HORIZONTE PERDIDO (Lost Horizon, 1937)
Direção de Frank Capra.
(Columbia Pictures).
Clássico do cinema, com direção de um dos maiores cineastas da história, baseado na obra de James Hilton sobre cinco pessoas que, ao fugir de avião da guerra na China, em 1935, caem em uma região inóspita do Tibete e descobrem a cidade de Shangrilá, ou Xangrilá, um paraíso perdido no qual as pessoas são absolutamente sadias e vivem por muito tempo.
Baird Searles disse que “O lendário misticismo oriental combinou com as ansiedades americanas dos turbulentos anos 1930 para tornar o Horizonte Perdido de James Hilton um best-seller (assim como ter presentado Shangri-la ao idioma inglês como um novo termo para terra encantada). O filme foi uma visualização completamente bem sucedida da história do repórter inglês, Robert Conway (Ronald Colman), cujo avião é sequestrado para um vale remoto nos Himalaias, onde encontra uma comunidade idílica dominada pelo lamasário de Shangri-la”.
Edward Everett Horton, Ronald Colman, John Howard, Isabel Jewell e Thomas Mitchell.
John Grant, em Encyclopedia of Fantasy, diz que o filme é fiel ao espírito do romance de James Hilton, mas que ainda assim muito se perdeu na transição para o cinema. Segundo Grant, foi omitida a descrição existente no romance da “frieza mental inculcado pela quase imortalidade”, que no livro é resumida pela observação um tanto fria de Hilton sobre uma garota local que se apaixona por um dos personagens porque é a coisa mais polida a fazer, um serviço que ela executou antes com outros imigrantes. “Da mesma forma”, diz Grant, “muita dicotomia moral foi minimizada: não há sinal da sugestão do romance de que Xangrilá é desconhecida do mundo exterior porque possíveis refugiados são silenciosamente assassinados”.
E, apesar desses elementos que não foram acrescentados ao filme, Grant diz que essas objeções não devem ser vistas como detrações dos méritos de Horizonte Perdido. “Esse é um filme de ambição impressionante”, ele completou.
Além de ter sido o filme mais caro de sua época, ele foi, certamente, bastante ajudado pelos cenários excepcionais desenhados por Stephen Goosson. Segundo Baird Searles, Xangrilá parece com algo que Frank Lloyd Wright poderia ter criado para o Dalai Lama. Não por acaso, Goosson ganhou o Oscar pela Direção de Arte, e o filme ainda ganhou o prêmio de Melhor Edição.
No Brasil, lançado em DVD.
O LADRÃO DE BAGDÁ (The Thief of Bagdad, 1940)
Direção de Michael Powell, Ludwig Berger e Tim Whelan.
Rex Ingram e Sabu (Alexander Korda Films/ London Film Productions).
Tido como um dos maiores filmes de fantasia de todos os tempos, no início da era Technicolor, com uma produção requintada, apesar dos problemas: começou a ser filmada na Inglaterra e mudou-se para os EUA devido à Segunda Guerra Mundial. William Cameron Menzies, que se tornaria um ótimo diretor, foi o responsável pelos cenários deslumbrantes. O filme ganhou o Oscar de fotografia com Georges Périnal, de direção de arte com Vincent Korda, e de efeitos especiais com Lawrence W. Butler e Jack Whitney.
A história é baseada nos contos das 1001 Noites, com direito ao gênio da lâmpada, cavalos voadores, aranhas gigantes e uma série de efeitos especiais premiados. Sabu é o ladrão do título, ajudando o príncipe a recuperar seu reino e a noiva, tomados pelo vizir. Juntos, fazem viagens fantásticas, tiram o gênio da garrafa, voam em tapetes, e tudo o mais a que têm direito. Apesar dos mais de 50 anos, o filme continua impecável, com efeitos superiores a muita porcaria feita na época do computador.
No Brasil, lançado em DVD.
ULISSES (Ulisse, 1954)
Direção de Mario Camerini.
SIMBAD E A PRINCESA (The Seventh Voyage of Sinbad, 1958)
Direção de Nathan Juran.
(Columbia Pictures/ Morningside Productions).
