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EU, ROBÔ

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autorGilberto Schoereder
publicado porGilberto Schoereder
data29/12/2014
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Relançamento do livro de Isaac Asimov, que mudou a história dos robôs na literatura de ficção científica.

É bem provável que a maioria das pessoas mais jovens só conheçam Eu, Robô pelo filme com Will Smith. O relançamento da obra de Isaac Asimov é uma boa oportunidade para conhecer os contos que provocaram uma mudança significativa nas histórias sobre robôs, na ficção científica.
A semelhança entre o livro, publicado em 1950, e o filme, lançado em 2004, está no título. E ambos têm robôs. No mais, são como duas obras distintas. Nos próprios créditos do filme, o roteiro aparece como tendo sido “sugerido” pelo livro, mas poderia se dizer que o título é que foi sugerido.
Os nove contos reunidos no livro começaram a ser publicados em 1940, e neles foram elaboradas as famosas “três leis da robótica” que, segundo Asimov, foram uma resposta ao que ele chamou de “síndrome de Frankenstein”, ou a crença de que a vida artificial era ameaçadora. Com a aplicação das três leis, seria impossível para os robôs fazerem mal ou permitirem que qualquer ser humano sofresse algum mal.
Além dos robôs e os problemas que enfrentam ao longo de seu desenvolvimento, também figura com destaque a Dra. Susan Calvin, uma robopsicóloga, especializada em interpretar as reações dos robôs e saber exatamente o que está errado com eles. E as ações dos robôs, por mais que às vezes pareçam ameaçadoras, sempre têm uma explicação plausível a partir da observação das três leis imutáveis da robótica.
Esqueçam as explosões, tiros, carros velozes, perseguições e, principalmente, robôs atacando seres humanos. Eu, Robô, o livro, segue um caminho totalmente diverso e, para ser sincero, muito mais interessante.

Eu, Robô (I, Robot)
Isaac Asimov
Ed. Aleph
320 páginas