Ao escrever no verbete sobre impérios galácticos na The Science Fiction Encyclopedia, Brian Stableford faz uma pequena ressalva quando diz que “Aqui, ‘Império’ é utilizado em um sentido geral, quase metafórico, mais do que em seu significado politicamente definitivo”. O “politicamente definitivo” provavelmente implica em definir um império como uma nação que, de formas variadas, exerce o controle ou poder sobre outras nações, expandindo tanto seu poder econômico como suas fronteiras geográficas. Talvez seja uma forma de expandir o conceito, da forma como ele é utilizado na ficção científica. A opção é perder-se nos mais variados conceitos políticos e históricos do que é um império. Em The Art of Science Fiction, no item "Galactic Empires and Interstellar Federations", o escritor e engenheiro aeroespacial Michael McCollum diz que existem tantas visões da história e categorizações de sistemas quantos são os historiadores. Talvez seja um exagero, mas realmente elas são muitas.
Galáxia NGC 1300 (NASA/ ESA/ The Hubble Heritage Team STScI/AURA).
E, por mais comuns que sejam os impérios nas histórias de ficção científica, o uso do conceito desperta posturas distintas nos estudiosos, críticos e escritores do gênero.
Na enciclopédia já citada, Brian Stableford diz que o império galáctico é uma invenção necessária, uma estrutura imaginativa que pode acomodar qualquer quantidade de mundos semelhantes à Terra, nos quais os escritores podem colocar personagens humanos em confronto com qualquer sistema social e biológico imaginável. “Muitas histórias modernas de fc”, ele diz, “foram projetadas para ajustar-se em tal estrutura, tirando proveito do fato de que ela se tornou estabelecida como uma convenção que não precisa de explicação”. E, também, pode-se dizer que esse pensamento pode estender-se a mundos não tão semelhantes à Terra, ou totalmente diferentes, e a diversas sociedades e governos alienígenas.
Em The Visual Encyclopedia of Science Fiction, o escritor Lester Del Rey faz uma defesa da utilização do conceito de império nas histórias de FC. “O conceito de um império de mundos entre as estrelas, onde a humanidade pode governar a galáxia, tem um forte apelo romântico aos leitores de ficção científica”, ele disse. “Todavia, parece estranho que uma ficção supostamente orientada para o futuro precisaria voltar ao passado com tanta veemência para seus modelos de governo”.
Mas Lester Del Rey entende que essa tendência a utilizar um modelo antigo de governo terrestre tem uma lógica considerável, considerando que existem duas formas pelas quais a humanidade pode colonizar uma série de mundos entre as estrelas. Assim, se as viagens forem realizadas a velocidades inferiores à da luz, não apenas iria demorar muitos anos para um grupo de colonizadores chegar a outro planeta, como também iria tornar o contato entre os diferentes mundos quase impossível e, em última análise, desnecessário, de modo que cada um desenvolveria o seu próprio sistema de governo.
Conceito artístico: Spitzer Space Telescope (NASA/JPL-Caltech).
Esse tipo de pensamento não vale para impérios construídos dentro um sistema planetário. Existem exemplos de histórias em que o império terrestre domina os planetas e satélites colonizados do nosso sistema solar. E, ainda assim, essas histórias pressupõem deslocamentos especiais a velocidades muito maiores do que as atuais naves são capazes de desenvolver.
A outra forma, é claro, é por meio das viagens à velocidade da luz, ou ainda melhor, a velocidades maiores do que a da luz, o que surge em várias histórias do gênero, por exemplo, com os deslocamentos através do hiperespaço; os nomes desse “hiperespaço” variam, mas a ideia é de que exista uma forma de se deslocar de forma quase imediata de um ponto a outro do universo. Assim, como explica Del Rey, haveria a necessidade de se estabelecer alguma forma de governo que regularize as relações, comerciais ou outras, entre os mundos.
