Os historiadores da FC concordam que a primeira história de um império galáctico foi The Struggle for Empire: A Story of the Year 2236, publicada por Robert William Cole, em 1900. Também é vista como um primeiro exemplo de space opera, imaginando um futuro utópico em que a Terra vive um sistema federativo. Essa utopia, porém, é apenas no nome; como explicou John Clute, a história é “(...) aparentemente uma utopia, com Londres como sua ‘maravilhosa capital’, mas na verdade é uma distopia dominada por uma classe, na qual os ricos, em sua ambição insaciável, saquearam o planeta”.
A Federação Anglo-Saxã é uma espécie de extensão do Império Britânico, e ampliou seus domínios não apenas para o nosso sistema solar, mas para outros, tendo desenvolvido a capacidade de realizar viagens interestelares. Os terrestres constroem milhares de naves espaciais, mas acabam encontrando uma raça alienígena superior do sistema de Sirius, com a qual entram em combate.
Capa de Ed Valigursky (Ace Books, 1965).
John Clute diz que “Em suas descrições de batalhas espaciais e de uma Terra cercada por uma barragem de torpedos e minas espaciais, enquanto cientistas lutam para aperfeiçoar a arma definitiva, ela iguala-se a muitas histórias de space opera dos anos 1930”.
Um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento das space-opera dos anos 1930 foi Edmond Hamilton, a quem geralmente é atribuída a primeira história da época moderna da FC envolvendo um império galáctico. Em The Visual Encyclopedia of Science Fiction diz-se que “A primeira história digna de nota a expor o conceito de império galáctico foi, possivelmente, Within the Nebula (1929), de Edmond Hamilton”, apresentada como sendo a primeira de uma série de histórias conectadas situadas em um futuro remoto no qual a maioria dos planetas da galáxia é habitada por seres inteligentes, o que leva à formação de uma espécie de federação chamada Conselho dos Sóis (Council of Suns). Essas espécies inteligentes desenvolveram o voo a velocidades mais rápidas do que a da luz (MRL), e o Conselho teria como finalidade manter a lei e a ordem na galáxia.
O conto faz parte de uma série que ficou conhecida como Patrulha Interestelar e, na verdade, começou ainda antes, com o conto Crashing Suns (1928), originalmente publicado em duas partes da revista Weird Tales. Prosseguiu com o conto The Star-Stealers (1929), também publicado originalmente na revista Weird Tales. A terceira história foi Within the Nebula, também em Weird Tales. A série teve sequência com Outside the Universe (1929), publicada em quatro partes na Weird Tales. Essa história foi publicada em livro em 1964 e lançada em Portugal pela Argonauta como Luta Intergaláctica (Outside the Universe), em 1965. Em 1930 foi publicado The Comet-Drivers, também na Weird Tales. No mesmo ano a revista também publicou a sexta e a sétima histórias da série, The Sun People e The Cosmic Cloud.
As histórias também foram publicadas na coletânea Crashing Suns (1965), com exceção de The Sun People e Outside the Universe. Em Portugal, foram publicadas no livro Patrulha Interstelar (Crashing Suns), em 1968, com os títulos dos contos: Uma Estrela Vai Chocar com o Sol (Crashing Suns); Os Ladrões de Estrelas (The Star-Stealers); Dentro da Nebulosa (Within the Nebula); Os Condutores de Cometas (The Comet-Drivers).
Abaixo: The Star Stealers, em Weird Tales, fevereiro de 1929 (capa de Hugh Rankin); Outside the Universe (sem crédito de capa, Ace Books, 1964); Luta Intergaláctica (Capa: Lima de Freitas); Patrulha Interstelar (capa de Lima de Freitas).
