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DO OUTRO LADO DO OCEANO

ESPECIAIS/VE O ROCK E A FC

autorGilberto Schoereder
publicado porGilberto Schoereder
data10/07/2020
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As bandas de rock da Grã-Bretanha também tiveram muitas músicas influenciadas pela ficção científica.

Do outro lado do Oceano Atlântico, a Europa, e especialmente a Grã-Bretanha, também passava por transformações sociais importantes, impulsionadas pelas gerações mais jovens que encontraram no rock, e nas atitudes associadas a ele, uma forma de expressão adequada às suas necessidades de transformações e de rompimento com antigas tradições.
A ficção científica também passou por transformações nos anos 1960, em particular com o que foi chamado de New Wave – no mais, um nome genérico aplicado a vários tipos de transformações no campo das artes, em diferentes períodos. Seja como for, geralmente é atribuído à revista New Worlds essa nova fase, marcada por experimentalismo e temas antes pouco explorados no gênero. Mais especificamente, os críticos e historiadores da FC referem-se à fase da revista em que ela foi editada por Michael Moorcock, a partir de 1964, abrindo espaço para autores novos ou já consagrados e para histórias que, de outra forma, dificilmente teriam sido publicadas.
E Michael Moorcock é um exemplo excelente do tema que estamos tratando, pois além de ser um dos importantes escritores da ficção científica, teve uma relação muito próxima com o rock, tanto com sua própria banda, The Deep Fix, nos anos 1970, quanto nas colaborações com as bandas Hawkwind, da Inglaterra, e Blue Öyster Cult, dos Estados Unidos.

Equipamentos utilizados pelo BBC Radiophonic Workshop, em exposição no Science Museum, de Londres (Foto: Loz Pycock/ Wikimedia). 

Jason Heller (em Strange Stars) cita a influência que a ficção científica teve na formação cultural de músicos como Syd Barrett e David Bowie, especialmente com as séries de TV The Quatermass Experiment (1953) e Dr. Who (a partir de 1963), e a série da rádio BBC, Journey Into Space (1953-1958). Segundo Heller, essas séries apresentavam efeitos sonoros, músicas-tema e música incidental por um grupo chamado BBC Radiophonic Workshop. Esse grupo apresentou o que Heller chamou de “uma nova forma de escutar o futuro”, com a utilização de muitos sons provenientes de aparelhos eletrônicos. Uma integrante do grupo, Maddalena Fagandini, uniu-se ao produtor George Martin, que seria o grande produtor musical dos Beatles. Com o nome de Ray Cathode, em 1962 eles lançaram um compacto com as músicas Time Beat e Waltz in Orbit. No mesmo ano, a banda The Tornados, com o famoso produtor Joe Meek, lançou a música Telstar, nome originário do satélite Telstar, colocado em órbita alguns dias antes, e podemos ouvir a guitarra de George Bellamy, pai do guitarrista Matt Bellamy, do Muse, além de sons de teclado tocados pelo próprio Joe Meek.
Meek já estava namorando com a ficção científica. Em 1960, ele lançou I Hear a New World, um compacto duplo com a músicas Magnetic Field, Around the Moon, Entry of the Globbots e Valley of the Saroos, com a banda The Blue Men. Os nomes Globbots e Saroos referem-se a raças alienígenas que estão na Lua. Em 1991, o disco foi relançado, desta vez com todas as músicas compostas na época.
Segundo Heller, “Pela primeira vez na música pop, mas longe de ser a última, o vazio, a solidão e o vácuo existencial do espaço exterior tornaram-se uma metáfora para as mais sombrias extensões do espaço interior da psique humana”. Para Heller, a ligação entre essas gravações e as “explorações cósmicas” do Pink Floyd, em particular em Interstellar Overdrive e Astronomy Domine, é clara, especialmente se considerarmos que Syd Barrett também era um fã de fc, dos seriados citados e dos livros e quadrinhos do gênero.


