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MAIS E MAIS ESPAÇONAVES

ESPECIAIS/VE AS ESPAÇONAVES DA FC

autorGilberto Schoereder
publicado porGilberto Schoereder
data17/12/2019
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Os foguetes de vários tipos continuaram a surgir por bastante tempo na FC, em particular nas ilustrações das capas de revistas e livros, mas as histórias foram se expandindo em temas cada vez mais variados.
Astounding Science-Fiction com a história de Lester Del Rey (Capa: Hubert Rogers, agosto 1940).

Enquanto os artistas tornavam as naves uma realidade mais palpável para os leitores, os escritores começavam a pensar em novas formas de se deslocar o espaço. Brian Stableford disse que, nos anos 1930, os escritores de FC hard estavam convencidos de que as primeiras espaçonaves seriam foguetes. Assim, surgiram histórias sobre projetos em grande escala para construir os foguetes, como a história de Lester Del Rey, The Stars Look Down, publicada na Astounding Science Fiction em 1940.

           Capa da primeira edição de Prelude to Space, com ilustração de Bunch (World Editions, Inc.).

Stableford cita um exemplo posterior, a história de Arthur C. Clarke, Prelude to Space (1951). O livro apresenta a construção da espaçonave Prometheus, construída para realizar uma viagem à Lua. A nave é composta por duas partes, Alpha e Beta; a primeira tem a função de viajar da órbita terrestre à Lua e retornar, enquanto Beta foi construída para levar Alpha até a órbita da Terra, utilizando um reator nuclear como força de impulsão.

Capa da edição de 1953 de Prelude to Space, com ilustração de Gerard Quinn (Sidgwick & Jackson).

Ainda em 1951, Arthur C. Clarke escreveu Areias de Marte (Sands of Mars). Apesar do foco principal ser a colonização do planeta, parte da história se passa a bordo da espaçonave Ares. A viagem a Marte é feita em duas etapas, inicialmente com os viajantes sendo levados da Terra até uma estação orbital, e de lá embarcando na nave para a viagem de três meses até o planeta vizinho. Clarke dá muita atenção aos detalhes técnicos e, como o personagem central é Martin Gibson, um escritor de FC famoso, o integrante mais jovem da tripulação é designado para responder suas perguntas sobre a tecnologia envolvida na viagem espacial. Certamente, não chega nem perto do que Clarke escreveu de melhor (ver também a matéria Vamos Mudar o Planeta e Nossos Corpos).

Apesar dessas histórias, Stableford diz que o que dominou no período foram as fantasias ingênuas nas quais as espaçonaves podiam ser construídas no quintal de qualquer pessoa. Por outro lado, Stableford e David Langford dizem que “Assim como ocorreu com outros temas na FC, o período pós-Segunda Guerra Mundial viu uma sofisticação considerável com relação ao mito do voo espacial. Significativamente, e talvez contrário à crença popular, houve relativamente pouco desenvolvimento na verossimilhança, fora o trabalho de poucos autores versados em tecnologia. As histórias mais significativas do período pós-Segunda Guerra Mundial relacionadas ao tema não são tanto história sobre o voo espacial, mas comentários sobre o próprio mito; elas se preocupavam com horizontes imaginativos mais do que com as ferramentas”.

                                                                                                                                                                      (Capa: Joe Mugnaini/ Doubleday).

Um exemplo desse tipo de “comentário” a que eles se referem é o conto King of the Grey Spaces, de Ray Bradbury, publicado originalmente em Famous Fantastic Mysteries (1943) e, posteriormente, com o título R is for Rocket (1962), na coletânea com o mesmo título (em português com o título F de Foguete). Em um pano de fundo aparentemente opressivo de um futuro imaginado e distópico, Bradbury apresenta os sonhos de um jovem com relação aos voos espaciais dos quais ele deseja participar e que são um dos principais objetivos do governo desse futuro.

Capa da Amazing Stories de maio de 1944, que traz o conto I, Rocket, de Ray Bradbury. A ilustração de capa é de Malcolm Smith, referente ao conto Murder in Space, de David V. Reed.

