Se o seriado Lost pode ser visto como um dos exemplos mais recentes de história situada numa ilha – e com sucesso – já deve estar claro para todos que as ilhas servem como pano de fundo ou como cenário principal para histórias há milhares de anos.
A literatura, o cinema e a televisão exploraram intensa e extensamente as ilhas, que também tem de bom o fato de poder ser “escondidas”, geograficamente falando. Em pleno século 20, por exemplo, Tom Hanks conseguiu ficar isolado durante anos numa ilha, numa época em que o desenvolvimento tecnológico nos leva a imaginar que nada pode ficar escondido por muito tempo.
A listagem que apresentamos a seguir traz obras em que as ilhas têm papel de destaque, seja funcionando como elemento de isolamento da sociedade – e, por esse motivo, permitindo as experiências mais alucinantes e/ou nocivas à essa mesma sociedade –, seja como metáfora para o isolamento do próprio ser humano. Mas não vamos ser tão profundos assim, mesmo porque grande parte das obras (especialmente os filmes) é uma imensa josta, ainda que muitas vezes engraçados. No caso dos filmes, alguns deles podem ser encontrados em DVD; outros só foram lançados no Brasil em VHS. É fuçar para ver se encontra.
PETER PAN (Peter Pan, 1902)
J.M. Barrie.
Ediouro (e várias outras versões de outras editoras)
Ilustração para Peter Pan in Kensington Garden (Arthur Rackham, 1906).
O personagem surgiu inicialmente em The Little White Bird (1902), num capítulo que foi publicado em 1906 como “Peter Pan in Kensington Gardens”. Nos anos seguintes, ele surgiu em outras histórias e Barrie foi desenvolvendo o conceito até chegar à Terra do Nunca, a ilha localizada em local incerto, ou no país dos sonhos.
A TERRA QUE O TEMPO ESQUECEU (The Land That Time Forgot, 1918)
Edgar Rice Burroughs.
O primeiro livro da trilogia conhecida como Caspak, ou Caprona, seguido por O Povo Que o Tempo Esqueceu (The People That Time Forgot) e Out of Time’s Abyss, todos publicados em 1918 em Blue Book Magazine.
Caspak, ou Caprona, é a ilha localizada no Pacífico sul, ainda que em local indeterminado, na qual Edgar Rice Burroughs situou as aventuras fantásticas.
Como ele é muito mais conhecido pelas histórias de Tarzan – que começaram a ser publicadas em 1912 – e, aqui no Brasil, até mais pela série em Barsoom, ou Marte, pelo recente relançamento dos primeiros livros pela Editora Aleph – as histórias em Caprona ficaram um tanto esquecidas. Para alguns críticos, Burroughs foi inspirado pelas histórias de “mundos perdidos” de Conan Doyle e Júlio Verne, com muitos animais pré-históricos.
Os dois primeiros livros foram adaptados para o cinema em 1975 e 1977.
WHEN THE WORLD SHOOK (1918)
H. Rider Haggard.
Um livro menos conhecido do autor de As Minas de Salomão (1885), Ela (1886) e Allan Quatermain (1887). As aventuras se passam na ilha de Orofena, no Pacífico sul, a leste de Samoa, aonde chega um grupo de náufragos e onde reside um deus chamado Oro, que se encontrava inconsciente por 250 mil anos, e que ameaça por um fim à humanidade.
THE ISLAND OF CAPTAIN SPARROW (1928)
S. Fowler Wright.
Obra pouco conhecida no Brasil (e, até onde sei, inédita por aqui), inspirada por A Ilha do Dr. Moreau, de H.G. Wells. O capitão Sparrow do título é um pirata que que chega à ilha em meados do século 19, procurando um local onde seus homens e suas famílias pudessem se estabelecer. Depois de estabelecidos, ele voltou aos mares, e no momento em que a história se passa, ele já está morto, com os descendentes ainda na ilha, com cujos habitantes originais tinham estabelecido um acordo, mas que foram quase dizimados por vírus trazidos pelos europeus. Também existe uma raça de sátiros e outra raça que é uma mistura de sátiros e europeus.
A ILHA MISTERIOSA (The Mysterious Island, 1929)
A versão modificada de A Ilha Misteriosa (MGM, 1929).
A primeira versão para o cinema da história clássica de Júlio Verne. Aqui, o capitão Nemo é chamado de Conde Dakkar, interpretado por Lionel Barrymore. Mas a história foi tão alterada que a ação se passa principalmente no país imaginário de Hetvia e no fundo do mar. Estranho que, no cinema, geralmente Nemo foi apresentado como uma espécie de cientista louco, quando tudo o que ele queria era que as guerras acabassem.
A ILHA DAS ALMAS SELVAGENS (Island of Lost Souls, 1932)
Charles Laughton, como o dr. Moreau, e uma de suas criações, em A Ilha das Almas Selvagens (Paramount).
Esse foi adaptado de história de outro dos pais da moderna ficção científica, H. G. Wells, do livro A Ilha do Dr. Moreau (1896). Como sempre, o roteiro para cinema modificou a história de tal forma que o próprio H. G. Wells criticou muito, especialmente a transformação do personagem central; no livro, é um homem gentil; no filme, é um sádico, como todo bom “cientista louco” deve ser.
