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Filmes: o que fazer depois do fim do mundo?

FILMES/Matérias

autorGilberto Schoereder
publicado porGilberto Schoereder
data17/05/2015
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Mais alguns filmes, nem sempre muito bons ou interessantes.


3.000 DEPOIS DE CRISTO (CAPTIVE WOMEN)
EUA/1952 (RKO)
Direção: Stuart Gilmore
Com Robert Clarke, Margaret Field, Gloria Saunders.
Outros Títulos: “3000 AD”, “1000 Years From Now”.
História passada mil anos no futuro, quando a cidade de Nova York encontra-se devastada por uma guerra nuclear e os sobreviventes dividem-se em três grupos: os norms, ou normais, que são os bons; os mutes, mutantes e indiferentes; e o Povo do Rio Acima, que são os ruins. Combatem-se uns aos outros, até que mutantes e normais unem-se para derrotar o terceiro grupo, formado por adoradores do Diabo.

 

 

 

 

PASSAGEM PARA O FUTURO (The Time Travelers)
EUA/1964 (AIP)
Direção: Ib Melchior
Com Preston Foster, Philip Carey, Merry Anders.
No ano de 1964, cientistas acidentalmente criam um portal no tempo e são jogados para o ano de 2079, encontrando uma sociedade devastada pela guerra nuclear, mas que resiste bravamente aos problemas que surgiram. Vivem em túneis embaixo da terra e seu desenvolvimento científico chega a ser impressionante. Estão construindo um foguete com o qual pretendem viajar até Alpha Centauri, sendo ajudados por androides, que também combatem os inevitáveis mutantes que vivem na superfície. Uma produção modesta, porém muito interessante, com bons cenários e história bem desenvolvida.

 

THE WAR GAME
Inglaterra/1965 (BBC)
Direção: Peter Watkins
Produzido por Watkins para a BBC de Londres, que acabou proibindo a exibição do filme por considerá-lo demasiadamente pesado e “realista”. Na verdade, Watkins chamava seus filmes de “documentários do futuro”, e aqui ele se estende sobre os possíveis efeitos de um ataque nuclear numa pequena cidade da região de Kent, com as pessoas sofrendo os efeitos da radiação e da morte lenta. Infelizmente, inédito no Brasil, com imagens que a crítica internacional considera fortíssimas ainda hoje.

 

 

 

 

O NOVO PRINCÍPIO (The Ravagers)
EUA/1979 (Col)
Direção: Richard Compton
Com Richard Harris, Ernest Borgnine, Ann Turkel, Woody Strode.
História situada após um apocalipse nuclear que deixa a Terra quase destruída. Alguns grupos sobrevivem e tentam reconstruí-la, enquanto outros dedicam-se à destruição e impõem-se pela força. Harris é um dos sobreviventes, que sai pelo país procurando uma vida melhor depois de sua esposa ser violentada e morta. Encontra um pequeno grupo liderado por Ernest Borgnine, que não permite que ninguém o abandone, governando como um tirano. São atacados pelos mesmos que mataram a esposa de Harris, e ele e mais alguns conseguem escapar e iniciar sua jornada em busca de um mundo melhor. Sem ser um filme espetacular, garante alguns momentos interessantes e, sem dúvida, é imensamente superior à série de imbecilidades pós-apocalípticas que o cinema fez a seguir.

 


 

ABRIGO NUCLEAR
Brasil/ 1981
Direção: Roberto Pires
Com Conceição Senna, Norma Bengell, Sasso Alano.
No futuro, as pessoas vivem em um abrigo subterrâneo para fugir às radiações ionizantes da atmosfera. O abrigo é controlado autoritariamente pela comandante Avo, e um grupo de pessoas resolve se colocar contra ela, propondo a volta à superfície. Um raro filme de ficção científica brasileiro, pouco comentado na época em que surgiu e, hoje em dia, ainda menos. O regime existente no abrigo nuclear chama-se Cibernético-Nuclear, e a geóloga LIX (Bengell) planeja o projeto Alfa, para a volta dos seres humanos à superfície.

 

 


 

MALEVIL
França/Alemanha Ocidental/1981 (NEF Diffusion/Stella Films/A2/Films Gibe/Telecip)
Direção: Christian de Chalonge
Com Michael Serrault, Jacques Dutronc, Robert Dhery.
História situada após uma guerra nuclear, com os grupos de sobreviventes entrando em conflito uns com os outros. Baseado em história bastante conhecida e premiada de Robert Merle, mas não muito bem recebido pela crítica estrangeira. Inédito no Brasil.

 

 



CONDIÇÃO DE DEFESA (Defcon-4)
Canadá/1984
Direção: Paul Donovan
Com Lenore Zann, Maury Chaykin, Kevin King.
Outro Título: “Depois do Fim do Mundo”.
Não é possível saber se o que se tentou fazer foi uma crítica aos terríveis filmes pós-apocalípticos que inundaram o cinema nos anos 1980, ou se é um péssimo filme pós-apocalíptico, com um roteiro sem qualquer noção de tempo. Astronautas em órbita observam a Terra ser destruída por armas nucleares e, quando retornam, encontram um mundo impossível de ter sido reconstruído em tão pouco tempo, com grupos organizados de sobreviventes e até mesmo mutantes, com seus próprios mitos e lendas sobre os “velhos tempos” da Terra.



 

VIAGEM RADIOATIVA (Radioactive Dreams)
EUA/1985 (DEG/Manson Int.)
Direção: Albert Pyun
Com John Stockwell, Michael Dudikoff, Lisa Blount.
Momentos antes de um desastre nuclear, dois jovens são colocados num abrigo subterrâneo por seus pais, que posteriormente os abandonam. Eles crescem sozinhos, lendo histórias de detetives e acreditando que aquilo é real, até o dia em que resolvem sair para o mundo. Em menos de 24 horas conseguem se envolver numa trama que poderá significar um novo fim do mundo, encontrando vários grupos de sobreviventes do holocausto. Com bom clima, o filme é levado para o humor debochado, com boas filmagens.