Apesar desses antecedentes de impérios galácticos, Brian Stableford lembra que as confederações de mundos dentro de um sistema solar eram mais comuns na ficção científica chamada “pulp”, ou seja, as histórias publicadas nas revistas populares e baratas, desde que elas surgiram. Esse tipo de aliança, que podia ter os mais variados nomes, estendeu-se à galáxia em histórias como Patrulha Galáctica (Galactic Patrol, 1937), de E.E. “Doc” Smith, publicado originalmente em seis partes na revista Astounding Stories, e posteriormente em livro (1950). A história faz parte da série conhecida como Lensman, que inicia com Triplanetária (Triplanetary), originalmente publicada em quatro partes na revista Amazing Stories, em 1934 (Ver mais na matéria Primeiros Poderes), apresentando um conflito galáctico épico entre duas forças opostas, uma representando o Bem, a outra, o Mal (lembra alguma coisa?). Os chamados “homens da lente”, que têm poderes psíquicos especiais, combatem a Frota Negra que, por sua vez, é uma parte da conspiração malévola chamada Boskone, que por sua vez é comandada pelo Império Thrale-Onloniano, por trás do qual ainda existe um mal maior, uma raça alienígena do planeta Eddore.
Abaixo: Galactic Patrol, em Astounding Stories (capa de H. Wesso, setembro de 1937); o livro Galactic Patrol (capa de Ric Binkley, Fantasy Press, 1950); a terceira parte de Triplanetary, em Amazing Stories, 1934 (capa de Leo Morey, ilustrando a história de E.E. Smith).
Já se desenvolviam nesse período os conceitos básicos de que um império é o representante do Mal, e quaisquer outras uniões galácticas representam o Bem, opondo-se aos impérios.
Judgment Night em Astounding Science Fiction (capa de William Timmins, agosto de 1943); e a versão em livro (capa de Frank Kelly Freas, Gnome Press, 1952).
C.L. Moore (Catherine Lucille) também utilizou o quadro de fundo de um império galáctico em sua história Judgment Night (1943), publicada originalmente na revista Astounding Science Fiction, e posteriormente em coletânea com o título do conto (1952). O conto chegou a ser classificado como uma “obra prima” do gênero pelo escritor e crítico Algis Budrys. Moore, além de ser uma das primeiras mulheres a escrever ficção científica, ainda foi das primeiras a desenvolver space-opera, como é o caso desse conto que apresenta um império galáctico sendo ameaçado por uma raça que surge na galáxia. Defendendo o império apresenta-se a princesa Juille, filha do imperador, que vai ter como oponente e amante o príncipe Egide, do império conflitante.
Edmond Hamilton daria sequência às suas space-opera com O Rei das Estrelas (The Star Kings), publicado originalmente na revista Amazing Stories, em 1947, e em livro, em 1949. A história apresenta o herói John Gordon que, de alguma forma, tem seu espírito trocado com o de um príncipe de um império galáctico.
Ele daria sequência à saga com as histórias Kingdoms of the Stars, publicada em Amazing Stories (1964); The Shores of Infinity (1965), também em Amazing Stories; The Broken Stars (1968), na revista Fantastic; e The Horror From the Magellanic (1969), em Amazing Stories. O livro Regresso aos Céus (Return to the Stars, 1968) traz mais uma vez o personagem John Gordon lutando pelo Império Galáctico.
Abaixo: The Star Kings, em Amazing Stories (capa de Malcolm Smith, 1947); a versão em livro (Frederick Fell, 1949); Kingdom of the Stars, em Amazing Stories (capa de Robert Adragna, ilustrando o conto de Hamilton, 1964); The Shores of Infinity, em Amazing Stories (capa de Paula McLane, ilustrando o conto de Hamilton (1965); Return to the Stars (capa de Jim Steranko. Lancer Books, 1969).
O livro Stark and the Star Kings, publicado em 2005, combina dois universos da space-opera; o de Hamilton e o de sua esposa, Leight Brackett. Ela foi chamada de a Rainha da Space-Opera, além de ter sido roteirista de cinema – por exemplo, em À Beira do Abismo (The Big Sleep, 1946), em companhia de ninguém menos do que William Faulkner, e Onde Começa o Inferno (Rio Bravo, 1959), além de ter trabalhado nos primeiros roteiros de O Império Contra-Ataca. O livro traz duas histórias de Hamilton (The Star Kings e Return to the Stars), três histórias de Brackett com o personagem Eric John Stark, e uma colaboração entre os dois, Stark and the Star Kings, publicada pela primeira vez nesse livro, lançado postumamente (Hamilton faleceu em 1977, e Brackett em 1978).