“Como um governo pode ser desenvolvido para lidar de maneira efetiva com milhares (em algumas histórias, milhões) de mundos colonizados independentemente e que variam imensamente em suas ecologias, recursos e quase todas as outras possibilidades? Qualquer forma de governo representativo torna-se de controle tão difícil que certamente irá falhar. Se cada mundo tiver apenas um representante, a assembleia ainda seria muito grande para funcionar por meio de um incrível sistema de comitês. Em comparação, a confusão da nossa atual Nações Unidas e dos parlamentos nacionais iria parecer harmonia”.
Lester Del Rey fecha seu raciocínio dizendo que, até agora, nós não fomos capazes de criar ou imaginar um sistema de governo democrático envolvendo as diferentes nações do planeta, de modo que fica ainda mais difícil imaginar isso envolvendo milhares de planetas. Segundo ele, os governos representativos dos primórdios de Roma falharam quando suas fronteiras começaram a estender-se muito longe, de modo que foi necessário estabelecer a estrutura de um império. E, ainda que isso eventualmente também tenha falhado, foi o suficiente para manter o controle de quase toda a Europa por cerca de 500 anos.
Capa de Gerald McConnell (Ace Books, 1966).
As dificuldades que se apresentam para a formação de um império galáctico não se resumem a velocidades maiores do que a da luz para as naves, mas também em velocidades maiores do que a da luz para as comunicações. Para não falar do tamanho descomunal que o governo central precisaria ter para lidar com todos os aspectos desse governo, com uma burocracia quase impossível de se imaginar. Isaac Asimov chegou a apresentar o planeta central de seu império, Trantor, como um centro de controle do governo; um planeta inteiro, totalmente tomado por funcionários públicos. E, ainda assim, não se sabe se seria possível organizar os trabalhos necessários para manter o império funcionando.
Supondo-se que, como regra geral, um império seja uma forma de governo autoritária, é lógico imaginar-se que muitos mundos iriam rebelar-se contra tal domínio. Uma rebelião ou revolução em um planeta jamais poderia ser abafada pelo império se não existisse a viagem MRL (mais rápido que a luz), ou mesmo a comunicação MRL – que já recebeu diversos nomes na fc, como o “ansível”, criado por Ursula K. Le Guin em O Mundo de Rocannon (Rocannon’s World, 1966).
Em uma matéria publicada na Time, em 2015, David Berri, professor de Economia na Southern Utah University, cita o livro Por que as Nações Fracassam (Why Nations Fail, 2012. Elsevier Editora, 2012), de Daron Acemoglu (Professor de Economia do MIT) e James Robinson (Professor de Administração Pública da Harvard University), no qual eles dizem que o crescimento econômico é orientado pelas instituições de uma nação. Assim, eles postulam que: 1. Instituições extrativistas não encorajam mudanças tecnológicas e não levam ao crescimento econômico; 2. Instituições inclusivas encorajam mudanças tecnológicas e, então, levam ao crescimento econômico, como o que apenas recentemente vimos na história humana.
Jornada nas Estrelas: Enterprise (Braga Productions/ Paramount Network Television/ Paramount Television/ Rick Berman Productions).
Direcionado por esse pensamento, Berri entende que o que se vê na ficção científica contradiz o que se viu ao longo da história da humanidade. Ele cita exemplos que vão no sentido oposto ao estudo dos economistas, como a Federação de Jornada nas Estrelas, que parece ser uma sociedade inclusiva – e tudo indica que seja – tendo alcançado imenso progresso tecnológico e econômico. No entanto, os exemplos de impérios, como os dos klingons e romulanos, apresentam uma evolução tecnológica igual e, às vezes, superior, à da Federação, mesmo sendo sociedades aparentemente baseadas em instituições extrativistas.