O crítico Michael Weldon chegou a considerar esse como o melhor filme com efeitos de animação desde King Kong (1933), apresentando um antigo mundo de fantasia onde tudo pode e realmente acontece, com os efeitos especiais fantásticos de Ray Harryhausen. John Grant chegou a dizer que o filme foi uma desculpa para apresentar os efeitos de Haryhausen, com a produção sendo apresentada como a primeira a utilizar o processo chamado Dynamation de animação com stop-motion.
Na história, o mago maléfico Sokurah (Torin Tatcher) faz com que a princesa Parisa (Kathryn Grant)) diminua de tamanho como parte de um plano para obter a lâmpada mágica de seu noivo, Simbad (Kerwin Mathews), que terá de enfrentar os terríveis perigos criados pelo mago ruinzão.
Dentro da lâmpada, a princesa prisioneira encontra o gênio e aprende as palavras mágicas que podem libertá-lo. Simbad tem de encarar as rocas, os ciclopes e um dragão, em um espetáculo delicioso.
No Brasil, lançado em DVD.
OS TRÊS MUNDOS DE GULLIVER (The 3 Worlds of Gulliver, 1960)
Direção de Jack Sher.
Kerwin Mathews, amarrado pelo povo de Lilliput (Morningside Productions/ Columbia Pictures).
Também com os títulos As Viagens de Gulliver e As Aventuras de Gulliver. Depois de interpretar Simbad, Kerwin Mathews assume o papel do dr. Lemuel Gulliver, o personagem das histórias clássicas de Jonathan Swift. Ele embarca em uma viagem de aventuras em torno do mundo, sem saber que sua noiva Elizabeth (June Thorburn) escondeu-se no navio para ficar em sua companhia. Uma tempestade faz com que o navio naufrague e Gulliver vai parar em Lilliput, uma terra habitada por pessoas pequenas, que o veem como um gigante ameaçador. Com o tempo, ele mostra aos liliputianos que não têm nada a temer.
Kerwin Mathews e June Thorburn.
Gulliver ainda vai parar em Brobdingnag, uma terra habitada por humanos gigantescos, na qual ele acaba encontrando a noiva Elizabeth.
Foi mais uma oportunidade para apresentar os efeitos especiais de Ray Harryhausen, compondo um dos grandes momentos do cinema de fantasia da época.
No Brasil, lançado em DVD.
HÉRCULES NO CENTRO DA TERRA (Ercole al Centro della Terra, 1961)
Direção de Mario Bava.
Reg Park e George Ardisson (SpA Cinematografica/ Omnia Deutsche Film Export).
Um dos inúmeros filmes com Hércules, Maciste e outros heróis lendários fortões realizados pelo cinema italiano na época, muitas vezes até mesmo engraçados de tão ruins. Esse foi dirigido por um dos principais cineastas do cinema fantástico italiano, e muitas vezes considerado o melhor.
Reg Park interpreta Hércules, e Christopher Lee interpreta seu grande rival, Lico, que tem planos malévolos com relação à noiva de Hércules, a princesa Deianira (Leonora Ruffo).
O crítico Phil Hardy cita a produção em sua enciclopédia de filmes de terror, dizendo que a imaginação gótica de Mario Bava e a forma maravilhosa como utiliza as cores transforma um roteiro fragmentado em um prazer apavorante, e o filme muito bom.
O crítico Michael Weldon, mais contido, diz que esse é o único filme com Hércules realmente produzido como uma fantasia. “Dependendo do seu humor (ou idade)”, ele diz, “pode ser assustador e excitante, ou muito engraçado”.
No Brasil, lançado em DVD.
JACK, O MATADOR DE GIGANTES (Jack, The Giant Killer, 1962)
Direção de Nathan Juran.
Kerwin Mathews (Zenith Pictures/ United Artists).
Parece de Kerwin Mathews foi um dos atores preferidos do cinema de fantasia da época, e aqui ele é o “matador de gigantes” Jack, em história baseada em um conto de fadas clássico, trazendo como vilão o feiticeiro Pendragon, interpretado por Torin Tatcher, que já tinha sido o vilão no outro filme de Nathan Juran, Simbad e a Princesa, comentado acima.