Em 2014, duas histórias antigas da série foram publicadas com o título The Last of the Star Kings. São elas: The Tattooed Man (1957, com Hamilton assinando com o pseudônimo Alexander Blade), originalmente publicada na revista Imaginative Tales; e The Star Hunter (1958), publicada originalmente na revista Space Travel.
Abaixo: Stark and the Star Kings (capa de Alex Ebel. Haffner Press, 2005); The Last of the Star Kings (Futures-Past Editions / Renaissance E Books); The Tattooed Man, em Imaginative Tales (capa de Malcolm Smith, 1957).
O conceito de um império como representante do Mal também iria passar por uma transformação com o desenvolvimento da série Fundação, de Isaac Asimov, que também é apontada como a principal responsável por fixar definitivamente a ideia de um império galáctico como uma convenção da ficção científica. E trata-se de um império que não é necessariamente representante do Mal. Na verdade, Asimov viu o império como uma forma de manter um equilíbrio na série de mundos humanos do universo, ainda que em alguns momentos específicos ele tenha utilizado de coerção e métodos mais duros para manter a coesão do sistema.
Capa de David A. Kyle para a primeira edição de Foundation (Gnome Press, 1951).
A série de livros, uma compilação revisada de alguns contos que Asimov escreveu entre 1942 e 1950 para a revista Astounding Science Fiction, começou a ser publicada em 1951 com Fundação (Foundation), seguindo com Fundação e Império (Foundation and Empire, 1952) e Segunda Fundação (Second Foundation, 1953). Posteriormente, Asimov não apenas procurou unir suas histórias da série com robôs à história do Império e da Fundação, como escreveu outros livros, alguns dispensáveis, complementando as histórias da Fundação. Da série dos robôs: Caça aos Robôs (Caves of Steel, 1954. Também como As Cavernas de Aço); Os Robôs (The Naked Sun, 1957. Também como O Sol Desvelado); Os Robôs do Amanhecer (Robots of Dawn, 1983. Também como Os Robôs da Alvorada); Os Robôs e o Império (Robots and Empire, 1985). Referentes à época do Império galáctico: 827 Era Galáctica (Peeble in the Sky, 1950. Também como Pedra no Céu); Poeira de Estrelas (The Stars, Like Dust, 1951); As Correntes do Espaço (The Currents of Space, 1952). Referentes à Fundação: Prelúdio da Fundação (Prelude to Foundation, 1988. Também como Prelúdio à Fundação); Crônicas da Fundação (Forward the Foundation, 1993. Também como Origens da Fundação); Fundação II (Foundation’s Edge, 1982. Também como Limites da Fundação); A Fundação e a Terra (Foundation and Earth, 1986. Também como Fundação e Terra).
Abaixo: As Correntes do Espaço (capa de Cândido Costa Pinto. Argonauta 21, 1955); The Caves of Steel (capa de Jean Morton e Ruth Ray para a primeira edição. Doubleday, 1954); The Stars Like Dust (capa de Richard Powers (Panther, 1958).
John Clute e Malcolm J. Edwards, escrevendo para a The Science Fiction Encyclopedia, disseram que os elementos de fundo para a composição de Fundação vieram de um conto anterior, O Frei Negro da Chama (Black Friar of the Flame, 1942), publicado originalmente em Planet Stories (no Brasil, na coletânea O Futuro Começou).
O conto O Frei Negro da Chama geralmente é considerado como a primeira “história do futuro” escrita por Asimov, situada em um futuro distante, com os alienígenas reptilianos “lhasinu”, de Vega, dominando a Terra e outros planetas de forma tirânica. A história se passa em um período que a Terra, apesar de ser o berço da humanidade, já foi esquecida pelos humanos que moram em mundos não dominados pelos aliens.
