Réplica do satélite Sputnik, no National Air and Space Museum (NSSDC/ NASA).
Conhecendo os governantes das grandes nações do planeta (e, para falar a verdade, das pequenas e médias também), era certo que a escalada tecnológica iria chegar aos armamentos nucleares, ao desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais e à tentativa de levar a Guerra Fria para o espaço.
No entanto, parece existir um consenso de que o lançamento do Sputnik 1 pela URSS, em 4 de outubro de 1957, acelerou o processo da “conquista do espaço”, além de ter aumentado sensivelmente o nível de paranoia norte-americana com relação aos comunistas e seus planos de supremacia mundial.
Segundo as informações, na época os EUA se consideravam muito à frente dos soviéticos no que dizia respeito à tecnologia espacial, apesar de terem falhado em duas tentativas de lançar foguetes em órbita.
Com o sucesso do Sputnik – não tão inesperado quanto se imaginava na época, uma vez que o governo dos EUA tinha informações secretas acerca do programa soviético – o medo aumentou, com muitas pessoas imaginando satélites soviéticos carregando armamento atômico, capazes de atacar os EUA sem serem detidos.
Lançamento do Jupiter C, levando o satélite Explorer 1, em 1958 (NASA).
O resultado foi a aceleração do programa espacial norte-americano, o que começou com o lançamento de seu primeiro satélite em órbita, em 31 de janeiro de 1958 (segundo algumas fontes, 1 de fevereiro).
Paralelamente, o governo dos EUA deu início ao programa de mísseis Polaris, preparados para serem lançados de submarinos, com o primeiro teste sendo realizado em janeiro de 1960, no Cabo Canaveral, na Flórida.
Outras medidas vieram na esteira dessa situação, como a aplicação de bilhões de dólares no sistema de educação, com a intenção de estimular o surgimento de uma nova geração de engenheiros. As verbas para pesquisas científicas também aumentaram drasticamente, já em 1959.
Ainda em 1958, foi criado um departamento dentro do Departamento de Defesa, a ARPA (Advanced Research Projects Agency), que posteriormente foi renomeado como DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency; Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa), responsável pelo desenvolvimento de novas tecnologias para uso militar. O DARPA gerencia o atualmente muito comentado projeto HAARP.