UMA FILHA PARA O DIABO

Uma Filha Para o Diabo pode não estar entre as maiores produções do terror, e sequer da Hammer. Mas marca não apenas pela presença de Christopher Lee, mas por ser a despedida da lendária produtora inglesa e por trazer uma cena polêmica com Nastassja Kinski nua em pelo, aos 15 ou 16 anos (cena que, aliás, a Cult Classic inclui na contracapa do DVD).

Christopher Lee, em plena cerimônia satânica envolvendo um nascimento.

A história é baseada no livro de Dennis Wheatley (To the Devil a Daughter, 1953), um dos mais populares escritores de sua época (1897-1977), e que já tinha uma de suas obras adaptadas pela mesma Hammer, no fantástico As Bodas de Satã (The Devil Rides Out, 1967. O livro é de 1934).

Ele de novo, com aquela cara de falso bonzinho.

A história apresenta Christopher Lee como um padre expulso da Igreja e fundando sua própria seita satânica. Kinski faz parte de seus planos de trazer seu mestre demoníaco para a Terra. Richard Widmark é um escritor especializado em seitas demoníacas que tenta salvar a pobre garota de seu destino.

O que saiu de dentro da pobre mulher.

Alguns críticos dizem que, em 1976, quando o filme foi lançado, o cinema de terror já caminhava em outras direções – nem sempre tão criativas e certamente mais sangrentas e explícitas – de modo que a Hammer não conseguia ou não desejava acompanhar. Afinal, O Exorcista já tinha sido lançado três anos antes, com cenas chocantes para a época, e 1976 foi o ano em que surgiram, por exemplo, Carrie, a Estranha, A Profecia e Suspiria.

O lado agradável dos rituais satânicos.

Perto desses e de outros filmes do período, de fato Uma Filha Para o Diabo parece ameno, mas ainda assim pode interessar aos que gostam dos filmes clássicos da Hammer, ou das atuações de atores consagrados como Christopher Lee, Richard Widmark e Denholm Elliott.