A Ilha das Almas Selvagens.
O dr. Moreau é interpretado por Charles Laughton, realizando experiências em sua ilha para criar seres mutantes, procurando acelerar o processo evolutivo. Mantém os seres sob controle hipnótico, e eles são obrigados a repetir uma ladainha diária, uma lei estabelecida pelo doutor.
Na época, a reação ao filme foi violenta e ele chegou a ser proibido e alguns países. Bela Lugosi também está presente.
Os CÃES DO DR. ZAROFF (The Most Dangerous Game, 1932)
Joel McCrea e Fay Wray, lutando por suas vidas em Os cães do dr. Zaroff (RKO).
Considerado por alguns críticos como um dos filmes mais sádicos jamais realizados. O doutor do título possui uma ilha no Pacífico. Seu passatempo: naufragar os navios que passem por lá. Apenas os mais fortes conseguirão nadar até a praia e escapar dos tubarões, e é exatamente os mais fortes que Zaroff quer para participar de seu jogo, uma caçada humana.
Um dos destaques é a presença de Fay Wray que, no ano seguinte, seria a estrela de King Kong.
Em DVD com o título Zaroff, O Caçador de Vidas (Magnus Opus, no box Cinema Fantástico).
KING KONG (1933)
King Kong (RKO/ Warner).
Taí uma ilha isolada do mundo! Um grupo chega à Ilha da Caveira, até então desconhecida, e encontra uma tribo hostil e uma gigantesca muralha que separa a aldeia do restante da ilha. A muralha é para conter o rei Kong, um macaco ou gorila gigantesco. O interior da ilha ainda é povoado por inúmeras criaturas pré-históricas. Parece que, de alguma forma, o ambiente foi propício à sua sobrevivência.
Um macaco gigante apaixonado por Fay Wray, em King Kong (1933).
O filme ficou famoso não apenas pelos efeitos especiais de Willis O'Brien, simplesmente sensacionais para a época, mas por uma série de discussões realizadas ao longo dos tempos, e um indício da força da história está no fato de ainda hoje ela continuar sendo filmada.
Diz-se que um dos pontos fortes é a forma como a história põe em confronto o forte e o fraco, salientando a possibilidade de convivência entre eles. Também estabelece uma série de opostos como “civilização e culturas primitivas” ou “natureza e tecnologia”.
Jessica Lange, levando uma dedada e ficando sem roupa, na versão de 1976 de King Kong (Dino De Laurentiis Company/ Universal).
A versão de 1976, dirigida por John Guillermin, com produção de Dino De Laurentis e com Jessica Lange como a paixão do macaco, não se deu tão bem. Em 2005, surgiu outra versão, dirigida por Peter Jackson, o mesmo da trilogia O Senhor dos Anéis. Seguiu mais ou menos a mesma linha, com o destaque, é claro, para os efeitos especiais.
Versão original em DVD duplo (Warner). Versões de 1976 e 2005 em DVD (Universal).
THE RETURN OF CHANDU (1934)
Bela Lugosi é Chandu, o herói com poderes mágicos que viaja à ilha de Lemúria para resgatar uma princesa. Originalmente era um seriado em 12 capítulos; os quatro primeiros foram condensados neste filme, e os demais no filme Chandu on Magic Island.
A Invenção de Morel (La Invención de Morel, 1940. Cosac Naify)
Adolfo Bioy Casares
A ILHA DOS RESSUSCITADOS (The Man With Nine Lives, 1940)
Boris Karloff, em A Ilha dos Ressuscitados (Columbia).
Boris Karloff, um dos maiores nomes do cinema de terror, interpreta um cientista bonzinho, realizando experiências em sua ilha, tentando encontrar a cura para o câncer. Ele utiliza a técnica do congelamento, mas por descuido congela a si mesmo, voltando 20 anos depois e um tanto alucinado. Ele tentava, mas os produtores não deixavam Karloff ser bonzinho.
A ILHA DOS MORTOS (Isle of the Dead, 1945)
Boris Karloff, enfrentando muitos problemas em A Ilha dos Mortos (RKO).
Produção de Val Lewton para a RKO, com Boris Karloff como um general grego que, junto a outras pessoas, está isolado numa ilha, de quarentena. É a essa ilha que chegam os demônios vorvolakas para complicar as coisas.
O filme foi baseado no quadro A Ilha dos Mortos, de Arnold Böcklin.
Aproximando-se da ilha, com a imagem ao fundo baseada na pintura de Böcklin, em A Ilha dos Mortos.
TARZAN E AS SEREIAS (Tarzan and the Mermaids, 1948)
O mais famoso Tarzan do cinema, Johnny Weissmuller, em seu décimo segundo e último filme no papel. Ela ajuda um povo que mora numa ilha a combater um deus malévolo que mora numa pirâmide.
No Brasil em DVD (Classicline).
A ILHA DO TESOURO (Treasure Island, 1950)
A Ilha do Tesouro (Walt Disney Prod./ Buena Vista H.E.).
Possivelmente, a versão mais conhecida da história clássica de Robert Louis Stevenson para o cinema, seguindo as aventuras do jovem Jim Hawkins e o pirata Long John Silver em busca de um tesouro enterrado numa ilha do Caribe, também conhecida como a Ilha do Esqueleto.
