Após a publicação de A Pequena Caixa de Gwendy, em 2017 – quando Richard Chizmar finalizou uma história de Stephen King que ele não tinha terminado e que estava engavetada – ele teve a ideia de dar continuidade à aventura que Gwendy Peterson teve aos 12 anos de idade, e King gostou da iniciativa.
Chizmar imaginou como seria a vida de Gwendy aos 37 anos, e quais seriam suas reações se, mais um a vez, a caixa com os botões aparecesse em sua vida. A protagonista não é mais a garota insegura, mas uma mulher decidida, autora de sucesso e com uma carreira política importante em Washington, trabalhando próxima de um presidente totalmente inapto para o cargo.
A caixa mágica surge pouco antes de um período de recesso no final do ano, quando Gwendy está retornando para sua cidade – Castle Rock, é claro – e retoma o contato com os pais e vários amigos locais. E a cidade está passando por um momento difícil, com jovens adolescentes desaparecendo e a polícia tentando encontrar quaisquer pistas sobre o que está acontecendo. E para complicar, a mãe de Gwendy está tentando se recuperar de um câncer.
Como no livro inicial, a caixa com os botões é capaz de realizar alguns milagres e ajudar ou prejudicar pessoas, e até mesmo nações inteiras, dependendo do desejo de quem a utiliza.
E, mais uma vez, Gwendy não tem certeza se os eventos de sua vida tiveram relação com a caixa, ou se foram resultado de suas próprias ações e escolhas. A questão da responsabilidade individual também surge em momentos importantes da história.
Para quem não leu o primeiro livro – ou novella, como os americanos chamam – certamente vai ficar difícil entender tudo o que está acontecendo e o motivo da reação de Gwendy ao ressurgimento da caixa. Então, o ideal é mesmo ler os dois. E vale a pena (sem trocadilho).
Chizmar e Stephen King voltaram a se reunir para escrever o terceiro livro da série, Gwendy’s Final Task.
A PENA MÁGICA DE GWENDY (Gwendy’s Magic Feather, 2019)
Richard Chizmar.
352 pgs
Suma