As cidades são parte importante e, às vezes, fundamental das histórias da literatura fantástica, com destaque para a ficção científica e a fantasia.
A apresentação de cidades gigantescas e superpovoadas é um dos artifícios da ficção científica utilizado com bastante frequência, com maior ou menor competência.
Uma cidade pode estar dominada por praticamente qualquer coisa. Pode ser um Mal ancestral e absoluto, ou um Mal específico. Podem ser alienígenas ou os malditos terráqueos. Ou a própria Morte.
Uma cidade pode ser cuidadosamente planejada para cumprir um objetivo específico. Para conter uma pessoa, por exemplo; ou milhões delas; para enganá-las ou apenas para servir de diversão.
Cidades que desapareceram, ou que nunca existiram de fato. Cidades subterrâneas, submarinas ou ocultas do mundo. As lendas sobre esses locais estão, de certa forma, ligadas aos primórdios da literatura fantástica e foram reforçadas por uma série de livros que marcaram época.
Poucos escritores deram tanta atenção e importância às cidades como H.P. Lovecraft. Ele criou verdadeiros pesadelos arquitetônicos, cidades gigantescas, geralmente construídas por entidades malévolas. E também reinventou a geografia de seu próprio país, imaginando locais como Arkham e o vale do Miskatonic.
Algumas cidades foram elaboradas pelos autores quase como entidades vivas, às vezes como a encarnação do mal, outras como realidades que existem em universos paralelos ou na imaginação.
Os filmes de ficção científica das décadas de 1920, 1930 e 1940 apresentaram suas próprias ideias de como poderiam ser as cidades do futuro, quase sempre sem conseguir se aproximar da realidade.