A história de Stevenson originou uma série de livros e filmes do gênero, mas essa versão da Disney geralmente é considerada a melhor, com direção de Byron Haskin (de Guerra dos Mundos e Robinson Crusoé em Marte).
Em DVD (Buena Vista).
CONTINENTE PERDIDO (Lost Continent, 1951)
Os cientistas no ambiente esverdeado em Continente Perdido (Tom Productions Inc.).
O continente do título é, na verdade, uma ilha no Pacífico para a qual se dirigem cientistas à procura de um foguete perdido. O local é repleto de seres pré-históricos, e o filme não é grande coisa. No entanto, segundo dizem, foi a primeira vez que o cinema combinou seres pré-históricos e foguetes, se é que isso importa. O filme era em preto e branco, mas quando eles chegam à selva, ele fica verde.
A ILHA MISTERIOSA (Mysterious Island, 1951)
Baseado na obra de Júlio Verne, mas nem tanto. Trata-se de um dos famosos seriados do cinema, em 15 episódios, e faz uma mistura alucinada. Soldados confederados escapam da prisão num balão que vai parar na ilha do título onde, vocês já sabem, encontra-se o Capitão Nemo. Só que, além disso, surge um alienígena de Mercúrio, chamado Rulu, procurando material radioativo para construir uma arma para nos destruir, o safado sem-vergonha.
PETER PAN (Peter Pan, 1953)
Clássico da animação produzido por Walt Disney, baseado no livro de J. W. Barrie (1904). A ilha é o centro da história uma vez que a Terra do Nunca – Neverland ou Never never Land – nada mais é do que uma ilha. Situada nos sonhos, em outra dimensão ou nos desejos de eternizar a juventude, a alegria e a inocência que povoam o imaginário das crianças.
Em DVD duplo (Buena Vista). Também filmado em 2003, em DVD (Sony).
O SENHOR DAS MOSCAS (Lord of the Flies, 1954. Ed. Alfaguara)
William Golding.
Um dos livros mais famosos de seu tempo, e ainda hoje muito considerado. É a chamada distopia, apresentando um grupo de jovens que se vê isolado numa ilha desabitada. Eles resolvem estabelecer sua própria forma de governo e, dessa maneira, também começam a replicar algumas das piores situações das sociedades e governos do planeta.
A ILHA DO PAVOR (Attack of the Crab Monsters, 1956)
Roger Corman dirige essa alucinação. Uma equipe vai procurar cientistas desaparecidos numa ilha repleta de caranguejos gigantes que comem a cabeça de suas vítimas, absorvendo-lhes o conhecimento. Para atrair mais vítimas, ainda usam as vozes dos mortos.
VEIO DO INFERNO (From Hell It Came, 1957)
História alucinada situada numa ilha do Pacífico, envolvendo cientistas e uma tribo local, combinação que, geralmente, resulta em problemas. Veja só: um homem é morto, mas jura vingança. Volta à vida como um homem-árvore, uma mutação causada pela radiação de uma bomba nuclear que, diga-se de passagem, não explodiu. A pergunta é: o que um homem-árvore poderia fazer de mal que um bom e afiado machado não resolvesse? Ou uma queimada?
A ILHA DO TERROR (Voodoo Island, 1957)
Mais uma vez Boris Karloff, desta vez naquele que é considerado entre seus piores filmes. As filmagens foram realizadas no Havaí, e Karloff investiga a ilha do título, já que algumas pessoas que moram lá foram transformadas em zumbis, além de existirem plantas comedoras de mulheres.
TEENAGE ZOMBIES (1957)
Este é da época em que os adolescentes eram apenas zumbis, monstros comuns. Dessa vez, é uma médica louca, tarada, com sérios problemas mentais, que usa uma ilha isolada para suas experiências com um gás que transforma os jovens em zumbis. Nos anos seguintes, a televisão tiraria o emprego da médica, transformando jovens e adultos em zumbis. O cartaz do filme é qualquer coisa de medonha.
CRIATURA SANGRENTA (Terror Is a Man, 1959)
A união de dois péssimos diretores – Gerardo de Leon e Eddie Romero – numa versão tenebrosa da história A Ilha do Dr. Moreau, de H. G. Wells. Os filmes dos dois são conhecidos por baixíssimos orçamentos e pouca imaginação – ou, o que pode ser pior, imaginação demais.
Em DVD (Fantasy Music).
ATLÂNTIDA, O CONTINENTE ESQUECIDO (Atlantis, The Lost Continent, 1960)
O mundo do passado com ingredientes futurísticos, em Atlântida, o Continente Esquecido (Galaxy Productions/ MGM).
George Pal foi um dos mais conhecidos produtores de filmes na linha ficção científica dos anos 1950/60 – são produções dele os filmes Destino à Lua (1950), Colisão de Planetas (1951), A Guerra dos Mundos (1953), A Conquista do Espaço (1955) e A Máquina do Tempo (1960).
Neste ele não apenas produz, mas também dirige, e o resultado é bem inferior aos filmes citados. Segue a jornada de um grego que salva uma princesa da Atlântida e, juntos, vão para a ilhona, que passa por problemas com um ditador que ameaça a todos com uma arma de raios.