Na mesma linha dos “comentários” sobre os voos espaciais a que Stableford referiu-se, Ray Bradbury também escreveu o conto O Foguete (The Rocket, 1950), igualmente publicado em F de Foguete e em O Homem Ilustrado, originalmente com o título Outcast of the Stars (1950), em Super Science Stories. Refere-se a um homem pobre que, do quintal de sua casa, observa os constantes lançamentos de espaçonaves para a Lua, Vênus e Marte. Com dificuldade, ele consegue economizar dinheiro suficiente para enviar um membro da família em uma viagem a Marte, mas percebe que isso vai causar um sentimento de culpa em quem for viajar, deixando o resto da família para trás. Assim, ele desiste, mas eventualmente consegue comprar uma maquete de foguete, que ele equipa com telas de forma a conseguir reproduzir as imagens de uma viagem espacial e fornecer às suas crianças uma experiência que elas jamais irão se esquecer.
Ray Bradbury também escreveu I, Rocket (1944), conto publicado na Amazing Stories e, como diz Brian Stableford, “particularmente fascinado com a mitologia do foguete”, escreveu o conto O Verão do Foguete (Rocket Summer, 1947), inicialmente publicado em Planet Stories e posteriormente incluído no clássico As Crônicas Marcianas.

                                                                                 Capa da primeira edição (1950), com ilustração de Hubert Rogers (Shasta).

Robert A. Heinlein também escreveu um conto a respeito dos primórdios das viagens espaciais. Em O Homem Que Vendeu a Lua (The Man Who Sold the Moon, 1950) Heinlein apresenta um conceito que era um tanto comum na FC da época e surgiu em outras histórias, qual seja, a do milionário que resolve entrar de cabeça na empreitada de construir uma nave espacial para chegar à Lua, conseguindo levantar o dinheiro necessário para tanto e enfrentando a dificuldade para obter o combustível; a estação espacial que o produzia havia explodido. Ao mesmo tempo, ele assegura-se em obter a propriedade total da Lua, estabelecendo os processos políticos e de publicidade necessários, envolvendo a ONU e diversas nações, quase sempre por meio desonestos.

Capa da edição de 1955 de The Lights in the Sky Are Stars, com ilustração de Mitchell Hooks (Bantam Books).

A ideia de que a determinação de uma pessoa e os investimentos privados são o suficiente para obter o resultado desejado é comum na obra de Heinlein. Não foi o caso na realidade, uma vez que foram os governos e agências governamentais que realizaram a exploração espacial, mas é de se notar que, hoje em dia, são as empresas privadas que iniciam o movimento mais arrojado nesse sentido.
Outra obra que se enquadra na linha dos “comentários” é As Luzes do Céu São Estrelas (The Lights in the Sky Are Stars, 1953), de Fredric Brown, também publicado com o título Project Jupiter. John Clute disse que “(...) o verdadeiro assunto da história pode ser, de forma comovente, o que se imagina ser a própria sensação de admiração”, ao descrever a humanidade na virada do século 21 e às portas da viagem estelar. De certa forma, o tema pode ser considerado ultrapassado, mas a sensação que passa ao leitor é, de fato, muito forte.

 

Brian Stableford e David Langford disseram que “O significado mítico do tema é mais óbvio em uma história na qual o ‘voo espacial’ é, do ponto de vista do leitor, puramente metafórico”, e citam como exemplo o conto Tensão de Superfície (Surface Tension, 1952), de James Blish, no Brasil publicado na coletânea Para Onde Vamos? (Where Do We Go From Here?, 1971), editado por Isaac Asimov. No conto, “(…) um homem microscópico constrói para si um escudo protetor e força sua passagem para cima, através da superfície de um pequeno lago até chegar ao ar livre” (ler mais sobre a história na matéria Vamos Mudar o Planeta e Nossos Corpos).

                                                                                                  Capa de Takeoff, ilustração de A. Shilstone (Doubleday, 1952).