Segundo o crítico Maxim Jakubowski, o Pink Floyd foi o primeiro grupo de rock de ficção científica a ganhar popularidade e, apesar de terem sido muito imitados em toda a Europa, “(...) não estavam satisfeitos em relaxar com meras repetições; como os melhores escritores de FC, eles pareciam sempre capazes de renovar sua inspiração”, disse Jakubowski. A renovação da inspiração é visível, mas nem tanto o conceito de que o Pink Floyd foi o primeiro grupo de rock de ficção científica a ter popularidade, já que o Jefferson Airplane também já voava alto nos EUA.
Mas os shows do Pink Floyd, antes mesmo do lançamento de seu primeiro disco, já faziam sucesso em Londres, especialmente no clube UFO. Jason Heller diz que, nessa época, o Pink Floyd produzia um som que parecia vir de outra dimensão, e as letras de Syd Barrett pareciam canções infantis que alienígenas cantavam para suas crianças. “Suas músicas”, diz Heller, “tinham títulos como Interstellar Overdrive e Astronomy Domine; na última, Barrett prevenia que ‘estrelas podem amedrontar’. O próprio Barrett rapidamente se tornaria um estrela amedrontadora. Suas canções divertidas eram amplificadas pela mais recente tecnologia. Como Hendrix, ele usava uma combinação de aparelhos e técnicas como o pedal wah-wah, câmaras de eco e de retorno, para transformar sua guitarra no equivalente musical de um portal dimensional”.
Adam Roberts disse que a primeira “encarnação” do Pink Floyd – formado por Roger Waters, Nick Mason, Rick Wright e Syd Barrett – caracterizou-se por uma série de notáveis apresentações ao vivo influenciadas pelo psicodelismo e frequentemente pelas drogas, com raízes também nas improvisações do jazz. “O disco de estreia do grupo, The Piper at the Gates of Dawn (1967), capta muito bem essa qualidade de ‘happening’ dos primórdios do Floyd, com várias faixas longas de ‘space rock’ de interesse considerável ao gênero, particularmente as composições de Barrett, Astronomy Domine e Interstellar Overdrive.
A música que dá o título ao segundo álbum da banda, A Saucerful of Secrets (1968), “(...) uma jam instrumental com 11 minutos de duração”, diz Roberts, “constrói uma forma psicodélica de ficção científica: o ‘disco’ (saucer) em questão sendo um UFO (e UFO era o nome de um dos locais de Londres nos quais o Pink Floyd tocava). Esse álbum também contém a mais controlada e evocativa Set the Controls for the Heart of the Sun, um hino ao nirvana da viagem espacial, composto por Waters”.
Jason Heller ressalta que, apesar de Barrett não ter participado de todas as músicas do álbum, ele teve participação em Set the Controls... “Fugidia e atmosférica, a canção combina filosofia oriental com o refrão fc do título. Barrett era próximo de Michael Moorcock na época, e uma vez disse ao autor que ele era particularmente fã de um de seus livros, The Fireclown, de 1965. Neste, o personagem central dirige sua espaçonave, a Pi-Meson, perigosamente perto da coroa solar”.
E o Pink Floyd iria passar por uma mudança significativa ainda durante a gravação desse álbum, uma vez que Syd Barrett entrou em colapso mental, segundo se diz, em grande parte devido ao abuso de drogas, prejudicando definitivamente sua capacidade de comunicar-se com as pessoas em um nível minimamente aceitável, e menos ainda de atuar como músico. Ele seria substituído por David Gilmour, que traria novas ideias e uma postura musical mais profissional à banda, além de um estilo de guitarra bastante diferente de Barrett. Na verdade, com o tempo, Gilmour passaria a ser visto como um dos principais guitarristas do rock.
A música que abre A Saucerful of Secrets também relaciona-se com a FC; Let There Be More Light foi composta por Roger Waters e traz o primeiro solo de guitarra de David Gilmour com a banda. A música refere-se ao primeiro contato da humanidade com extraterrestres benévolos, com a chegada de uma espaçonave a uma base aérea da Inglaterra.
O Pink Floyd ainda teria uma participação histórica na cobertura da BBC para o primeiro pouso humano na Lua, com a Apollo 11, no dia 20 de julho de 1969. A banda foi escolhida para apresentar uma música durante a programação, e compôs Moonhead, que não apareceu em nenhum de seus discos. No entanto, está registrada na incrível coletânea The Early Years 1965-1972, uma caixa com 33 discos, incluindo CDs, DVDs, Blu-ray, discos de vinil, fotos, posters e programas de turnês. Como Jason Heller explica, “No papel, sua incumbência parecia simples. O Pink Floyd, conhecido por sua música sobre o espaço exterior, tinha de improvisar uma trilha sonora para o mais profundo evento nos registros históricos: humanos caminhando na Lua”. No entanto, como Gilmour reconheceu, a música não teve um grande impacto no trabalho subsequente do Pink Floyd uma vez que Roger Waters, o letrista da banda, estava indo na direção do espaço interior da mente e da condição humanas.