O final, todo mundo já sabe, mostra a Atlântida afundando. No Brasil, também recebeu o título Atlântida, o Continente Perdido. Em DVD (Ocean Pictures).
A CIDADELA DOS ROBINSON (Swiss Family Robinson, 1960)
Talvez a mais famosa versão da história com o mesmo título, publicada em 1812 por Johann David Wyss. A produção de Walt Disney mostra os componentes de uma família navegando para a Nova Guiné e sofrendo um naufrágio; eles vão parar numa ilha tropical, onde são forçados a permanecer. Constroem uma casa em torno de uma imensa árvore e começam a se adaptar ao local e a um novo tipo de vida. Claro que passam por muitas aventuras e ainda têm de enfrentar os piratas que rondam a região.
Em DVD (Walt Disney).
O sucesso foi imenso e, posteriormente, originou seriados de TV também de grande sucesso, como Família Robinson (Swiss Family Robinson, 1975), com produção de Irwin Allen. Outra série foi produzida em 1976 pela TV canadense.
Em 1940 foi apresentada a primeira versão em longa-metragem, com direção de Edward Ludwig, produzida pela famosa RKO.
Em 2002, outra versão foi apresentada, As Aventuras da Família Robinson (Stranded. Em DVD, Alpha Filmes).
OS TRÊS MUNDOS DE GULLIVER (The Three Worlds of Gulliver, 1960)
A melhor e mais conhecida versão para o cinema da história de Jonathan Swift, com destaque para os efeitos especiais sensacionais de Ray Harryhausen.
Destaque para os efeitos especiais de Ray Harryhausen, em Os Três Mundos de Gulliver (Columbia).
Conta a história de Gulliver após seu naufrágio, indo parar nos mundos de Lilliput, cujos habitantes são minúsculos comparados a ele, e Brobdingnag, onde os habitantes são gigantes.
Em VHS (LK-Tel/ Columbia).
DEUSA SELVAGEM (Mosura, 1961)
Mothra, fazendo estrago em Deusa Selvagem. E olha que os caras tinham até arma de raios (Toho).
Clássico da ficção científica alucinada do Japão, com direção de Inoshiro Honda, o mesmo de Godzilla. O destaque é a mariposona Mothra. A história começa com uma expedição às Ilhas Infant, onde são encontradas as pequenas mulheres chamadas Ailenas, as guardiãs de Mothra, um ovo sagrado gigantesco.
Claro que os humanos sem sensibilidade capturam as Ailenas (interpretadas pelas irmãs Itoh, Emi e Yumi) e levam-nas para a civilização, para Tóquio, já tão sofrida com os ataques de Godzilla e quaisquer monstros gigantescos que estivessem passando pelas redondezas na época.
Só que as Ailenas cantam sua canção triste que, na verdade, é o chamamento de Mothra. Ela sai de seu ovo/crisálida e vai mariposando até o Japão para resgatar as pequeninas.
HÉRCULES NA CONQUISTA DA ATLÂNTIDA (Ercole alla Conquista di Atlantide, 1961)
Hércules vai até a ilha de Atlântida enfrentar a malvada rainha Antinea, que tem o poder de controlar os homens. O cara não é fácil e enfrenta um exército de homens com a mesma feição, um dragão e ainda afunda a ilha.
Em DVD (Classicline).
HÉRCULES NO CENTRO DA TERRA (Ercole al Centro della Terra, 1961)
Esse teve a direção de Mario Bava, um dos mais conhecidos diretores de terror e ficção científica da Itália. A crítica adorou a forma como ele transformou um roteiro fraco num filme delirante, no qual Hércules visita a ilha das Hespérides. De quebra, ainda vai ao inferno quebrar o pau com seres terríveis. E tem Christopher Lee.
Em DVD (Classicline).
A ILHA MISTERIOSA (The Mysterious Island, 1961)
Novamente, Ray Harryhausen fazendo história com seus efeitos especiais, em A Ilha Misteriosa (Columbia).
A mais famosa versão da história de Júlio Verne, que conta com os efeitos de Ray Harryhausen, o que na época (e ainda hoje) não era pouca coisa.
Os tradicionais fugitivos confederados caem na ilha com seu balão e lá encontram duas mulheres que sobreviveram a um naufrágio e animais gigantescos, resultado das experiências do Capitão Nemo, sempre preocupado com os problemas do mundo e tentando acabar com a fome.
Perdidos na ilha, nas instalações de Nemo, em A Ilha Misteriosa.
Em DVD (Columbia).
Uma versão para TV foi lançada em 2005, dirigida por Russell Mulcahy (de Highlander), com Patrick Stewart (o Capitão Pickard de Jornada nas Estrelas: A Nova Geração) como Capitão Nemo (a versão de 2005 lançada em DVD, Alpha Filmes).
A ILHA (Island, 1962. Ed. Globo)
Aldous Huxley.
O livro foi escrito como a contraparte utópica para o famoso romance distópico do próprio Huxley, Admirável Mundo Novo (Brave New World, 1932), e seu último romance (ele faleceu em 1963).
A história situa-se na ilha imaginária de Pala, no arquipélago da Indonésia, onde vai parar o jornalista Will Farnaby após um naufrágio. Como a entrada na ilha é absolutamente vedada a estrangeiros, ele naufragou de propósito.