O malvado de plantão captura e princesa Elaine (Judi Meredith), enquanto Jack enfrenta o monstro Cormoran, Galligantua, um monstro com duas cabeças, um dragão voador, um monstro do mar, feiticeiras e vampiros, ajudado por um duende que estava preso em uma garrafa e, em troca de sua liberdade, garante a Jack a magia para ele enfrentar os obstáculos.
Ainda que tenha seus momentos, sofre um pouco com os efeitos especiais, dessa vez sem a participação do mestre Ray Harryhausen.
No Brasil, lançado em DVD.
JASÃO E O VELO DE OURO (Jason and the Argonauts, 1963)
Direção de Don Chaffey.
(Charles H. Schneer Productions).
Fantasia excelente, dessa vez contando com os efeitos especiais do grande mestre Ray Harryhausen. Jasão (Todd Armstrong) é observado pelos deuses do Olimpo e ajudado por alguns deles, e dirige seu navio Argo para o outro lado do mundo à procura do Velo de Ouro. No caminho, tem de enfrentar as dificuldades próprias dos filmes do gênero; harpias, o tríton, uma hidra de sete cabeças cujos dentes transformam-se em guerreiros esqueletos, e Talos, o gigante de bronze. Grandes momentos de pura diversão e beleza, com efeitos excepcionais e criativos como sempre.
Segundo Baird Searles, o filme foi produzido visando um público jovem, com ênfase na ação e um roteiro construído em torno das possibilidades abertas pelos efeitos especiais. “Jasão é, provavelmente, o melhor desses filmes”, diz Searles, “uma vez que a busca dos argonautas pelo Velo de Ouro contém um encontro eletrizante após o outro, e os efeitos especiais são milagres para a época”.
No Brasil, lançado em DVD.
A NOVA VIAGEM DE SIMBAD (The Golden Voyage of Sinbad, 1973)
Direção de Gordon Hessler.
(Ameran Films/ Morningside Productions/ Columbia Pictures).
Mais uma aventura de Simbad, e parece que os exibidores brasileiros sempre ficaram na dúvida sobre a forma de grafar o nome, com “m” ou com “n”, de modo que o filme às vezes é apresentado como A Nova Viagem de Sinbad. Ainda que não possa ser comparado a Simbad e a Princesa, é mais uma deliciosa produção de fantasia, novamente com os efeitos especiais de Ray Harryhausen. Segundo o crítico Michael Weldon, o sucesso de bilheteria foi tamanho que fez com que o filme de 1958 voltasse aos cinemas, assim como originou a produção de Simbad e o Olho do Tigre, comentado abaixo.
Grande parte dos críticos entendeu que o roteiro de Brian Clemens era fraco, em particular nos diálogos, e que a atuação de John Philip Law como Simbad foi bem ruim. Mas, como sempre, as grandes atrações eram os efeitos de Harryhausen, que ainda hoje são uma delícia de assistir.
O vilão que atormenta os planos de Simbad é o príncipe Koura, interpretado por Tom Baker, um dos mais conhecidos Dr. Who da famosa série inglesa.
No Brasil, lançado em DVD.
SIMBAD E O OLHO DO TIGRE (Sinbad and the Eye of the Tiger, 1977)
Direção de Sam Wanamaker.
Patrick Troughton, Patrick Wayne, Taryn Power e Jane Seymour (Columbia Pictures/ Charles H. Schneer Productions).
Mais uma vez Ray Harryhausen providenciou os efeitos especiais dessa fantasia com o marujo Simbad (Patrick Wayne), agora também um príncipe de Bagdá, que chega ao reino de Charak para pedir a princesa Farah (Jane Seymour) em casamento. Porém, Zenobia (Margaret Whiting), a malévola madrasta do califa Kassim (Damien Thomas), irmão de Farah, lançou uma maldição sobre Kassim e Simbad é o herói que precisa resolver uma série de problemas criados pela madrasta do mal. Apesar de não ter sido muito bem recebido pela crítica, os efeitos de Harryhausen garantem uma fantasia de primeira.
No Brasil, lançado em DVD.
FÚRIA DE TITÃS (Clash of the Titans, 1981)
Direção de Desmond Davis.
