010).
A história é situada no início dos anos 1980 e apresenta o garoto Oskar, de 12 anos, vivendo com sua mãe no subúrbio de Estocolmo e sofrendo constantes ataques de bullying. Ele passa a se interessar muito por crimes e cria fantasias nas quais se vinga daqueles que o atormentam.
Ele se torna amigo de Eli, uma garota que acabou de se mudar para o apartamento vizinho ao seu, aparentemente com a mesma idade que ele, mas posteriormente ficamos sabendo que Eli é uma vampira, e que na verdade é um garoto que foi castrado ao ser transformado em vampiro há mais de 200 anos, mantendo a mesma forma que tinha na época, como ocorreu com a jovem Claudia em Entrevista com o Vampiro (1976), de Anne Rice.
A amizade entre eles se desenvolve bastante, e Eli o ajuda a lutar contra seus agressores. A jovem tem a ajuda de Håkan, um homem mais velho e apaixonado por Eli, que consegue sangue para ele. Mas o homem é capturado, conseguindo desfigurar seu rosto com ácido, para que a polícia não chegue até Eli. No hospital, ele oferece seu sangue a Eli, mas ele não consegue sugar até sua morte, de modo que ele se torna um vampiro com atitudes irracionais, movido apenas por seu desejo por Eli.
Joe Hill.