O SATÂNICO DR. NO (Doctor No, 1962)
Também conhecido como 007 Contra o Satânico dr. No, o primeiro filme com o agente 007, James Bond (Sean Connery). Baseado no livro de Ian Fleming (publicado em 1958, é o sexto livro com as aventuras de James Bond, iniciadas em 1953 com Cassino Royale). Estabelece de forma definitiva a ilha como o local preferido dos vilões, especialmente aqueles que querem conquistar o mundo, ou apenas destruí-lo. O dr. No tem a sua ilha cheia de aparelhos futurísticos no Caribe, o que não é nada mal, ein?
Em DVD duplo (Fox Home Entert.)
THEY SAVED HITLER'S BRAIN (1963)
Sem comentários (Paragon Films Inc./ Sans-S).
Numa ilha do Caribe, local sempre muito recomendado para cientistas loucos, um grupo mantém a cabeça de Hitler viva, e dando ordens, enquanto os novos nazistas procuram um corpo para encaixá-la.
CAMA DE GATO (Cat’s Cradle, 1963. Ed. Record)
Kurt Vonnegut Jr.
A ilha imaginada por Vonnegut é San Lorenzo, para onde vai o narrador, John, ou Jonas, contando a história de como iria entrevistar os filhos de um dos pais da bomba atômica e fica sabendo de uma substância chamada ice-nine (gelo 9), também criada pelo falecido cientista e que se encontra em poder de seus filhos. A substância é uma estrutura alternativa da água, que seria capaz de transformar terrenos lamacentos ou alagados em terreno seco, projetada para facilitar o avanço de tropas. Os eventos posteriores na ilha, uma das mais pobres do mundo, levam à quase aniquilação do planeta.
O SENHOR DAS MOSCAS (Lord of the Flies, 1963)
Os jovens formando uma nova sociedade na ilha de O Senhor das Moscas (Two Arts Ltd.).
Filme baseado no livro de William Golding, a história procura discutir as barreiras ou a distância que existe entre a civilização e a barbárie. Num futuro qualquer, um grupo de jovens estudantes está sendo levado para longe de uma catástrofe nuclear quando o avião cai numa ilha deserta. Os jovens são obrigados a sobreviver por conta própria, e começam a desenvolver sua própria civilização sem os limites aos quais estavam sujeitos. Foi refilmado em 1990, com o mesmo título, mas sem a catástrofe nuclear.
Em 1966, um filme tcheco-iugoslavo, Sedmi Kontinent, apresentou uma história semelhante, com crianças isoladas numa ilha, mas estabelecendo uma sociedade igualitária, ao contrário do que Golding imaginou em seu romance.
Versão de 1990 em DVD (Fox H.E.).
ATAQUE DAS PESSOAS COGUMELO (Matango, 1963)
Alucinante filme de Inoshiro Honda, o diretor de Godzilla e de vários outros filmes de ficção japoneses. Várias pessoas vão a uma ilha onde encontram um cogumelo colorido e resolvem comê-lo. Pronto! Começam a se transformar em seres semelhantes a cogumelos.
Ataque das Pessoas Cogumelo (Toho).
JASÃO E O VELO DE OURO (Jason and the Argonauts, 1963)
Excelente fantasia com efeitos de Ray Harryhausen, e que ilustra bem as lendas e mitos envolvendo lugares perdidos, ilhas misteriosas e criaturas das mais estranhas. Jasão parte em seu navio Argo em busca do Velo de Ouro e, até chegar a seu objetivo, ele e sua tripulação enfrentam uma série de perigos e aventuras, com harpias, o triton, uma hidra de sete cabeças cujos dentes se transformam em guerreiros esqueletos, além de Talos, o gigante de bronze. Pura diversão.
Em DVD (Sony).
A ILHA DOS BIRUTAS (Gilligan's Island, 1964/67)
A Ilha dos Birutas (CBS/ United Artists Television).
Série popular de comédia sobre um grupo de pessoas que naufraga e vai parar numa ilha fora dos mapas, no Pacífico. Eles têm de aprender a conviver com a situação. Entre os diretores dos episódios está Jack Arnold, conhecido por seus filmes de ficção científica nos anos 1950. Também foram produzidos três longa-metragens para a TV baseados na série, em 1978, 1979 e 1981.
THE FLESH EATERS (1964)
Um avião cai numa ilha onde um cientista está realizando experiências com criaturas marinhas capazes de comer carne humana. Mas que ideia...
I EAT YOUR SKIN (1964)
Mais uma vez um médico numa ilha tropical tenta encontrar a cura para o câncer, mas o resultado é a produção de zumbis, que outro cara mau pretende utilizar para conquistar o mundo. O melhor do filme é o título.
A ILHA DO TERROR (Island of Terror, 1966)
Dirigido por Terence Fisher, um dos melhores do terror inglês, novamente trabalhando ao lado de Peter Cushing, mais conhecido como o professor Van Helsing. Aqui, ele se isola numa ilha e, como outros antes dele, procura a cura para o câncer. Claro que as coisas não dão certo e ele desenvolve um vírus mutante que, depois, se transforma num monstro sugador de ossos (de pessoas vivas, diga-se de passagem). Não é lá essas coisas, mas tem Fisher e Cushing, o que não é pouco.