(Charles H. Schneer Productions).
O filme ficou mais conhecido por ter sido o último trabalho do mestre dos efeitos especiais, Ray Harryhausen, em uma fantasia baseada na mitologia grega, e que reuniu um grande elenco que inclui Burgess Meredith, Ursula Andress e Claire Bloom.
Foi um imenso sucesso de bilheteria e críticas que iam do “espetacular” ao “desapontador”. No entanto, apesar de o tipo de animação realizada por Harryhausen estar em seus dias finais, sendo substituída por efeitos gerados por computador, o filme é um excelente espetáculo. Tem Laurence Olivier como Zeus, que irrita a deusa Tétis (Maggie Smith) devido à proteção que ele dá ao seu filho mortal Perseu (Harry Hamlin). Por sua vez, Perseu terá de enfrentar uma série de problemas e tentar solucionar a maldição divina que recaiu sobre Andrômeda (Judi Bowker). Para ajudá-lo em suas missões, ele tem o escudo de Zeus e o cavalo alado Pégaso.
No Brasil, lançado em DVD.
A HISTÓRIA SEM FIM (The Neverending Story, 1984)
Direção de Wolfgang Petersen.
(Constantin Film/ Bavaria Studios/ Westdeutscher Rundfunk/Producers Sales Organization/ Dieter Geissler Filmproduktion).
Uma produção muito bem cuidada da, então, Alemanha Ocidental, baseada no livro de Michael Ende. Ao esconder-se em uma livraria, o jovem Bastian (Barret Oliver) de 10 anos encontra um livro antigo e muito especial chamado A História Sem Fim. Ao lê-lo, sente-se totalmente envolvido pelos acontecimentos, que contam a história do lugar chamado Fantasia, que atravessa uma fase difícil. Uma força maléfica, o Nada, ameaça destruir Fantasia. À medida que a leitura se desenvolve, mostrando as aventuras do jovem Atreyu (Noah Hathaway) que tenta salvar Fantasia, Bastian percebe que está realmente envolvido na história, que se refere a ele frequentemente.
O que ocorre é que a ameaça, o Nada, é simplesmente a ausência de pessoas que pensem em Fantasia, que a imaginem, fazendo com que sua existência seja possível. Após Fantasia ter sido realmente destruída, a história prossegue fora do livro e Bastian é quem deve imaginar Fantasia, para que ela volte a existir.
É uma história para jovens, mas que pode ser vista por todos os adultos, salientando conceitos referentes à existência de universos paralelos que seguem de perto as noções apresentadas por Clifford D. Simak. Visualmente perfeito, e sempre divertido.
No Brasil, lançado em DVD.
O FEITIÇO DE ÁQUILA (Ladyhawke, 1985)
Direção de Richard Donner.
Rutger Hauer e Michelle Pfeiffer (Twentieth Century Fox/ Warner Bros.).
Uma belíssima fantasia, seguindo a linha dos mundos paralelos da espada e feitiçaria, com uma história de amor trágica. Querendo para si o amor de Isabeau (Michelle Pfeiffer), apaixonada pelo capitão Navarre (Rutger Hauer), o bispo de Áquila (John Wood) lança uma maldição sobre eles. Os dois transformam-se em animais de forma que, à noite, Navarre é um lobo, e durante o dia Isabeau é um falcão, de modo que jamais se encontram como homem e mulher. Em sua busca para solucionar o problema, são ajudados por um garoto (Matthew Broderick, então com 23 anos, mas com aparência de adolescente), o único ladrão que conseguiu fugir da prisão do bispo. Um filme dirigido com competência por Donner, e com uma produção muito bem cuidada.
Rutger Hauer e Matthew Broderick.
O crítico John Grant (em The Encyclopedia of Fantasy), disse que o filme é um épico à moda antiga, com fotografia extraordinária e com cenas de transformação convincentes, sem serem específicas. Baird Searles destacou o aspecto visual do filme, das locações e vestuário, considerando a obra linda e original, ainda que destaque negativamente o fato de ter duas horas de duração.
No Brasil, lançado em DVD.
Direção de Jim Henson.
No Brasil, lançado em DVD.