Além do lançamento do primeiro disco do Pink Floyd, 1967 também foi o ano em que os Rolling Stones lançaram Their Satanic Majesties Request, um dos discos mais “diferentes” da banda, às vezes odiado por parte dos fãs e da crítica, mas com um pezinho na ficção científica e, se formos seguir os mesmos parâmetros utilizados para outros grupos, também com algumas experiências no space rock. A fc surge nas músicas 2000 Man e 2000 Light Years From Home. Segundo Jason Heller, nessa época o gotejamento de fc na música popular tornou-se uma corrente, e as músicas dos Rolling Stones vão longe no cosmo, com Mick Jagger enfatizando a solidão de ser deixado à deriva no vácuo do espaço sideral.
Poucos meses antes, em outubro de 1967, a banda inglesa Nirvana também havia lançado o álbum The Story of Simon Simopath; como explica Jason Heller, “(...) um disco extravagante sobre um jovem em uma jornada surreal repleto de deusas e centauros. É mais fantasia do que fc, mas traz espaçonaves e computadores futurísticos nas canções Satellite Jockey e 1999”.
 

Em 1967, talvez não por acaso, o Pink Floyd percorreu o Reino Unido como banda de apoio a Jimi Hendrix, que em maio daquele ano havia lançado Are You Experienced?, com suas próprias aventuras na ficção científica. Já em março, havia sido lançado o compacto com Purple Haze. “A ficção científica sempre foi uma influência importante no som espacial e futurista de Hendrix;, disse Adam Roberts, “por exemplo, o título de seu segundo compacto, Purple Haze (1967), embora tido por muitos como sendo uma referência codificada às drogas, na verdade vem do livro de Philip José Farmer, Noite de Luz (Night of Light, 1966. Galeria Panorama, Portugal), que Hendrix estava lendo na época”. Essa informação surge em várias biografias de Hendrix, ainda que ele também tenha fornecido outras interpretações para a canção, nenhuma delas relacionada às drogas.

                                          Capa de Tony Roberts (Penguin Books, 1982).