Stableford também cita o livro Partida Para o Espaço (Takeoff, 1952), de C.M. Kornbluth, que baseou a história “(...) no irônico tema de um projeto excêntrico para construir um foguete impraticável que esconde uma tentativa real de construir uma espaçonave viável – uma prova da ambivalência das atitudes da época com relação à pesquisa de foguetes”. Stableford cita uma fala do astrônomo britânico, Richard Woolley, que, em 1956, disse que as conversas a respeito de viagens espaciais eram águas passadas; até que, em 1957, foi lançado o Sputnik.
“Não há outra sequência histórica de eventos”, diz Stableford, referindo-se à pesquisa e às histórias de FC com foguetes, “na qual fato e ficção estiveram tão proximamente entrelaçados, ou que pareça justificar tão bem o alcance imaginativo dos escritores de FC hard. Tsiolkovsky, Goddard e Oberth eram visionários mais intimamente relacionados aos escritores especulativos do que aos teóricos seus contemporâneos. A pesquisa dos foguetes sempre foi dependente das necessidades práticas das guerras quentes e frias, mas certamente é verdade – como trabalhado no prosaico épico de James A. Michener, Space (1982) – que para algumas das pessoas envolvidas o objetivo real era sempre aquele de Cyrano, Munro e Tsiolkovsky”.


Para Stableford “um novo tipo de realismo foi introduzido nas histórias de naves espaciais” com Robert A. Heinlein, com sua história Universe (1941), estabelecendo a “imagem arquetípica da nave geracional”, um tema que logo se tornou comum na FC (O assunto foi tratado mais longamente no especial Colonização Espacial, na matéria Longas Viagens). “Essa noção”, disse Stableford, “uma irônica materialização do lema per ardua ad astra, logo dominou a versão FC do mito da Arca, anteriormente mostrado em romances como When Worlds Collide (1932-1933), de Philip Wylie e Edwin Balmer. Exemplos posteriores notáveis incluem Alpha Centauri – or Die!, de Leigh Brackett (1953, em Planet Stories, como The Ark of Mars; como livro em 1963), e Noah II (1970), de Roger Dixon”.

Capas abaixo: When Worlds Collide (Frederick A. Stokes Company); The Ark of Mars, de Leigh Brackett, em sua primeira versão, em 1953 (ilustração de capa de Kelly Freas); Alpha Centauri or Die (ilustração de capa de Jack Gaughan).

 

(Capa: Malcolm Smith).               Citizen of the Galaxy (Capa: Tom Stimpson/ Penguin Books, 1981).

Assim, Stableford entende que a nave espacial tornou-se um símbolo poderoso de fuga, surgindo ao longo de toda a década de 1950 em histórias de tiranias futuras e a luta de minorias oprimidas. Segundo ele, o mito da fuga foi levado ao extremo no livro Tau Zero, de Poul Anderson (ver também a matéria Viagens no Tempo e no Espaço). Também cita a história The Star Lord (1953), publicada originalmente na revista Imagination, por Boyd Ellanby, pseudônimo de Lyle G. Boyd e seu marido William C. Boyd. O enredo revê a viagem do Titanic, em 1912, como ficção científica, apresentando uma espaçonave em sua viagem inaugural.
Stableford também cita as histórias de naves espaciais realizando longas viagens que desenvolveram a ideia de uma cultura própria da espaçonave. É o que ocorre em histórias como Cidadão da Galáxia (Citizen of the Galaxy, 1957), de Robert A. Heinlein, e em Rite of Passage (1968), de Alexei Panshin, publicado originalmente em 1963 como um conto com o título Down to the Worlds of Men, na revista If.

Rite of Passage (Capa: Rowena Morrill/ Timescape-Pocket Books, 1982). Return to Tomorrow (Capa: Ed Valigursky/ Ace Books, 1954).

O livro de Panshin ganhou o Prêmio Nebula de 1969, e refere-se ao ritual de passagem da jovem Mia Havero, um teste pelo qual as jovens devem passar para entrarem na idade adulta, como parte da cultura da nave na qual seu pai é o Presidente do Conselho. Ela sobrevive 30 dias em um planeta, tendo à disposição suprimentos mínimos. A nave é uma de várias espaçonaves imensas que sobreviveram à destruição da Terra. Parte da cultura local diz que, para evitar a superpopulação nas naves, as famílias só podem ter filhos com a aprovação de um conselho de eugenia.
Na linha das naves que estabelecem sua própria cultura, Stableford também cita Return to Tomorrow (1954), de L. Ron Hubbard, publicado originalmente com o título To the Stars (1950), em Astounding Science Fiction. Segue a vida do personagem central, Alan Corday, a bordo da espaçonave Hound of Heaven, tendo de lidar com os efeitos relativísticos de viajar a velocidades próximas à da luz. Corday, que foi raptado e obrigado a servir na nave, posteriormente se torna o capitão.