Berri cita ainda o economista Robert Fogel, que lembrou que durante séculos as pessoas não conseguiram obter um avanço tecnológico significativo com relação a um objeto simples como o arado. No entanto, desde 1900, a humanidade foi da invenção de um aeroplano básico à descida na Lua. Ele apresenta uma comparação mais recente, dizendo que o iPhone que tantas pessoas apreciam hoje, teria custado 3,6 milhões de dólares com a tecnologia disponível apenas 20 anos atrás. “Essa mudança tecnológica tão rápida acontece quando você muda os incentivos das pessoas. O arado não mudou por séculos porque ninguém tinha um incentivo para desenvolver um arado melhor. Da mesma forma, nós continuamos a ter iPhones atualizados porque alguém tem um claro incentivo para continuar trabalhando para fazer esse produto melhor. Um mundo dominado por instituições extrativistas não tende a lhe dar um novo iPhone. E da mesma forma, não tende a desenvolver a tecnologia necessária para colonizar milhões de planetas no espaço”.
Talvez seja possível argumentar, no sentido contrário a esse conceito, entendendo que existem outros fatores concorrendo para o desenvolvimento tecnológico. Ou que, por exemplo, no Império Romano – que, como Lester Del Rey ressaltou, dominou a Europa por cerca de 500 anos – existiu algum tipo de avanço tecnológico, no mínimo no que diz respeito à arquitetura e engenharia, na construção de habitações, templos e, especialmente, estradas. Ou que as máquinas a vapor que mudaram o mundo e levaram à Revolução Industrial não apenas surgiram no Império Britânico como, segundo alguns historiadores, foram responsáveis pela manutenção do poderio britânico no século 20. O mesmo com o telégrafo, cujo primeiro modelo comercial também foi desenvolvido no Império Britânico.
As galáxias antena NGC 4038 e 4039 (NASA/ ESA/ Hubble Heritage Team [STScI/AURA]- ESA/Hubble Collaboration).
Parece mesmo que na ficção científica devemos pensar no império galáctico como a “invenção necessária” a que se referiu Brian Stableford, ou como histórias que têm o “apelo romântico” citado por Lester Del Rey.
Mesmo os escritores do gênero sabem disso, como é o caso de Poul Anderson, que escreveu várias histórias tendo como pano de fundo uma sociedade na qual existe um império terrestre galáctico. Em seu livro, não ficção, Is There Life on Other Worlds (1963), ele considera que o problema do “tamanho” torna absurda qualquer ideia de um governo galáctico. Segundo ele, se pensarmos em apenas alguns milhares de sistemas, ainda seria um tamanho demasiadamente inconveniente para permitir uma união. “E eu não consigo ver”, ele completa, “por que alguém iria desejar unificá-los. A imensa diversidade de meios ambientes, raças e pontos de vista em uma região como essa é um argumento contra qualquer propósito em comum”. Anderson considera que, existindo a viagem MRL, é possível imaginar que surgissem conquistadores ocasionais, cujas agressões provocassem alianças contra eles, mas mesmo na maior escala factível, essas atividades iriam ocupar apenas uma pequena parte da galáxia; e, de qualquer maneira, parece improvável.
Para Poul Anderson, um planeta impossível de ser colonizado não teria valor para imperialistas; e mesmo mundos cuja bioquímica fosse suficientemente semelhante à do planeta de origem para ser colonizado não resolveriam quaisquer problemas populacionais. “Em resumo”, ele continua, “circunstâncias especiais poderiam criar guerras esporádicas e pactos políticos, mas se isso ocorresse, seriam situações localizadas”.
Mais plausíveis seriam o comércio e a troca cultural, mas essas situações também teriam de ser limitadas; por exemplo, dificilmente poderiam ser feitas entre raças diferentes.
“Então”, diz Anderson, “eu imagino as consequências a longo prazo de um ‘hiperpropulsor’ não como uma civilização galáctica, mas aglomerados de civilizações largamente espalhadas. Dentro de cada agrupamento existem várias raças que têm algumas interações entre si e muitas que não interessam, sendo ignoradas ou indiferentes. De tempos em tempos, exploradores, comerciantes audaciosos, missionários, refugiados ou outros tipos de aventureiros realizam um longo salto em busca de novos territórios. Onde encontram terreno fértil, planetas que são úteis e nativos que são receptivos a eles, um novo aglomerado começa. O contato entre os aglomerados é muito tênue e, quase sempre, não oficial”.