Seja como for, no livro de Farmer, a história é situada em um planeta distante em torno de uma estrela binária. E a cada sete anos os sóis fazem com que o planeta seja envolto em uma espécie de nevoeiro purpúreo (purplish haze) que produz nos habitantes um efeito desorientador. A maioria das pessoas escolhe dormir durante as duas semanas em que o fenômeno ocorre, utilizando medicamentos especiais, mas alguns místicos resolvem passar pela experiência, às vezes passando por metamorfoses, físicas ou psíquicas, e alguns até mesmo morrendo. A história foi publicada originalmente como um conto, no Magazine of Fantasy and Science Fiction (junho de 1957).
No disco de estreia, o sensacional e histórico Are You Experienced?, surge mais um pouco da relação de Hendrix com a FC. Adam Roberts diz que o disco “(...) mistura canções sobre amor e estados alterados de consciência com faixas de fc como Third Stone From the Sun, uma música instrumental que inicia com um interlúdio falado no qual dois alienígenas viajantes do espaço discutem sobre a Terra”.
Ainda em 1967 (em dezembro), saiu o segundo disco da banda, Axis: Bold as Love, com a música EXP, que abre o álbum, que Adam Roberts diz não ser tanto uma canção quanto uma conversa sobre UFOs entre Hendrix e o baterista Mitch Mitchell. E traz a música Up From the Skies, cantada do ponto de vista de um extraterrestre que chega à Terra e fica preocupado com os estragos provocados pelos humanos no planeta.
A última aproximação com a fc ocorreu no álbum Electric Ladyland (1968), para muito críticos seu melhor trabalho, indicando que sua música seguia em uma direção completamente diferente. Traz a canção 1983... (A Merman I Should Turn to Be), com a história de uma guerra futura da qual o narrador pretende fugir transformando-se em uma criatura do mar, retornando para o local de onde a humanidade surgiu.
 

Em 1969, The Moody Blues lançou seu quinto álbum, To Our Children’s Children’s Children, segundo Adam Roberts, inspirado pelo programa Apollo. “Começa com uma recriação musical do lançamento de um Saturno V (o foguete utilizando, nos dizem, o ‘poder de dez bilhões de espirros de borboleta’) e estende-se ao futuro até o ano um milhão e à expansão humana no universo. O conjunto é diluído especialmente pelo gosto por divagações sentimentais”. Ainda assim, musicalmente é uma obra interessante.
Um dos destaques do disco foi, segundo explica Jason Heller, o uso inovador do Mellotron, que deu uma “qualidade cósmica” ao som do disco. O baterista Graeme Edge compôs a primeira música do álbum, Higher and Higher, na qual é recriado o lançamento do foguete, e segundo ele, foi de fato inspirado pela chegada dos astronautas na Lua.
Jason Heller diz que, enquanto Space Oddity, de David Bowie, lançado alguns meses antes, capturou a ansiedade da humanidade ao cortar o cordão umbilical com a Terra, To Our Children’s trabalha com a possibilidade maravilhosa de nossa espécie, recém chegando ao espaço, escalar em direção ao futuro. “Empolgados com a mescla de antecipação, apreensão e turbulência existencial que veio com a Apollo 11”, diz Heller, “o Moody Blues chegou perto de realizar o primeiro álbum de música popular totalmente com um conceito de ficção científica. Mas, inspirado que tenha sido pelo espaço, as letras de To Our Children’s Children não contêm verdadeira ficção científica suficiente para qualificá-lo como tal”.
 