A PRINCESSA PROMETIDA (The Princess Bride, 1987)
Direção de Rob Reiner.
Robin Wright e Cary Elwes (Act III Communications/ Buttercup Films Ltd./ The Princess Bride Ltd.).
Baseado no livro O Noivo da Princesa, de William Goldman, e com roteiro dele mesmo. Uma fantasia maravilhosa e divertida. Peter Falk é o avô que conta uma história de aventura e fantasia para seu neto doente, pulando certas partes “melosas” do livro, a pedido do neto. Durante a ação do filme, que é a história contada, intervenções do garoto e do avô mantém o humor. O herói é Westley (Cary Elwes), apaixonado por Buttercup (Robin Wright), a princesa do título, e que sai pelo mundo à procura de fortuna para poder casar com ela. Alguns anos depois, ele retorna à sua terra e acaba se tornando amigo de seus perseguidores e, com eles, combate o malvado e covarde príncipe Humperdink (Chris Sarandon), salvando a princesa de um casamento forçado.
Mandy Patinkin.
Cenas excelentes, como o duelo entre o herói e o perseguidor (Mandy Patinkin), ambos excepcionais esgrimistas, e diálogos engraçadíssimos e de grande agilidade providenciados por Goldman, não deixando o ritmo esmorecer um segundo sequer, ao mesmo tempo em que brinca com alguns dos clichês das histórias de fantasia. Excelente.
No Brasil, lançado em DVD.
Direção de Terry Jones.
No Brasil, lançado em DVD (com o título As Aventuras de Erik, O Viking).
AS AVENTURAS DO BARÃO DE MUNCHAUSEN (The Adventures of Baron Munchausen, 1988)
Direção de Terry Gilliam.
John Neville, como o Barão (Prominent Features/ Laura Film/ Allied Filmmakers).
Excepcional e divertidíssima versão das histórias do mais famoso mentiroso de todos os tempos, o Barão de Munchausen, personagem criado pelo escritor alemão Rudolf Erich Raspe, em 1785.
Apesar dos inúmeros problemas de produção que o filme enfrentou, inclusive um orçamento que passou bastante do que era esperado , e de um resultado muito ruim nas bilheterias, trata-se de um filme extremamente competente, comandado por um dos melhores diretores de sua geração, Terry Gilliam, que iniciou sua carreira com o grupo inglês de humor Monty Python. Ao que tudo indica, o próprio diretor disse que o filme faz parte de uma “trilogia da imaginação”, iniciada com Aventureiros do Tempo (Time Bandits, 1981) e Brazil, o Filme (Brazil, 1985).
Robin Williams, como o rei da Lua, com sua cabeça que existe independentemente do corpo.
A produção milionária é repleta de efeitos especiais de muita imaginação e filmagens lindíssimas. Entre as aventuras do Barão, uma viagem muito louca e improvável à Lua. A história é contada a partir de uma cidade sitiada pelo exército turco, no século 18, onde uma peça está sendo representada, justamente mostrando as aventuras do fictício Barão. Mas o Barão verdadeiro aparece em cena dizendo que o que estão contando é falso, e que ele pretende encontrar seus antigos companheiros de aventuras para confirmarem-nas.
Uma Thurman, como Vênus.
O crítico John Grant disse que o foco principal é, de fato, o poder da história. Ele cita como exemplo a passagem de Munchausen (John Neville) pela Lua, quando ele informa ao rei da Lua (Robin Williams) que, sem suas aventuras, ele não estaria ali. John Grant lembra ainda a cena entre Horatio Jackson (Jonathan Pryce), o prefeito da cidade sitiada, que se dirige a Munchausen: “‘Existem certas regras para a condução apropriada da vida. Nós não podemos voar para a Lua. Nós não podemos desafiar a Morte. Nós precisamos encarar os fatos, não as tolices de fantasistas como você, que não vive no mundo real’. Mas nesse caso, é a fantasia que está conduzindo a realidade mundana, como é provado quando os portões obscurecidos da cidade são abertos e as viseiras do racionalismo são removidas dos olhos de todos, uma vez que os turcos realmente desapareceram”.
No Brasil, lançado em DVD.