A coletânea O Futuro Começou ainda trouxe mais dois contos situados no ambiente do Império Galáctico. O conto Beco Sem Saída (Blind Alley) foi publicado originalmente na revista Astounding Science Fiction, em 1945, e refere-se à única raça alienígena encontrada pelo Império Galáctico. Os aliens estavam à morte em seu planeta e foram transferidos para Cefeus 18, um planeta mais agradável. Mas tudo o que eles realmente desejam é sair do caminho dos humanos, sem vontade de viver em uma galáxia dominada pelos humanos.
O conto Mãe-Terra (Mother Earth, 1949) também foi publicado originalmente em Astounding Science Fiction, e está ligado à história do futuro proposta por Asimov, introduzindo os mundos cósmicos, posteriormente chamados Mundos Exteriores, uma espécie de Confederação de planetas um tanto distantes dos objetivos dos terráqueos. A história situa-se em um período que segue a proibição imposta pelos Mundos Cósmicos à imigração da Terra.
Abaixo: Foundation and Empire (capa de Edd Cartier. Gnome Press, 1952); Foundation and Empire (capa de Michael Whelan. Del Rey / Ballantine, 1989); Second Foundation (Capa de Ric Binkley. Gnome Press, 1953); Second Foundation (cCapa de Michael Whelan. Del Rey / Ballantine, 1987).
Fundação foi concebida originalmente por Asimov apenas como uma série estendida de contos, cada um refletindo pontos significantes da queda do Império Romano reescrita em forma de ficção científica. A base para a construção do império galáctico foi o livro Declínio e Queda do Império Romano (The Decline and Fall of the Roman Empire, 1776-1788), de Edward Gibbon. Asimov imaginou a existência, no futuro muito distante, da ciência conhecida como psicohistória, desenvolvida por Hari Seldon, uma ciência capaz de prever alterações históricas significativas. E, sabendo que o Império iria entrar em declínio, Seldon estabelece duas Fundações que terão como objetivo fundamental diminuir o período entre a queda inevitável do império e o surgimento de um novo governo galáctico. A primeira Fundação é conhecida, mas a segunda Fundação é mantida em segredo e deve lidar com as complicações que surgirem durante esse período de turbulência, inclusive lidando com elementos não previsíveis. Esse elemento surge na forma de um mutante, o Mulo, com imensos poderes psíquicos, que inicia uma série de conquistas militares impressionantes pela galáxia.
Foundation (capa de Darrell K. Sweet. Del Rey / Ballantine, 1983).
Alexei e Cory Panshin, em The World Beyond the Hill: Science Fiction and the Quest for Transcendence (1989), disseram que Asimov tinha pelo menos três bons motivos para apresentar uma galáxia povoada por humanos e sem alienígenas.
Um dos motivos é que, se você quer escrever uma história sobre um Império Galáctico humano, é bem mais fácil e simples imaginar os humanos dominando um universo aberto e pronto para ser tomado do que imaginar um no qual os humanos teriam de competir com outros seres pelo privilégio de estabelecer e manter seu império.
Outro motivo foi o fato de Asimov não querer entrar em choque com o editor John Campbell, que iria impingir nas histórias de Asimov suas próprias noções de inferioridade e superioridade das raças. A forma mais óbvia de evitar isso era pensar em uma galáxia habitada por humanos.
E o terceiro motivo é que os alienígenas não teriam qualquer papel na história que ele estava querendo contar; como queria falar sobre forças sociais, políticas e históricas humanas, os alienígenas seriam apenas uma distração.
Apesar de ser uma das séries mais adoradas pelos fãs de ficção científica em todos os tempos, alguns críticos têm sérias restrições com relação à forma como foi escrita. Adam Roberts, por exemplo, disse que “As histórias são quase compostas por completo de diálogos, não raro de uma natureza expositiva ou explicativa; há pouca descrição, tornando as sequências inertes em termos visuais, e a construção dos personagens é rudimentar”.