O FEITICEIRO DE TERRAMAR (A Wizard of Earthsea, 1968)
OS TÚMULOS DE ATUAN (The Tombs of Atuan, 1971)
O OUTRO LADO DO MUNDO (The Farthest Shore, 1972)
Ursula K. Le Guin.
Trilogia de uma das melhores escritoras da ficção científica. Passa-se no mundo de fantasia de Terramar (Earthsea), composto por uma série de ilhas, e onde a magia é uma realidade. Segue as aventuras do feiticeiro Ged, que vagueia pelo planeta para tentar reparar uma ação ruim que cometeu, enfrentando a sombra, um ser do mal que ele libertou no mundo. Um dos melhores livros de fantasia de todos os tempos.
Contos de Terramar (Buena Vista Home Entertainment/ Toho).
Foi adaptado para minissérie de TV em 2004, com o infeliz título O Poder das Trevas (Earthsea. Em DVD, Alpha Filmes. Também conhecido pelo título O Labirinto dos Dragões).
Ursula K. Le Guin criticou a adaptação dizendo que, entre outros problemas, o diretor “branqueou” os personagens, uma vez que no livro poucos personagens são da raça branca.
Em 2006 surgiu a animação japonesa Contos de Terramar (Gedo Senki), de Goro Miyazaki, que igualmente desagradou a crítica e a autora, uma vez que a história foi completamente modificada.
A HORA DO LOBO (Vargtimmen, 1968)
Filme do consagrado diretor sueco Igmar Bergman, com Max von Sydow como um pintor que descansa numa ilha remota, recuperando-se de uma crise não bem explicada. Ele confessa a sua esposa (Liv Ullmann) que ele vive com terror da escuridão. Ele tem um livro de esboços de desenhos com imagens de seres monstruosos e demoníacos. Esse é um exemplo sensacional do que falamos na abertura, da ilha funcionando como metáfora, uma vez que o que interessa aqui são os demônios interiores que aterrorizam o pintor.
Em DVD (Versátil).
O CONTINENTE ESQUECIDO (The Lost Continent, 1968)
De novo, o continente é uma ilha, desta vez no Mar dos Sargaços e fora do tempo. Lá, a Inquisição ainda existe e convive com seres pré-históricos. Uma loucura sem sentido, apesar de ser uma produção da empresa inglesa Hammer, conhecida por excelentes filmes de terror.
EUGENIE (1970)
Filme dirigido por Jesús Franco, um dos mais prolíficos de sua época, geralmente com produções baratas de terror em que o sexo é sempre constante. Eugenie passa um fim de semana num retiro na ilha de uma certa Madame St. Ange, local em que participa de rituais sádicos presididos por ninguém menos do que Christopher Lee, ex-Drácula.
VAMPYROS LESBOS (1970)
Como dizíamos, Jesús Franco adorava misturar sexo nos filmes de terror. Este é uma mistura de histórias de vampiros de Sheridan Le Fanu e Bram Stoker, contando a história de Nadine, descendente do Conde Drácula, que vive numa ilha isolada, atraindo jovens mulheres que utiliza para permanecer sempre jovem. O filme é uma produção hispano-alemã e, na versão alemã, as cenas de lesbianismo foram mantidas.
Em DVD (Continental).
A ILHA MISTERIOSA E O CAPITÃO NEMO (L'Isola Misteriosa e Il Capitano Nemo, 1972)
Uma versão menos conhecida da história de Júlio Verne, com produção ítalo-espanhola. Omar Shariff interpreta o Capitão Nemo.
Chegou a ser lançado em VHS no Brasil (Tevelândia).
TERROR NA PENUMBRA (Nothing But the Night, 1972)
Uma dupla sensacional em filme mediano: Christopher Lee e Peter Cushing, em Terror na Penumbra (Charlemagne Productions).
Christopher Lee e Peter Cushing mais uma vez juntos, numa história interessante, ainda que às vezes confusa, sobre crianças de um orfanato numa ilha da Escócia. Os curadores do orfanato têm a capacidade de transferir suas personalidades para as crianças, imortalizando-se.
Em VHS (F.J. Vídeo).
A REVOLTA DOS MONSTROS (Twilight People, 1972)
Eddie Romero, um dos piores diretores de todos os tempos, em produção da New World, companhia de Roger Corman, numa versão paupérrima do dr. Moreau de H.G. Wells. O cientista aqui é completamente alucinado e cria seres estranhos em sua ilha, inclusive uma mulher-árvore, acreditem.
O HOMEM DE PALHA (The Wicker Man, 1973)
O Homem de Palha (British Lion).
O filme se passa numa ilha na costa oeste da Escócia, para a qual vai um policial investigar o desaparecimento de uma criança. Lá, ele entra em contato com uma sociedade bastante diferente, fechada em suas crenças ancestrais, e descobre que eles realizam um estranho ritual, o do “homem de palha”, o que não é nada bom para o policial.
Christopher Lee, em O Homem de Palha.
Um dos mais interessantes filmes de terror da época, elaborando um confronto entre as antigas religiões pagãs e o cristianismo, representado pelo policial pudico que se choca com o culto à Mãe-Terra e a prática livre de sexo.
