Várias histórias ligadas ao tema das mutações já foram comentadas em outros especiais do Vimana, de modo que os textos apresentados aqui serão um complemento ao que já foi escrito. Não vale a pena repetir tudo, mas iremos apresentar os links para essas matérias sempre que necessário.
Os morlocks do filme A Máquina do Tempo (George Pal Productions/ Galaxy Films Inc.).
Quem já leu muitos livros e assistiu a muitos filmes de ficção científica sabe que os mutantes estão em toda parte, seja como elementos centrais das tramas, seja como pano de fundo ou elementos adicionais. Podem ser humanos, animais, alienígenas; tem para todo gosto, e com variações de acordo com a época em que as histórias surgem.
As mutações podem ser naturais ou podem ser provocadas, seja pela intervenção humana ou por ação da natureza; podem ser radicais ou sutis. As alterações nos corpos podem ser cuidadosamente elaboradas por meio de engenharia genética, ou rudemente provocadas por catástrofes, em particular as hecatombes nucleares – a forma de mutação preferida nas histórias dos anos 1950, por exemplo, quando monstros gigantescos invadiram as telas dos cinemas. Não vamos falar desses últimos aqui, mas eles podem ser vistos no especial Alguns Monstros, na matéria Gigantes Atômicos e Outros Monstros.
Também evitamos falar de transformações provocadas por alienígenas, focando mais do que acontece em nosso planeta e provocado por nós mesmos ou por acidentes naturais.
Antes mesmo de os monstros conquistarem as telas e destruírem inúmeras cidades, cientistas doidões já modificavam corpos, como é o caso de A Ilha das Almas Selvagens (The Island of Dr. Moreau), de H.G. Wells, que surgiu em 1896. E, dez anos antes, em 1886, Robert Louis Stevenson apresentava O Médico e o Monstro (The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde), com o médico Jekyll fazendo experiências e modificando seu próprio corpo. É verdade que essa não era sua intenção, mas o resultado foi igualmente desastroso. São dois exemplos clássicos de cientistas interferindo com a evolução natural e provocando mutações, e exemplos que foram seguidos centenas de vezes na literatura fantástica, às vezes de forma competente, na maioria das vezes como cópias pobres dos conceitos originais.
H.G. Wells também abordou o tema das mutações em seu clássico A Máquina do Tempo (The Time Machine, 1895. Ver mais na matéria As Máquinas do Tempo), ao apresentar os morlocks, habitantes subterrâneos da Terra do futuro, claramente uma mutação ocorrida com o passar de centenas de milhares de anos. E em seu O Alimento dos Deuses (The Food of the Gods and How It Came to Earth, 1904) ele imaginou o desenvolvimento de um tipo de alimento que provoca o crescimento desmesurado dos seres.
Essas primeiras aventuras no tema das mutações podem ser observadas de maneira mais aprofundada também no especial Alguns Monstros, na matéria Os Mutantes. O mesmo especial também traz matérias com corpos alterados interessantes, como em Criei um Monstro, Alguns Filmes com Cientistas Loucos e Seus Monstros e em Alguns Filmes com Monstros Mutantes.
E veja ainda mais algumas mutações na matéria Poderes Construídos.