Foundation (capa de Michael Whelan. Del Rey / Ballantine, 1989).
E, ainda assim, a história sempre chama a atenção e muitos leitores gostam dela. Ainda segundo Roberts, “Em parte porque lida com grandes ideias: a lógica que governa a história, a possibilidade de uma profecia adequadamente científica, que papel têm os indivíduos, se é que têm algum, na circunstância histórica mais ampla. São bons temas e temas importantes, que Asimov sabe interrogar muito bem: com lucidez e ponderação”.
Adam Roberts entende que esses temas exercem menos atração hoje do que nas décadas de 1940 e 1950, não porque a história tenha deixado de ter importância, “(...) mas porque o desenvolvimento da Teoria do Caos nos anos 1980 pôs enfim uma pá de cal na velha quimera filosófica positivista de uma ciência tão abrangente que poderia prever o futuro por completo”.
Seja como for, após Fundação, a criação de impérios explodiu na ficção científica, e continua até hoje. A própria saga Fundação que, durante anos, foi anunciada como possibilidade para um filme, finalmente virou uma série de TV, ou vai virar, assim que acabar a pandemia. E, pelas cenas do trailer disponível, vai ter bem mais ação do que existe nos livros de Asimov.
Outra visão de um império galáctico que não é necessariamente apresentado como representante do Mal pode ser visto na série de livros conhecida como Canopus em Argos: Arquivos, de Doris Lessing, a começar pelo livro Shikasta (Shikasta, 1979). Na sequência, foram publicados: Os Casamentos Entre as Zonas 3,4, e 5 (The Marriages Between Zones Three, Four and Five, 1980); As Experiências de Sirius (The Sirian Experiments, 1980); O Planeta 8 – Operação Salvamento (The Making of the Representative for Planet 8, 1982); Agentes Sentimentais no Império Volyen (The Sentimental Agents in the Volyen Empire, 1983).
Capa de Catherine Denvir e George Snow (Flamingo, 1994).
Os impérios galácticos em questão são Canopus e Sirius, ambos apresentados como benevolentes, e em oposição ao Império de Puttiora. Como grande parte das ações de Canopus e Sirius estão associadas ao que, na Terra, é visto como ações de entidades espirituais benévolas, elas são sempre apresentadas como movimentos para instigar a prosperidade do planeta, então conhecido como Rohanda, e posteriormente como Shikasta. Puttiora é representado principalmente pelo chamado “planeta criminoso”, Shammat, que tenta interferir com as ações dos impérios do bem.
No entanto, por mais que as ações sejam no sentido de tornar o planeta cada vez mais desenvolvida, feliz e em harmonia com a energia que flui pelo universo, há de se considerar que, em Canopus e em Sirius, não existe nada que se aproxime da Primeira Diretiva de Jornada nas Estrelas. A interferência de ambos no planeta é total, inclusive com Sirius realizando experiências genéticas, atuando no hemisfério sul de Rohanda.
É verdade que Shammat é nitidamente apresentado como um representante de um império do mal, alimentando-se de energias negativas, atuando para promover o caos, a guerra, as mortes, a miséria, a infelicidade geral, enquanto os outros fazem de tudo para manter o planeta minimamente nos eixos, mesmo em seu pior momento, aguardando o período em que tudo deverá voltar ao normal.
Em livros posteriores da série, quando o universo entra em uma fase difícil, até mesmo o Império de Sirius enfrenta dificuldades, entrando em guerras sem sentido, e precisa pedir ajuda a Canopus, sempre o mantenedor máximo do equilíbrio e harmonia galácticas. Quando age em Rohanda, Canopus prepara o planeta para a União, que significa “o fluxo de pensamento, ideias, informação, crescimento entre planetas da nossa galáxia”.
Ainda existe muito mais na série, e pode ser visto no ensaio O Bem e o Mal na Literatura e no Cinema.