Em 2006, foi feita uma refilmagem muito inferior com Nicolas Cage, O Sacrifício (The Wicker Man).
Em DVD (London Filmes). Versão de 2006 em DVD (California Filmes).
CRIPTA DA MORTA-VIVA (La Tumba de la Isla Maldita, 1973)
A ilha do filme chama-se Ilha dos Vampiros, de modo que já dá para saber mais ou menos o que se espera. Um norte-americano vai investigar a morte do pai nesse local, onde está a tumba de Hannah, uma vampira que era amante de Luís VII.
A ILHA NO TOPO DO MUNDO (The Island at the Top of the World, 1974)
Produção de Walt Disney, com direção de Robert Stevenson, costumeiro na casa. Um homem organiza expedição ao Ártico para encontrar seu filho, perdido em condições estranhas. Ele compra um dirigível imenso e parte para lá em companhia de um arqueólogo. Encontram a ilha do título, uma ilha vulcânica com vegetação rica e uma civilização descendente dos vikings, mantendo-se isolada do mundo até então. Também com o título (errado) A Ilha do Topo do Mundo.
Em DVD (Buena Vista).
OS MENINOS (Quién Puede Matar a um Niño?, 1975)
Uma pena que esse filme não possa ser visto mais frequentemente no Brasil. Trata-se de um dos mais aterrorizantes filmes da época, com poucas ou nenhuma explicação para o que acontece numa ilha da Espanha, para onde vai um casal de turistas americanos.
Crianças preparadas para tudo, em Os Meninos (Penta Films).
Logo ao chegarem, percebem que o vilarejo está deserto, com casas e objetos largados como se as pessoas simplesmente tivessem deixado tudo e ido embora. No entanto, vão percebendo que ainda existem crianças morando no local, e que elas começam a fazer um estranho e aterrorizante jogo de esconder com eles. E ainda tem um final surpreendente. Sensacional.
FORMIGAS GIGANTES (Empire of the Ants, 1977)
Pessoas encontram-se numa ilha para comprar lotes de terrenos e são ameaçadas por formigas que cresceram por terem sido expostas a lixo atômico. Mais uma coisa horrorosa de Bert I. Gordon, diretor fanático por ampliações, humanas ou animais. Também com o título O Império das Formigas. E ainda tem Joan Collins, perdidaça na produção medíocre.
A ILHA DO DR. MOREAU (The Island of Dr. Moreau, 1977)
A Ilha do Dr. Moreau (1977, AIP/ Cinema 77).
Refilmagem muito ruim da história de H.G. Wells. Apesar da presença de Burt Lancaster e Michael York, o melhor do filme são as maquiagens de John Chambers, o mesmo que fez as maquiagens de O Planeta dos Macacos.
Outra produção foi feita em 1996, dirigida por John Frankenheimer, com Marlon Brando como o dr. Moreau, numa versão bem melhor do que a de 1977. As maquiagens ficaram a cargo de Stan Winston.
Em VHS (Flashstar). Versão de 1996 em DVD (PlayArte).
OS HOMENS-PEIXE (L'Isola Degli Uomini Pesce, 1978)
Uma zona, um filme com cheiro de homens-peixe podres. Os seres do título são descendentes da Atlântida, e um homem inescrupuloso mantém um cientista e sua filha presos, para que o ajudem a se comunicar com as criaturas. O triste é ver Joseph Cotten em final de carreira, aceitando qualquer papel. Também tem a presença de Barbara Bach, uma espécie de musa da época para os filmes de baixa produção.
Em VHS (Videocast).
ILHA DA FANTASIA (Fantasy Island, 1978/1984)
Uma das séries de maior sucesso na época, e ainda hoje relembrada, com Ricardo Montalbán como o senhor Roarke e Hervé Villechaize como o anão Tatoo. A ilha fica em lugar desconhecido e recebe turistas, atendendo seus desejos mais íntimos – mas nem tão íntimos assim, pois estamos falando da televisão dos anos 70. Diferente de outras ilhas, as pessoas escolhem ir para a ilha da fantasia, desde que tenham a grana para pagar, é claro. Imagina-se que não era barato. Mas de certa forma elas estão perdidas, porque não têm o que mais desejam, seja lá o que for.
Os pilotos do seriado eram bem mais interessantes do que o dito cujo, que, ao longo dos anos, foi se tornando cada vez mais piegas, com situações previsíveis. Uma nova versão foi apresentada em 1998, com Malcolm McDowell como Roarke, e um clima bem mais pesado, tanto para o lado da fantasia como, em alguns momentos, para o terror.
Em DVD (Sony).
A OUTRA ILHA DO DR. MOREAU (Moreau's Other Island, 1980)
Brian W. Aldiss.
O MISTÉRIO DA ILHA DOS MONSTROS (Mystery on Monster Island, 1981)
A criatura fraquinha de O Mistério da Ilha dos Monstros (Almena Films/ F. Ariza/ Fort Films Productions).
Terence Stamp, o cara mau, briga com Peter Cushing pela posse de uma ilha. O filme segue, vaga e pobremente, o modelo das aventuras de Júlio Verne.