Poucos dias antes do pouso dos astronautas na Lua, David Bowie lançava o compacto Space Oddity, inspirado tanto pelo momento quanto pelo filme de Kubrick, 2001: Uma Odisseia no Espaço, fazendo uma espécie de brincadeira com o título – transformando em algo como “uma excentricidade espacial”.
Bowie criou o personagem Major Tom, que surgiria posteriormente em outras músicas, conseguiu o seu primeiro grande sucesso e indicava uma relação muito próxima com a ficção científica, que iria ressurgir em vários momentos nos anos seguintes.
Existem versões contraditórias sobre a música ter sido ou não executada durante a transmissão da BBC para a descida da Apollo na Lua, o mesmo programa que teve a improvisação do Pink Floyd. O site da BBC diz que a música iria ser tocada ao mesmo tempo em que o módulo lunar estivesse pousando na Lua, mas que a BBC resolveu não colocá-la no ar até que os astronautas retornassem a salvo de sua missão. Mas Jason Heller disse, em seu livro Strange Stars, que Space Oddity foi milagrosamente apresentada durante a cobertura da BBC para a missão Apollo 11, apesar de sua conclusão assustadora, ou seja, o Major Tom incapaz de se comunicar ou retornar à Terra. O próprio David Bowie disse: “Foi utilizada pela televisão britânica como música de fundo para a própria alunissagem. Tenho certeza de que eles não ouviram de fato a letra. Não era algo agradável para justapor com uma descida na Lua. Claro que eu estava eufórico por terem feito. Obviamente, algum funcionário da BBC disse ‘OK, então, aquela canção do espaço, Major Tom, blá blá blá, vai ser ótimo’. ‘Ah, mas ele fica abandonado no espaço, senhor’. Ninguém teve a consideração de dizer isso ao produtor”.
Então, ou a música foi apresentada, ou não.
Ela foi gravada duas vezes em 1969, a primeira em fevereiro, a segunda em junho, com a participação de Rick Wakeman no Mellotron. Jason Heller disse que, apesar de não existirem alienígenas em Space Oddity, a canção apoia-se em uma reverência metafísica devastadora, apresentando o personagem Major Tom diante da vastidão do cosmo, lamentando, em tom de futilidade, “Planet Earth is blue/ And there’s nothing I can do”. Segundo o crítico, esse “tédio”, beirando a paralisia, humanizou os astronautas de uma forma que a propaganda da NASA não conseguiu.
A música foi incluída no segundo álbum de David Bowie, inicialmente lançado apenas como David Bowie, e em 1972 relançado como Space Oddity. E o disco ainda traz mais uma canção ligada à ficção científica, Cygnet Committee, uma história de um futuro distópico com quase dez minutos de duração. Heller explica que “(...) é uma canção melodramática e melodicamente sinuosa impregnada em uma tristeza profunda e a decepção com o idealismo fracassado. Anos à nossa frente, uma utopia entrou em colapso, traída por sua própria ideologia ostensivamente compassiva. (...) Se Space Oddity enigmaticamente pressagia a morte da era hippie, Cygnet Committee reforça esse argumento de forma mais brutal, envolvendo-o na mensagem contundente da ficção distópica”.

Capa de Jim Burns (Bantam Spectra, 1990).

É certo que Space Oddity abriu as portas para Bowie, mas ele já tinha visitado a ficção científica em 1967, com a música Karma Man (que foi incluída na coletânea The World of David Bowie, 1970), e que, segundo Jason Heller, teve como fonte de inspiração o conto Caleidoscópio (Kaleidoscope), de Ray Bradbury, incluído no livro O Homem Ilustrado (The Illustrated Man, 1951. Publicado originalmente em 1949, na revista Thrilling Wonder Stories). No conto, os tripulantes de uma espaçonave ficam vagando pelo espaço em suas roupas espaciais após uma explosão, cada qual derivando para um lado e esperando pela morte. Afastados por milhares de quilômetros, ainda têm seus comunicadores funcionando, e conversam. Transparecem antigos ódios, revelados diante do fato inevitável de que irão morrer. Expõem-se completamente e percebem suas fraquezas e erros. Finalmente, param de conversar, sentindo-se os pedaços desfeitos do que um dia fora uma equipe trabalhando com o mesmo objetivo. O capitão da nave, prestes a cair na Terra e queimar na atmosfera, sente o vazio que foi sua vida e deseja que, nesse último momento, sua morte sirva para alguma coisa. Na Terra, um garoto vê uma estrela cadente no céu e faz um pedido. É uma história que traz uma ideia presente em muitos contos de Bradbury, de que o desejo do ser humano em ir às estrelas não lhe traz necessariamente a compreensão do que ele próprio significa. De certa forma, sua insignificância torna-se mais perceptível quando ele leva seus problemas e complicações para um ambiente ainda mais hostil e incompreensível.

A década de 1970 apresentaria ainda mais bandas e músicas voltadas para a ficção científica, inclusive com David Bowie. E a FC no rock também se espalharia pelo continente europeu.