Rocket Ship Galileo (Capa: Thomas W. Voter/Charles Scribner's Sons, 1947).

O livro de Heinlein, Cidadão da Galáxia, é o décimo primeiro de uma série de 12 obras que o autor escreveu para o público juvenil, tidos por alguns críticos como o melhor de sua obra. Alguns lidaram mais diretamente com o tema das naves espaciais. Os livros da série, na ordem de publicação, são: Nave Galileu (1947; ver a matéria A Conquista do Sistema Solar), Space Cadet (1948), O Planeta Vermelho (Red Planet, 1949), Farmer in the Sky (1950), Entre Planetas (Between Planets, 1951), The Rolling Stones (1952), Starman Jones (1953), O Monstro do Espaço (The Star Beast, 1954), Um Túnel no Céu (Tunnel in the Sky, 1955), O Tempo das Estrelas (Time for the Stars, 1956), Cidadão da Galáxia (1957), Equipagem Espacial (Have Space Suit Will Travel, 1958).
O segundo livro da série Space Cadet, situa-se no ano 2075, e apresenta o adolescente Matt Dodson, que se candidata e é aprovado para entrar na Patrulha do Espaço, organização que tem como função manter a paz no sistema solar. O livro inspirou a criação da série de TV Tom Corbett, Space Cadet (1951-1955), com histórias situadas em uma Academia Espacial e a bordo da nave de treinamento Polaris, além das ocasionais visitas a outros planetas. A série fez um sucesso imenso, sendo reproduzida no rádio, em livros e em revistas em quadrinhos.

Abaixo: Space Cadet (Capa: Clifford Geary/ Charles Scribner's Sons, 1948); Space Cadet (Capa: Vincent Di Fate/ Tor, 2005); os quadrinhos de Tom Corbett (Capa: Alden McWilliams/ Dell, 1952); Tom Corbett, Space Cadet (Rockhill Productions/ CBS/ ABC/ NBC/ DuMont Television Network).

Em Farmer in the Sky (ver também a matéria Vamos Mudar o Planeta e Nossos Corpos), Heinlein apresenta a nave Mayflower, que leva colonos para Ganimedes; a nave é um exemplo do que o autor chamou de torch ships, naves espaciais capazes de manter uma aceleração constante, aproximando-se da velocidade da luz, o que faz convertendo massa em energia. Posteriormente, ele iria utilizar o termo em outros livros, assim como autores como Norman Spinrad, David Brin e Bem Bova.
O quinto livro da série, Entre Planetas, apresenta, entre inúmeras aventuras e uma guerra entre a Terra e Vênus, um segredo tecnológico de uma civilização marciana extinta, que permite a construção de espaçonaves melhores, mais rápidas e com melhores armas. O herói da história, Don Harvey, vai a bordo de uma dessas naves, a Little David, que intercepta uma esquadra de espaçonaves que se dirigiam a Marte para acabar com uma revolta no planeta.
A história também foi apresentada no mesmo ano na revista Blue Book, em duas partes, com o título Planets in Combat.
The Rolling Stones – também publicado com o título Space Family Stone –, surgiu inicialmente com o título Tramp Space Ship, na revista Boys’ Life, também em 1952. Os Stones do título são uma família residente na Lua que compra uma espaçonave usada para fazer passeios turísticos pelo sistema solar.

Abaixo: Between Planets (Capa: Clifford Geary/ Charles Scribner's Sons, 1951); Between Planets (Capa: Tim White/ New English Library, 1977); The Roling Stones (Capa: Clifford Geary/ Charles Scribner's Sons, 1952); Space Family Stone (Capa: Gordon C. Davies/ New English Library, 1971).