A ILHA DE FRANKENSTEIN (Frankenstein Island, 1981)
Os veteranos John Carradine e Cameron Mitchell aceitaram participar desse filme podre, com história (por assim dizer) situada numa ilha onde um descendente do barão está criando seu próprio monstro.
FUGA DE NOVA YORK (Escape From New York, 1981)
A ilha de Manhattan transformada num pesadelo do futuro, uma prisão de segurança máxima na qual os criminosos estabelecem sua própria lei. Um dos bons filmes do diretor John Carpenter, com um tipo de história que originou inúmeras cópias nos anos seguintes.
Em DVD (Universal).
GULLIVER EM LILLIPUT (Gulliver in Lilliput, 1982)
Versão para TV em quatro episódios, a partir da história clássica de Jonathan Swift, com o médico Gulliver naufragando e indo parar na ilha onde os habitantes são minúsculos.
TRIPULAÇÃO DE ESQUELETOS (Skeleton Crew, 1985. Ed. Francisco Alves/ Suma de Letras)
Stephen King
A coletânea traz 22 contos, e aquele que nos interessa aqui é Tipo de Sobrevivente (ou apenas Sobrevivente), um dos mais arrepiantes contos do autor, e um dos mais aterrorizantes da literatura de terror moderna. Nele, um náufrago numa pequena ilha é obrigado a comer seu próprio corpo para sobreviver, e o faz aos poucos.
GALÁPAGOS (Galápagos, 1985. Ed. Bertrand Brasil/ Caminho FC, Portugal)
Kurt Vonnegut Jr.
ERIK, O VIKING (Erik The Viking, 1989)
Os atrapalhados navegantes, em Erik, O Viking (KB Erik the Viking/ Prominent Features/ Svensk Filmindustri).
Sensacional comédia dirigida por Terrry Jones, do grupo Monty Python. Tim Robbins é o viking desastrado Erik, que parte numa viagem fantástica com o objetivo de acordar os deuses e trazer o sol de volta.
Ele encontra a ilha de Hy-Brasil onde, supostamente, tudo deveria ser uma maravilha. O problema é que Erik é um viking pacífico, que não quer matar ninguém, o que ele faz acidentalmente numa das pilhagens.
Em Hy-Brasil ele precisa encontrar a Trompa Retumbante, com a qual conseguirá despertar os deuses em Asgaard.
Apesar de não ser apresentado como um filme do Monty Python tem todas as características, com o humor non-sense e inteligente que caracterizou o grupo.
Em DVD (Europa Filmes, com o título As Aventuras de Erik, o Viking).
PARQUE DOS DINOSSAUROS (Jurassic Park, 1991. Ed. Rocco/ L&PM)
MUNDO PERDIDO (Lost World, 1996. Ed. Rocco)
Michael Crichton.
FOME ANIMAL (Braindead, 1992)
O diretor Peter Jackson muito antes da fama alcançada com O Senhor dos Anéis. Nesse caso, a ilha só surge no início do filme, a Ilha das Caveiras, mas é fundamental, porque é lá que é capturado o macaco-rato, um ser estranho cuja mordida é capaz de contaminar as pessoas transformando-as em assassinos alucinados. É um dos filmes mais nojentos e sangrentos já feitos, mas certamente não é para ser levado a sério.
Em DVD (London Filmes).
PARQUE DOS DINOSSAUROS (Jurassic Park, 1993)
Imenso sucesso de bilheteria com direção de Steven Spielberg e história baseada no livro de Michael Crichton. Uma ilha é escolhida como o local para um parque temático com criaturas pré-históricas vivas, construídas a partir de engenharia genética. O mesmo Spielberg dirigiu a sequência, O Mundo Perdido – Jurassic Park (The Lost World: Jurassic Park, 1996). O terceiro filme, Jurassic Park 3 (2001), teve direção de Joe Johnston.
Em DVD (Universal).
FUGA DE ABSOLOM (Escape From Absolom, 1994)
Outra ilha transformada em prisão da qual é impossível sair, e na qual os criminosos estabeleceram sua própria civilização. Na verdade, duas civilizações; uma alucinada e totalmente voltada para a violência; a outra tentando manter um mínimo dos padrões considerados civilizados. Não é uma ideia nova, mas o filme não é ruim, baseado no livro A Colônia Penal (The Penal Colony, 1989), de Richard Herley.
Em DVD (Sony).
CROMOSSOMO 6 (Chromosome 6, 1997. Ed. Record)
Robin Cook.
O FEITIÇO DA ILHA DO PAVÃO (1997. Ed. Nova Fronteira/ Alfaguara)
João Ubaldo Ribeiro.
NÁUFRAGO (Cast Away, 2000)
Tom Hanks é o funcionário da Fedex que sofre um acidente de avião e vai parar, sozinho, numa ilha tropical. Consegue sobreviver por quatro anos, até tentar sair da ilha construindo uma jangada. Apesar de ser um bom filme, com direção do excelente Robert Zemeckis, também é um longo anúncio da empresa.
Em DVD (Paramount/Universal).
ABARAT (Abarat, 2002. Companhia das Letras)
Clive Barker.
LOST (2004/2010)
ZIG ZAG (Zigzag, 2006. Relume Dumará/ Ediouro)
José Carlos Somoza.