O conceito de governos galácticos – tais como impérios, federações e outras formas derivadas destas –, é frequente nas histórias de ficção científica. Sejam os governos formados por humanos, longe ou perto da Terra, sejam aqueles formados por raças alienígenas, geralmente eles têm função importante nas histórias, muitas vezes envolvendo conflitos, mas nem sempre com esse viés.
Via Láctea (ESO/S. Brunier).
São governos que se estendem por vários planetas ou por vários sistemas planetários, frequentemente enfrentando rebeliões e tentativas de independência, no caso de domínios exercidos com violência física, econômica ou cultural.
E, exatamente devido a essa característica, é comum que em histórias do gênero supõe-se que a tecnologia existente permita as viagens acima da velocidade da luz. Sem isso, fica difícil imaginar um governo desse tipo. Se uma ou várias naves levarem 40 anos para atingir o planeta mais próximo, por exemplo, não há como manter um controle sobre seu governo, para não falar que não há qualquer sentido em tentar manter esse controle ou um contato amistoso, ainda que o planeta ofereça condições excelentes para, digamos, exploração mineral.
Mesmo se imaginarmos governos benéficos e não invasores, como no caso das federações, não haveria sentido em organizar esse tipo de união se o simples contato entre as diferentes culturas implicasse em viagens que levariam décadas para serem realizadas.
Esses governos galácticos suscitaram inúmeras discussões entre escritores, críticos e fãs da ficção científica, com pontos a favor e contra sua existência, e algumas das considerações a esse respeito serão apresentadas nas matérias a seguir.