Esse ponto de vista de Poul Anderson também pode ser aplicado aos governos que formam federações ou outros tipos de governos, que podem ter nomes como União, Aliança, República ou algo parecido. Geralmente, mas nem sempre, são opostos ao império. Assim, qualquer união teria como objetivo apenas defender-se de algum agressor com características imperialistas.
A nave Excalibur, de Babylon 5 (Babylonian Productions/ Warner Bros. Television).
Provavelmente o exemplo mais conhecido, mais popular, é a Federação de Jornada nas Estrelas, que reúne não apenas diferentes tipos de governos, mas de raças, com interesses variados. Fazer parte dessa Federação pode ser uma boa forma de se proteger dos ataques e conquistas dos impérios dos klingons e romulanos.
Esses governos quase sempre são apresentados como defensores da liberdade, dos ideais democráticos, mas eventualmente é possível encontrar planetas ou sistemas integrantes desse governo galáctico com tendências nada democráticas. E, é claro, muitos deles carregam as características dos governos terrestres, ou seja, existem casos de corrupção, seja na política, seja nas forças militares. Em Babylon 5, por exemplo, a Aliança Terrestre nasce como uma união das nações terrestres, porém mais para o final da série transforma-se em um estado ditatorial com tons nazistas, incluindo uma polícia secreta. A própria união de várias raças alienígenas, representadas na estação Babylon 5, inclui impérios que pouco ou nada têm de democráticos, tornando a união ainda mais complexa.
O que prevalece em todos os casos é a extensão galáctica dessas uniões, o que nos leva mais uma vez ao conceito de viagens e comunicações MRL.
Nebulosa de Órion (NASA/ ESA/ M. Robberto [Space Telescope Science Institute/ ESA] and the Hubble Space Telescope Orion Treasury Project Team).
O cientista especializado em nanotecnologia Robert A. Freitas Jr. escreveu um longo artigo, Galactic Empires, na revista Ares, a partir de material originalmente publicado em seu livro Xenology: An Introduction to the Scientific Study of Extraterrestrial Life, Intelligence and Civilization (1979). Em um trecho do artigo, ele fala sobre as dificuldades de um império galáctico em responder a desafios à autoridade imperial. Ele lembra que a dispersão restringe a habilidade do governo em crescer, comunicar-se com as diferentes partes do império ou transportar os meios de controle. Em outras palavras, sem velocidades MRL, um império não poderia ser construído e muito menos ser mantido. Mesmo viagens à velocidade da luz tornam um império galáctico inviável ou impossível, e quaisquer ameaças ao império impossíveis de serem resolvidas, seja pela política, seja por meios militares.
“Dadas essas circunstâncias”, diz Freitas Jr., “muitos escritores concluem que tal império é praticamente impossível”. Segundo ele, o escritor Ben Bova disse que com velocidades menores do que a da luz “nós estaríamos no estágio Marco Polo do contato interestelar: aventura, histórias estranhas e artefatos. Mas sem relações políticas estáveis – para o melhor e para o pior – com os vizinhos. Mesmo o general mais inflexível e destemido poderia achar ridículo armar um ataque sabendo que ele poderia jamais ver as consequências em vida”.
O escritor Jerry Pournelle vê a questão da mesma forma, entendendo que “Expedições punitivas seriam quase impossíveis, terrivelmente caras e, provavelmente, inúteis. Você estaria punindo os netos de uma geração que se separou do Império, ou mesmo um planeta que sacrificou os traidores depois que a mensagem foi enviada. Mesmo uma missão de resgate pode jamais chegar a uma colônia com problemas”.
No entanto, Robert A. Freitas Jr. diz que todos os argumentos contra a existência de um império galáctico fracassam, entendendo que até mesmo um governo galáctico apoiado em velocidades menores do que a da luz poderiam instalar postos avançados e depósitos de suprimentos próximos a centros populacionais vitais. Esses postos poderiam enviar espaçonaves de guerra ou suprimentos de forma razoavelmente rápida. Segundo ele explica, essa foi a forma pela qual a Roma imperial reprimiu revoltas, contando com um governo militar forte apoiado por várias legiões. Assim, apenas a lealdade do posto avançado ao imperador precisaria ser mantida.