Starman Jones apresenta o personagem Max Jones, jovem habitante de uma Terra superpovoada que deseja partir para o espaço, o que eventualmente consegue, tornando-se fundamental para salvar a nave quando enfrenta problemas longe de casa.
O Tempo das Estrelas, o décimo livro da série, mais uma vez apresenta uma espaçonave batizada por Heinlein de torchship, capaz de atingir velocidades próximas à da luz, utilizando gêmeos para manter uma comunicação telepática com a Terra.
Cidadão da Galáxia segue o percurso do jovem Thorby, de escravo a homem livre, atuando como um mercador do espaço e combatendo o tráfico de escravos.
O último da série, Equipagem Espacial, chega a ser considerado entre o que o autor fez de melhor. O crítico David Pringle disse que o título horrendo esconde um excelente romance de FC para adolescentes, “possivelmente a melhor coisa que o autor jamais escreveu”. É um exagero, mas o livro é bom mesmo.

Abaixo: Starman Jones (Capa: Clifford Geary/ Charles Scribner's Sons, 1953); Starman Jones (Capa: John Berkey/ Dell, 1968); Time for the Stars (Capa: Clifford Geary/ Charles Scribner's Sons, 1956); Time for the Stars (Capa: Chris Moore/ Orb, 2007); Magazine of Fantasy & Science Fiction, 1958, com Have Space Suit Will Travel (Capa: Ed Emshwiller); Have Space Suit Will Travel (Capa: Darrell K. Sweet/ Del Rey - Ballantine, 1977).

Capa da primeira edição de Lucky Starr and the Pirates of the Asteroids (Ilustração de Richard Powers/ Doubleday, 1953).

Os anos 1950 também marcaram a série juvenil de outro grande nome da FC, Isaac Asimov, com as aventuras do herói David “Lucky” Starr, inicialmente publicadas com o pseudônimo Paul French. Os livros: As Cavernas de Marte (David Starr Space Ranger, 1952); O Vigilante (Lucky Starr and the Pirates of the Asteroids, 1953); Os Oceanos de Vênus (Lucky Starr and the Oceans of Venus, 1954); O Grande Sol de Mercúrio (Lucky Starr and the Big Sun of Mercury, 1956); O Robô de Júpiter (Lucky Starr and the Moons of Jupiter, 1957); Os Anéis de Saturno (Lucky Starr and the Rings of Saturn, 1958).
Segundo se diz, havia a ideia de transformer as aventuras de Lucky Starr em uma série de televisão, mas o projeto não foi adiante. O ambiente é o futuro do ano 7 mil, com o sistema solar já colonizado pela humanidade, e o herói viaja pelos mundos resolvendo uma série de problemas em nome do Conselho de Ciências, uma organização poderosa que trabalha para evitar ameaças aos habitantes do sistema solar.

Abaixo: David Starr Space Ranger, primeira edição (Capa de Richard Powers/ Doubleday, 1952); Pirates of the Asteroids (Peter Elson/ New English Library, 1980); Lucky Starr and the Oceans of Venus, primeira edição (Capa: Richard Powers/ Doubleday, 1954); The Oceans of Venus, (Capa: Ray Feibush/ New English Library, 1974); Os Oceanos de Vênus, edição brasileira da Hemus (Capa: Don Maitz, 1978); Os Mares de Venus, edição portuguesa da Argonauta (Capa: Lima de Freitas); Lucky Starr and the Big Sun of Mercury, primeira edição (Capa: Albert Orbaan/ Doubleday, 1956); The Big Sun of Mercury (Capa: Bruce Pennington/ New English Library, 1974); The Big Sun of Mercury (Capa: Peter Elson/ New English Library, 1980); O Robô de Júpiter, edição brasileira da Hemus (Capa: John Berkey); O Robot de Júpiter-9, edição portuguesa da Argonauta (Capa: Lima de Freitas); Lucky Starr and the Moons of Jupiter, primeira edição (Capa: Albert Orbaan/ Doubleday, 1957); The Moons of Jupiter (Capa: Peter Elson/ New English Library, 1980); Lucky Starr and the Rings of Saturn, primeira edição (Capa: Albert Orbaan/ Doubleday, 1958); The Rings of Saturn (Capa: Peter Elson/ New English Library, 1980).