Freitas Jr. também fala sobre a possibilidade de dissuadir quaisquer tentativas contra um império com a ameaça de retribuição aos descendentes. “Por que perder tempo e energia fomentando uma revolução se seus netos vão viver para odiá-lo, e seja lá o que você realize será destruído?”.
Capa de Peter Jones (Puffin, 1974).
Até mesmo Arthur C. Clarke, que entendia que impérios galácticos extensos eram impossíveis devido à complexidade intolerável, chegou a trabalhar com o conceito em algumas de suas histórias, ainda que não sejam exatamente o ponto central delas.
No conto Encontro ao Amanhecer (Encounter at Dawn, 1953. Originalmente publicado na revista Amazing Stories, com o título Encounter in the Dawn. No Brasil na coletânea Sobre o Tempo e as Estrelas) são cientistas de um império galáctico que chegam à Terra.
No conto Campanha Publicitária (Publicity Campaign, 1953), os aliens que chegam à Terra não apenas pertencem a um império galáctico como pretendem um contato amigável conosco.
No conto O Casanova Cósmico (Cosmic Casanova, 1958. No Brasil, em O Outro Lado do Céu), um conquistador inveterado está sozinho a bordo de uma nave, fazendo um mapeamento dos mundos existentes em um local da galáxia, sofrendo com a falta de companhia feminina, quando entra em contato com um ramo perdido de colonos humanos, de uma época em que o Império se expandia. Aqui, Clarke segue seu conceito de que será impossível lidar com um império muito extenso, e apresenta a ideia de que a civilização humana recuou após a tentativa de expandir-se pela galáxia, deixando várias colônias por conta própria. O conto tem um toque de humor, de modo que o Casanova consegue contato por rádio e vídeo com uma mulher lindíssima, que se interessa por ele. Eles combinam de se encontrarem sozinhos antes de entrar em contato com os cientistas do planeta. Ela o espera em uma planície, mas para seu desespero ele esqueceu-se de que aquela civilização existia há cinco mil anos, em um planeta com um quarto da gravidade terrestre, de modo que os habitantes cresceram até tornarem-se gigantes.
Capa de Richard Powers (Signet / New American Library, 1957).
No sensacional livro A Cidade e as Estrelas (The City and the Stars, 1956. Ver mais em Utopias e Distopias Modernas), Clarke apenas cita brevemente a existência de um império. Os habitantes da antiquíssima cidade terrestre de Diaspar – uma das maiores realizações do autor – referem-se a uma lenda segunda a qual em um passado distante a humanidade construiu um império galáctico, mas foi obrigada a voltar para o planeta, batidos por terríveis invasores vindos de algum lugar da galáxia.
Capa de Richard Powers (Ballantine Books, 1955).
A noção de um império terrestre aparece mais claramente no livro Luz da Terra (Earthlight, 1955), com história situada em um futuro em que o sistema solar foi parcialmente colonizado pela Terra. A Lua mantém-se unida ao planeta por laços de amizade e econômicos, enquanto Marte, Vênus e alguns satélites formaram uma Federação. Mas como dependem das jazidas minerais da Terra, esta segue uma política de manter os planetas presos à sua influência, agindo praticamente como um império, conseguindo retardar e até mesmo negar o fornecimento de metais pesados à Federação, o que gera uma situação de guerra declarada.
Os argumentos a favor e contra a utilização de impérios galácticos na ficção científica são ainda mais numerosos do que os apresentados aqui. Mas, seja como for, eles continuam a fazer parte das histórias, com maior ou menor qualidade, com maior ou menor sucesso. Assim, retornamos ao pensamento inicial proposto por Brian Stableford, de que o império galáctico – e, por extensão, qualquer governo galáctico – é “uma invenção necessária”, que já se tornou estabelecida como uma convenção.
Nas matérias a seguir, vamos falar sobre as criações de governos galácticos na literatura, na televisão e no cinema de FC.